Eugénia
Joubert nasceu e foi baptizada em Yssingeaux, perto do santuário de
Nossa Senhor do Puy, a 11 de Fevereiro de 1876. Aos dezanove anos
entrou para a vida religiosa e pronunciou os seus votos a 8 de
Dezembro
de 1896. A Obediência confiou-lhe as crianças e, as suas preferidas
era as mais pobres, pelas quais sentia uma atracção particular.
Eugénia
morreu, em odor de santidade, em Liège, na Bélgica, a 2 de Julho de
1904, com apenas vinte e oito anos. O Papa João Paulo II proclamou-a
Bem-aventurada no dia 20 de Novembro de 1994.
A sua vida
Em 20
de Novembro de 1994, o Papa João Paulo II beatificou, entre outras,
uma jovem religiosa, morta em 1904, na idade de 28 anos.
Nascida
em Yssingeaux, a 11 de Fevereiro de 1876, Eugénia Joubert entrou
muito jovem ainda no Instituto da Sagrada Família do Sagrado
Coração, fundada pelo Padre Rabussier, sacerdote Jesuíta, e a Madre
Maria Inácia Melin, Instituto destinado ao ensino da catequese,
sobretudo aos mais pobres e mais abandonados.
A irmã
Eugénia foi portanto catequista de 1897 até 1901, nas próximas
redondezas de Paris, primeiramente em Aubervilliers e depois em São
Dinis, onde ela se ocupou igualmente das crianças dos bateleiros e
dos feirantes que ali eram numerosos.
Consolidou ali a sua missão pelo estudo aprofundado das verdades da
fé, graças a São Tomás de Aquino e aos Padres da Igreja. Assim o
desejava a Fundadora para as irmãs designadas para esta missão.
A irmã
Eugénia tinha uma vida de oração intensa, um amor muito especial à
Santíssima Eucaristia, à Santíssima Virgem Maria. Estas disposições
interiores vão exercer sobre as crianças uma particular influência,
porque não tendo método pessoal, ela vive ao mesmo tempo o que
ensina. Os testemunhos recolhidos para o processo de beatificação
são unânimes sobre isso. “Ela atraía imediatamente as crianças
graças à sua fé comunicativa, ela sabia interessá-los, tornar por
assim dizer vivas as verdades que ela ensinava. Ela pedia à Virgem
Maria para a ajudar, e pedia as crianças que invocassem a Mãe do Céu
para que Ela os ajude a compreender e a aprender as suas lições”. As
crianças menos receptíveis e mais atrasadas eram para a irmã
Eugénia. Ela possuía a arte de melhor as compreender e melhor as
interessar aos ensinamentos que recebiam; ela inculcava-lhes coragem
e conseguia resultados magníficos que surpreendiam os seus
Superiores.
Eram
também para ela as crianças mais turbulentas e as mais
indisciplinadas. Ela conseguia acalmá-las, ganhando pouco a pouco a
confiança delas pela sua doçura, pelo seu carinho e pelas suas
preces a Maria que ela invocava frequentemente. Muitas vezes dizia a
estas crianças turbulentas e demasiado indisciplinadas: “Atenção,
Deus vê-nos, Deus olha para nós!” Esta pequena mensagem tinha o dom
de acalmá-las e de as tornar atentas aos ensinamentos. Possivelmente
que estas mesmas palavras ditas por outra pessoa não tivessem o
mesmo impacto, não produzissem o mesmo resultado...
A irmã
Eugénia tinha uma devoção particular ao Anjo da Guarda e por isso
mesmo invocava os Anjos das Guarda das crianças que tinha a seu
encargo, pedindo a estes ajuda para o seu apostolado.
E,
porque o fogo interior deve ser alimentado, Eugénia não fugia aos
sacrifícios, oferecendo-os para o bom sucesso do seu apostolado.
Contemporânea de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Beata Isabel
da Santíssima trindade, como elas, Eugénia vivia o espírito da
infância a “pequena via” ou “pequeno caminho”, a infância evangélica
numa união cada vez mais íntima com a Santíssima Trindade. Habitada
pelo ardor apostólico, ela conseguia comunicá-lo as crianças que
tinha ao seu encargo. Um deles, verdadeiro chefe de bando reuniu os
seus camaradas da rua e, mostrando un crucifixo, bradou: “Quem o
pregou na Cruz?” Ninguém respondeu. Continuando, o mesmo jovem
disse, cheio de grande convicção: “Fomos nós, foram os nossos
pecados”. Com mais força ainda, o mesmo jovem continuou: “Por isso
mesmo, todos de joelhos” e, todos obedeceram.
Mas
tudo isto não é conseguido senão pelo investimento próprio, um
investimento total e sincero. A irmã Eugénia nunca recuava diante
duma dificuldade, qualquer que ela fosse, como nunca recuava diante
da fatiga, fatiga até ao esgotamento, algumas vezes: o necessário
era continuar, custe o que custe, a melhor fazer amar e adorar Deus,
nosso único Salvador e Senhor.
Chamada
para a Casa de São Dinis, ela não só ali se investe sem medidas na
catequização dos jovens, mas continua a dispensar a sua ajuda às
irmãs de Aubervilliers. Eugénia ensina quase sem descontinuar
durante todas as tardes. À noite a voz falta-lhe, mas nem por isso
cessa de orar em comum ou na sua cela: ela precisa deste alimento
salutar, deste maná celeste que alimenta as almas e as torna fortes
e enamoradas de Cristo.
Passado
algum tempo, a fadiga revela-se e em breve se transforma em doença:
a irmã Eugénia é então atingida pela tuberculose: ela que até ali
não se tinha poupado, é agora obrigada a deixar o seu apostolado. A
oferta humilde e sincera de tudo quanto ela vive então, foi semente
de santidade, foi grão que “uma vez caído em terra”, produziu vida
eterna.
A irmã
Eugénia, a “virgem prudente” entregou a Deus, seu divino Esposa a
alma que dele recebera no dia 2 de Julho de 1904, em Liège, na
Bélgica, depois de ter murmurado duas vezes o nome de Jesus e de ter
beijado o crucifixo. |