Tornou-se santo, passando toda a sua vida nas ruas difíceis do
bairro napolitano de Secondigliano onde
nasceu
em 1791 e ali faleceu em 1860 e no confessionário onde, de braços
abertos, acolhia sobretudo quem tinha cometido faltas graves. Assim
viveu Caetano Errico, fundador dos missionários dos Sagrados
Corações de Jesus e Maria.
Ainda
em vida, já era chamado "o santo" e "o superior", por se ter tornado
a referência natural para todas as famílias.
A sua
canonização João Paulo II beatificou-o a 14 de Abril de 2002 é um
sinal de esperança para Secondigliano que tem na igreja da
"Addolorata", por ele construída, uma recordação concreta e visível
da sua obra.
No
início do seu sacerdócio, foi professor de escola municipal e deu
vida a uma pastoral inovativa, assistindo os doentes do Hospital dos
Incuráveis de Nápoles e comprando-lhes os remédios; ajudando os mais
necessitados; sustentando as famílias que não tinham dinheiro para
pagar a renda, evitando que caíssem nas mãos de usurários; visitando
os encarcerados e procurando garantir-lhes uma reinserção social.
Num difícil contexto social inventou uma pastoral a favor dos
analfabetos e também das adolescentes sem dote que arriscavam cair
em mãos mal intencionadas.
A
caridade e o amor pelos pobres e débeis foram os trilhos do seu
sacerdócio, consciente de que na Igreja se ocupa um lugar para
servir. Conhecia bem a arte da consolação, a paternidade de se
sentar ao lado dos pecadores e desesperados para os ajudar a
encontrar o horizonte do amor de Deus. Uma missão que tem as suas
raízes na pobreza, que conheceu desde pequeno em família.
As suas
palavras dirigidas a quantos não viviam na legalidade, convidando-os
a reconhecer-se pecadores para se reconciliar com Deus e os homens,
permanecem ainda válidas: "Ide para os braços do Pai, declarando-vos
culpados e o Deus de bondade e misericórdia riquíssimo, não vos
expulsará da sua face e da sua presença".
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