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Domingos do Santíssimo Sacramento
(Domingos Iturrate Zubero)
Presbítero Trinitário, Beato
(1901-1927)

Domingos nasceu em Dima, Vizcaya, Espanha, em 11 de maio de 1901. Seus pais eram lavradores no vilarejo de Biteriño. Era o primeiro de uma numerosa família de 11 filhos e filhas.

A educação cristã e sua inclinação aos actos de piedade o conduziram a pedir ao pároco que o admitisse como coroinha. Mesmo ficando seu vilarejo bem distante da paróquia, não faltava nem um só dia ao seu encontro com o Senhor.

Sentindo-se chamado por Deus para uma vida de seguimento radical a Jesus, pede para ser admitido no convento Trinitário de Algorta (Vizcaya). Seu mestre dá este testemunho sobre sua vida de aspirante: “Vi nele um adolescente humilde, devoto, obediente, recolhido, equilibrado, alegre, sensato”. É belo dizer isso, mas custou muito a Domingos adquirir estas virtudes.

Tinha já 16 anos completos quando, no dia 11 de Dezembro de 1917, foi admitido ao noviciado, que foi feito no santuário de Nossa Senhora Bem Aparecida (Marrón-Santander). Um lugar de incomparável beleza natural. Um grande mirante que se desponta sobre La Vega del Asón.

Sua santidade se ia revelando. Alguns começam a chamá-lo “o santinho”. Sobressai-se, de modo especial, por sua piedade, modéstia, amor à pobreza e à obediência. Jesus Sacramentado é seu novo nome na Ordem. A Santíssima Virgem é a confidente de suas penas e alegrias.

Por seu testemunho pessoal se sabe que durante o noviciado “sentiu aridez de espírito, sensação de ser condenado, obscuridade, amargura”. Tudo isto desapareceu no dia de sua profissão.

Foi enviado a São Carlino (Roma) para cursar seus estudos de filosofia e teologia.

Na Universidade Gregoriana demonstrou aplicação e talento. As máximas qualificações e uma medalha de honra dão testemunho de seu aproveitamento. Queria preparar-se bem para ser “um apto instrumento nas mãos de Deus”.

Destacou-se na comunidade por sua piedade e seu espírito de serviço: a sacristia, a cozinha e, sobretudo, os enfermos eram seus “preferidos”.

Por suas qualidades e sua “ascendência” ante os companheiros, antes de ser ordenado sacerdote, já foi nomeado Mestre dos estudantes. Tinha prática no ofício, pois durante alguns anos, havia exercido o de zelador. Um mestre seu afirmava: “Tão alto conceito eu tinha do bem-aventurado, que me considerava mais discípulo seu do que mestre. Guiava-me por ele, mais que por minha própria iniciativa”.

Frei Domingos afirmava: “Sofri muito cada vez que me via obrigado a chamar a atenção de algum de meus subordinados. Tinha que vencer-me interiormente. Sei que nem todos estavam satisfeitos com a minha actuação. Dói-me pensá-lo, mas estou satisfeito de ter cumprido o meu dever. Não me escolheram para que agradasse aos religiosos, mas para que os levasse a Deus”.

Chegou o dia tão esperado da sua ordenação sacerdotal. Recebeu-a no dia 9 de agosto de 1925. Era o Ano Santo da Redenção. Escreve a seus pais: “Fui constituído mediador entre Deus e os homens. Sejam felizes e mil vezes felizes as famílias que entre seus membros têm um sacerdote que interceda por eles. Felizes os pais que em sua velhice, quando vêem próxima a morte, podem dizer: Tenho um filho sacerdote que oferece sacrifícios por mim”.

Tinha se preparado conscientemente para ser um bom sacerdote, um missionário. No entanto, os desígnios de Deus eram outros. Frei Domingos do Santíssimo Sacramento estava gravemente enfermo. Apenas com 25 anos e com seu sacerdócio recém-estreado.

Alguns dias antes de sua ordenação sacerdotal precisava fazer o exame de Doutorado em Teologia. Sua enfermidade já se havia manifestado. Os professores que lhe aplicavam o exame se deram conta da palidez de seu rosto. A tuberculose estava destruindo-o. Já ordenado sacerdote e com a prova que o Senhor lhe enviava, redobrava sua oração ante o Sacrário.

