“HEI DE FAZER EM TI GRANDES COISAS”
Muito perto do
princípio das suas comunicações com a Beata Alexandrina, garantiu Jesus que
faria nela “grandes coisas”:
Manda dizer ao teu Pai Espiritual que te vou modelando e
preparando para coisas mais sublimes. (11 de Outubro de 1934)
Hei de fazer em ti grandes coisas. (1º sábado de Dezembro de
1934)
Por isso, os seus
apaixonados estudam-na com dedicação porque sabem que a sua vida e obra são um
mundo de
maravilhas.
O nosso amigo Afonso
Rocha, o zeloso webmaster do Sítio Oficial, é um desses apaixonados de longa
data. Abalançou-se agora a abordar um tema com aspectos potencialmente
polémicos, o da relação da Beata Alexandrina com a Segunda Guerra Mundial (tema
que aliás já há-de ter merecido as atenções de Francis Johnston no seu opúsculo
The Miracle of Alexandrina, editado pelo Exército Azul); o Afonso Rocha
situa-o num contexto teológico um pouco alargado, o que é muito positivo.
O aspecto
eventualmente polémico tem directamente a ver com o modo como Jesus se dirige à
Alexandrina, quando está em causa a guerra, pois quando não está ver-se-á que
tudo muda.
Sem querer
substituir-me ao autor, parece não haver dúvida que aquelas mensagens são
sobretudo para nós e para as gerações futuras, pois os contemporâneos da
Alexandrina não as conheceram nem podiam conhecer.
Quem ali fala é o
mesmo Jesus que um dia, pela boca da Mártir do Calvário, se dirigirá assim à
humanidade:
Vinde a Mim todos os que sofreis e entrai no meu divino
Coração.
Vinde a Mim todos os que ansiais amar-Me e bebei nesta fonte que não se esgota!
Eu sou amor, amor, infinitamente amor e eternamente amor.
Vinde, vinde a Mim vós todos, consolai também o meu Coração
divino!
Dizei-me continuamente que Me amais e pedi-Me constantemente o meu amor.
O meu divino Coração quer dar-Se, dar-Se, quer voar para
todos os corações.
Minha filha, minha querida filha, faz que Eu seja amado! S (14-03-52)
E é o mesmo que, numa
parábola do Evangelho de S. Mateus (25, 41), afasta de Si os condenados, fazendo
cair sobre eles a maldição irrevogável:
“Afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, que está
preparado para o diabo e para os seus anjos!”
O mundo pecador que a
Alexandrina então personifica tem em si o germe da condenação e por isso é
potencialmente maldito; daí certamente o tom condenatório bem próximo do da
parábola.
Entre os estudiosos da
Beata de Balasar, à parte os padres Pinho e Humberto, tem havido falta de
teólogos; eles poderão acaso descobrir aqui perspectivas mais profundas e
inovadoras. Até lá, fiquemos com este elaborado trabalho do nosso amigo.
Parabéns, Afonso
Rocha!
J. Ferreira


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Agradecimento
Mais
de quarenta anos de permanência em França, deixam «rasto»!...
Por
razões profissionais, já há muito tempo que não utilizava a
língua portuguesa como meio de comunicação escrito, por isso
mesmo senti algumas dificuldades quando decidi escrever algumas
páginas sobre a Alexandrina e outros temas relacionados com ela.
Frequentemente utilizo — em todo o caso penso eu — muitos
francesismos, o que nem sempre será do agrado daqueles que lêem
o que escrevo.
Como
este trabalho aqui apresentado não devia, em princípio, ocupar
mais do que uma dezena de páginas, não pensei pedir ajuda a
pessoa competente que verificasse o que escrevia. Todavia, à
medida que as páginas se iam enchendo e que muito estava ainda
para ser dito, julguei bom pedir essa ajuda a um bom amigo, que
por sinal até é professor de português, o Professor José
Ferreira.
Evidentemente, o meu texto tinha alguns erros que ele teve a
bondade de corrigir, fazendo-me igualmente algumas sugestões
quanto ao tema abordado, sugestões que segui, na medida do
possível e por serem a mais disso excelentes.
Enviei-lhe pois uma primeira «edição» do meu artigo, que ele
prontamente me devolveu com as devidas anotações.
Entretanto, continuava a pesquisar e, assim fui encontrando mais
algumas ideias que tiveram por resultado uma modificação
importante do documento.
Voltei
a enviar-lhe esta nova «edição», que, como da primeira vez
prontamente corrigiu e me devolveu, acompanhada dum pequeno
comentário simpático: “o seu artigo está a entusiasmar-me!”
E
assim continuámos os envios até esta quinta «remessa» que foi a
última da série.
O
Professor José Ferreira mostrou-se sempre bondoso e paciente,
por isso mesmo aqui lhe presto a homenagem que merece e
apresento-lhe os meus sinceros agradecimentos por tão pertinente
ajuda.
Muito
obrigado, amigo, e que a Beata Alexandrina o recompense pela sua
simpática ajuda.
Afonso Rocha |
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