Ele (Jesus) veio, e veio cheio de
amor.
– Vem,
minha filha, louca de dor e amor, ao meu encontro. É dor que salva as almas, é
loucura de amor por Mim.
Se o mundo conhecesse esta vida de amor, esta
união conjugal
de Jesus com a alma virgem, com a alma que escolhe para sua esposa !
Deolinda, Alexandrina e Sãozinha
Mas não conhece, e porque não conhece,
calunia-a, despreza-a, persegue-a.
Ó minha pomba bela, tu és esposa e és mãe,
mãe que não deixa de ser virgem ; és mãe dos pecadores, são filhos da tua dor,
filhos do teu sangue que vais perdendo gota a gota, filhos do teu amor.
Minha filha, lá do Céu muitas vezes ouvirás
da terra muitos pecadores chamarem-te, aclamarem-te pelo doce nome de mãe.
Aclamar-te-ão aqueles que se viram livres das garras do demónio e conheceram que
foram livres por ti, aproximando-se assim do Meu Divino Coração.
Grande amor, ditosa dor que te levou a
merecer de Jesus tão honrosos e elevados títulos !
– Meu Jesus, Meu Jesus, que envergonhada e
confundida estou ! Se eu pudesse ocultar tudo isto !
Se fosse só para Vós e para mim ! Confunde-me
ouvir isto e ver a minha miséria !
– Já sabes que necessito da tua miséria para
esconder em ti as minhas grandezas e omnipotência.
Escreve tudo, escreve, minha filha. Se o que
te digo ficasse oculto, de nada valeria ao mundo.
Mãe dos pecadores, nova redentora, salva-os,
salva-os. És a nova redentora
escolhida por Cristo.
Nunca houve nem voltará a haver vítima desta
forma imolada, porque nunca houve tanta necessidade como hoje, nunca o mundo
pecou assim.
Dezanove séculos são passados que Eu vim ao
mundo e trouxe agora a nova redentora escolhida por Mim para relembrar ao mundo
o que Cristo sofreu, o que é a dor, o que é o amor e loucura pelas almas.
És a nova redentora que vem salvá-los, és a
nova redentora que incendeia na humanidade o amor de Jesus. Nova redentora que
será falada enquanto o mundo for mundo.
Minha filha – livro onde estão escritos
com dor e sangue, letras de oiro e pedras preciosas todas as ciências divinas
– coragem, amada, não temas a tempestade, não temas o estrondo do trovão que
traz consigo nuvem que orvalha graças, amor e maná celeste !
Enche-te, minha filha : é de amor e maná que
vives. Enche-te para dar às almas.
– Obrigada, meu Jesus!
Senti-me mergulhada no amor de Jesus com
tanta intensidade que, terminado o colóquio, pensei não aguentar o fogo que me
devorava o coração.
Vem o Jardineiro divino ao seu jardim a ver
as maravilhas que nele operou e o fruto de tantas canseiras. Vem o Rei ao
palácio da sua esposa, o Redentor divino à sua redentora, à nova salvadora da
humanidade.
As minhas maravilhas em ti não ficam ocultas,
não consinto no seu escondimento. Hão-de brilhar ! São a minha glória ; são
salvação das almas.
Tudo será conhecido, minha doutora das
ciências divinas, tudo será conhecido no livro da tua vida
.
És a heroína do amor, a heroína da dor, a
heroína da reparação, a heroína dos combates, a rainha dos heroísmos.
Recebe conforto, filhinha, recebe o Meu amor
divino.
Quando vier a ti nos Meus colóquios, uno-Me a
ti com este amor. Venho dar vida e conforto ao teu coração, ajudar-te nas tuas
trevas.
És minha sempre e Eu sempre em ti habito !
És mestra de todas as ciências, doutora
das ciências divinas.
Quanto o mundo tem de aprender de ti !
Eu falo com toda a ciência e sabedoria.
Quando te falei da Pátria, não te enganei, porque, para aqueles que obedecem, no
mundo não têm pátria, a sua Pátria é só o Céu.
Se soubesses, minha filha, quanto custou ao
meu Divino Coração, louco de amor por ti, não te dizer tudo o que ia suceder,
quando sorri e demorei a minha resposta !
Dei-te a coragem e confiança em todo este te
tempo para poderes resistir e teres agora coragem para receberes tão grande
golpe (partida do Pe. Pinho para o Brasil).
Não te enganei ao dizer que não te pedia o
sacrifício da partida do teu Paizinho (era assim que a Alexandrina se referia
ao Pe. Mariano Pinho). Não to pedi na ocasião ; vim agora pedir-to mais
tarde. E vês como me deste tudo ?
Textos recolhidos pelo Professor José
Ferreira.
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NOTAS:
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