Seu Padre Provincial dizia: “Celebrou missa enquanto pôde e sofria o indizível quando, por seu grave estado de saúde, não podia fazê-lo. Em certa ocasião, num estado de gravidade, pediu-me insistentemente que lho concedesse; poderia celebrar ainda que com muito esforço. Permiti-lhe que celebrasse e escutei dele estas palavras: ‘Padre Provincial, é inacreditável o tesouro de graças que se obtém com a celebração de uma só Missa’”.

Naquele verão de 1925, os médicos recomendaram-lhe que voltasse à Espanha.

Seu primeiro destino foi a casa de Algorta. “Chegou debilitado, muito cansado. Passou a noite toda tossindo por causa da pleurite. De manhã se levantou para celebrar a Missa”.

Não podendo dedicar-se ao apostolado directo, procurou escrever alguns artigos para a revista O Santo Triságio. Afirmava: “É consolador que se possa chegar às almas de diversas maneiras”.

Desejava ser missionário. “Falei com o Padre Provincial sobre a conveniência de que a Província se faça cargo de uma Missão. Não perco minhas esperanças de que se me permita ir ao Canadá ou a Madagascar”. No entanto, a enfermidade deixava-o imóvel e fechado em seu quarto: “Quando entrava em seu quarto, diz o Padre Provincial, encontrava-o como imerso em alta contemplação, a julgar pelo grande esforço que tinha de fazer para conversar comigo”.

Os especialistas não sabiam o que fazer com seu organismo tão debilitado. Sugeriram como último recurso que fosse enviado a uma casa da Ordem que estava em Belmonte (Cuenca). Ali havia um clima mais seco, para realizar uma cura com repouso absoluto. Era o dia 28 de Dezembro de 1926. Ao entrar pela portaria daquele convento, disse: “Hic dormiam et requiescam”.

No início notou-se uma melhora. Mas ele já havia dito ao entrar naquela casa: “Aqui dormirei e descansarei”, aludindo à sua morte próxima.

No dia 5 de Janeiro de 1927, escreve a seu companheiro Félix da Virgem: “Na casa de Deus há muitas moradas. Importa que cumpramos a vontade de Deus. Deus chama a alguns na flor da idade, antes que se envolvam com negócios e responsabilidades. A outros lhes reserva grandes trabalhos e lutas. Tudo pode ser ocasião de mérito e ninguém se perde senão por sua negligência”.

Este é o testemunho do enfermeiro em Belmonte: “O atendi como enfermeiro durante os quatro meses que permaneceu neste convento de Belmonte. É certo que observei nele uma paciência santa em seus duros sofrimentos, uma alegria inalterável, uma prudência excelente e uma resignação sem limites à vontade de Deus”.

No fim de sua vida revisava seus propósitos:

1. O voto de fazer o que acreditasse ser mais perfeito.

2. Não negar nada a Deus, nosso Senhor; seguir em tudo suas santas inspirações com generosidade e alegria.

Podia ter a satisfação de que havia sido fiel a estes compromissos.

Em 05 de Abril de 1927 começa sua agonia. Passou os dias 5 e 6 delirando. Administraram-lhe os sacramentos, que recebeu com grande fervor e serenidade. No dia 7 de Abril de 1927, quando a luz do dia iluminava a terra, ele foi gozar da luz inacessível e perene do céu.

Escreveram na cruz de seu túmulo: Tudo fez bem.

Foi beatificado pelo Papa São João Paulo II em 30 de Outubro de 1983. Em sua homilia o Sumo Pontífice o elogiou com estas palavras:

“Como religioso trinitário, procurou viver segundo as duas grandes directrizes da espiritualidade da Ordem: o mistério da Santíssima Trindade e a obra da redenção que nele se tornava vivência de intensa caridade. Enquanto sacerdote, teve uma clara ideia de sua identidade como ‘mediador entre Deus e os homens’, ou ‘representante do Sacerdote Eterno, Cristo’. Tudo isto o levava a viver cada Eucaristia como um ato de imolação pessoal, unido à suprema Vítima, em favor dos homens”.

“Não menos notável foi a presença de Maria na trajectória espiritual do novo bem-aventurado. Desde a infância até a morte. Uma devoção que viveu com grande intensidade e que procurou inculcar sempre aos demais, tão convencido estava de ‘quanto é bom e seguro esse caminho: ir ao Filho por meio da Mãe’”.

Seu lema foi: “Farei o ordinário extraordinariamente bem”.

Seus santos espólios são venerados na igreja trinitária do “Redentor” (Jesus Nazareno), de Algorta (Espanha).

 

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