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SENTIMENTOS DA ALMA
1 de Dezembro de 1944

Sexta-feira

Durante a noite fui assaltada pelas manhas do demónio. Aflige-me muito; aterrou-me; a sua linguagem foi vergonhosa, assim como as acções e conselhos. Lutei, lutei com as suas artes. Ele afirmou-me bem eu que pequei. E eu durante a luta dizia para Jesus:

Como posso estar eu em tão grande fogo sem ser queimada? Pecar não quero, meu Jesus.

Neste momento a Beata Alexandrina vivia as penas do inferno

Quis de novo expulsar o demónio, mas não foi para mim; nem uma só palavra pude dizer. Ele estava raivoso, com a maior fúria; não sabia como libertar-me dele. Jesus não veio, ou antes, não O sentia nem O via. O que sei é que ele de repente retirou-se enquanto que eu fiquei a dizer: Jesus, pecar, não!

Este brado moribundo penetrou tanto em meu coração e ecoou em meus ouvidos que já lá vão quase 24 horas e ainda ouço e sinto no coração a dor que me causou. A cada momento passa pelos meus ouvidos esta voz dorida: Jesus, pecar, não!

Fiquei num grande desalento, num profundo pesar, a parecer-me que tinha ofendido o meu Jesus. E nesta amargura passei o dia de hoje. Juntou-se mais a dor de ser sexta-feira. Ó meu Deus, não posso recordar-me: que medo eu tenho!

Veio a madrugada. Sentia-me numa prisão, triste, cansada, cheia de medo e vergonha. Mais tarde, de mãos presas e a cabeça a parecer que sangrava com a dor e ferimentos dos espinhos, parecia-me que era levada a correr ruas. Grande multidão de curiosos olhavam-me, uns com dó, outros com desdém. Ouvia a burburinho do povo; ruídos enormes. Sentia-me sozinha. Olhei a Jesus crucificado, julguei-me abraçada à Cruz e disse-lhe:

Meu Jesus, que importa que todos me deixem, se me ficais Vós? Se Vos possuo e estais comigo, não estou sozinha.

Já de tarde sentia-me na Cruz; a alma cravada com o corpo, ambos na mesma dor e agonia. A alma levantava os olhos ao Céu, nada via a não ser dor e morte, nada podia dizer a Jesus. Ele veio, e veio cheio de amor.

— Vem, minha filha, louca de dor e amor, ao meu encontro. É dor que salva as almas, é loucura de amor por mim. Se o mundo conhecesse esta vida de amor, esta união conjugal de Jesus com a alma virgem, com a alma que escolhe para sua esposa! Mas não conhece e porque não conhece, calunia-a, despreza-a, persegue-a.

Ó minha pomba bela, tu és esposa e és mãe, mãe que não deixa de ser virgem; és mãe dos pecadores: são filhos da tua dor, filhos do teu sangue que vais perdendo gota a gota, filhos do teu amor.

Minha filha, lá do Céu muitas vezes ouvirás da terra muitos pecadores chamarem-te, aclamarem-te pelo doce nome de mãe. Aclamar-te-ão aqueles que se virem livres das garras do demónio e conhecerem que foram livres por ti, aproximando-se assim do meu divino Coração.

Grande amor, ditosa dor que te levou a mereceres de Jesus tão honrosos e elevados títulos!

Meu Jesus, meu Jesus, que envergonhada e confundida estou! Se eu pudesse ocultar tudo isto! Se fosse só para Vós e para mim! Confunde-me ouvir isto e ver a minha miséria!

— Já sabes que necessito da tua miséria para esconder em ti as minhas grandezas e omnipotência.

Escreve tudo, escreve, minha filha. Se o que te digo ficasse oculto, de nada valia ao mundo.

Mãe dos pecadores, nova redentora, salva-os, salva-os!

És a nova redentora escolhida por Cristo. Nunca houve nem voltará a haver no mundo sofrimento que se igual ao teu. Nunca houve nem voltará a haver vítima desta forma imolada, porque nunca houve tanta necessidade como hoje, nunca o mundo pecou assim.

Dezanove séculos são passados que Eu vim ao mundo e trouxe agora a nova redentora escolhida por mim para relembrar ao mundo o que Cristo sofreu, o que é a dor, o que é o amor e loucura pelas almas.

És a nova redentora que vens salvá-los, és a nova redentora que incendeias na humanidade o amor de Jesus. Nova redentora que serás falada enquanto o mundo for mundo.

Minha filha, livro onde estão escritas com dor e sangue, letras de oiro e pedras preciosas todas, todas as ciências divinas! Coragem, amada, não temas as tempestades, não temas o estrondo do trovão que traz consigo nuvem que orvalha graças, amor e maná celeste.

Enche-te, minha filha; é de amor e maná que vives. Enche-te para dares às almas.

Obrigada, meu Jesus !

Senti-me mergulhada no amor de Jesus e com tanta intensidade que terminado o colóquio pensei não aguentar o fogo que me devorava o coração. Pensei e cheguei a falar numa toalha molhada em água para apagar o fogo que tanto me abrasava. Receosa que me fizesse mal, não o usei.

Por vezes parece apagar-se e perder todo o calor; de novo volta a incendiar-se, mas com tal viveza que parece destruir-me. Além do fogo que recebi de Jesus, recebi também um nevoeiro brilhante que caiu sobre mim em grande abundância. Era doce, era suave, deu-me vida, senti-me viver, senti-me forte para sofrer.

Ó meu Jesus, que doçuras e encantos tem a Vossa vida divina!

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