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O fascínio da Alexandrina de Balasar

 O recentemente falecido Padre Pasquale Liberatore, que foi postulador salesiano e portanto postulador da causa da Alexandrina, disse uma vez numa entrevista : « Quem conhece a Alexandrina fica fascinado. Recebo cartas de todo o mundo com pedido de imagens e relíquias ».

Várias pessoas testemunharam esse fascínio ainda em vida dela. O Dr. Gomes de Araújo, neurologista da Real Academia de Medicina de Madrid que na Foz controlou o seu jejum durante quarenta dias, está sem dúvida entre elas. Ouçamos-lhe este importante retrato:

« A expressão de Alexandrina é viva, perfeita, afectuosa, boa e acariciadora; atitude sincera, sem pretensões, natural. Não há nela ascetismo, nada untuoso, nem voz tímida, melíflua, rítmica; não é exaltada nem fácil a dar conselhos. Fala de modo natural, inteligente, mesmo subtil ; responde sem hesitações, até com convicção, sempre em harmonia com a sua estrutura psíquica e a construção sólida de juízos bem delineados em si e pelo ambiente, mas sempre, repetimo-lo, com ar de espontânea bondade que o clima místico que desde há tempos a circunda e que, parece, não foi por ela provocado, não modificaram ».

Esta descrição varre do horizonte toda a pequenez humana que alguns certamente teimariam ainda em colar à Alexandrina. E além do mais alguém tinha avisado este médico de que ela era « uma aldrabona »… Mas ele acabou inteiramente convencido da sua verdade e veio visitá-la, mais adiante, a Balasar, « como amigo ».

No livro de Gabriel Bosco O que dizem da Alexandrina, o Padre Humberto Pasquale assegura que a Alexandrina era « a bondade em pessoa » :

« No entanto, se realmente quer que eu sintetize, numa só palavra, aquilo que nela era mais convincente e a fazia aparecer aos nossos olhos como alma extraordinária, dir-lhe-ei que era a sua bondade. Ela era « a bondade em pessoa ». Era esta bondade que imediatamente nos levava a pensar em Deus e dava à Alexandrina a auréola de « alma extraordinária ».

Repare-se que ele não aduz aqui factos extraordinários, como o jejum ou outros : extraordinária era a sua bondade.

Mas o P e. Humberto tem um texto mais longo, que se guarda em Balasar e foi escrito em Turim, em 1965, em que dá largas ao seu entusiasmo pela sua antiga dirigida. Vale a pena lê-lo :

«Ao ser interrogado frequentemente acerca da Alexandrina, eu costumo afirmar :

"Na minha já não breve vida sacerdotal abeirei-me de muita gente, de todas as categorias, mas nunca encontrei nenhuma (inclusive sacerdotes e religiosos) tão humana e espiritualmente perfeita, sob todos os aspectos, como a Alexandrina. Nunca !”

Recordando os frequentes contactos que tive com aquela alma de escol, iluminando-os com os conhecimentos ascéticos que as leituras espirituais da minha vida sacerdotal me fornecem diariamente, não consigo descobrir nela a mais pequena sombra de imperfeição. Antes pelo contrário, descubro cada vez melhor a beleza, o requinte e o heroísmo da virtude da Alexandrina. Sinto-me cada vez mais levado a admirar a maravilhosa acção da graça de Deus naquela alma.

Se eu tivesse de apontar a virtude em que ela mais se distinguiu, não saberia fazê-lo, porque não houve uma que brilhasse nela mais do que as outras: foi excelente em todas, numa harmonia perfeita. Mesmo naquelas que exteriormente foram mais provadas : por exemplo : na obediência à Autoridade eclesiástica e aos seus directores ; na paciência posta tão rudemente aprova quer pela doença, quer pelas pessoas que a visitavam de maneira importuna ; na caridade para com o próximo, sobretudo com os que lhe causavam gravíssimos desgostos.

A sua personalidade verdadeiramente gigante era escorada por um espírito de humildade muito convicta e evidente que aflorava dos seus lábios e mais ainda das suas atitudes interiores, como facilmente se pode deduzir da leitura atenta dos seu diários : por um total desapego da sua vontade, sempre ansiosa em buscar e cumprir a vontade de Deus à custa da renúncia total dos seus desejos e gostos pessoais.

Era verdadeiramente uma criatura consagrada de uma forma total ao seu Deus, em espírito de imolação, para reparar as ofensas que lhe são continuamente dirigidas, e para salvar-lhe almas, todas as almas. Uma tal consagração não se explica sem um grau eminente de amor de Deus : amor insaciável, ardoroso, avassalador. Não saberia melhor definir esse amor do que aplicando-lhe o adjectivo « seráfico », no sentido mais completo da palavra.

Não encontro paralelo desse amor a não ser na vida dos grandes amantes de Deus, reconhecidos pela Autoridade da Igreja.

Mais ainda que os factos, que podiam causar impressão, foram estas virtudes sólidas e excepcionais que me ligaram à Alexandrina : foi delas que me ocupei e preocupei tomando, no devido tempo, a sua defesa à custa de muitas amarguras.

Foi igualmente o mesmo motivo que me levou a exigir que ditasse os seus sentimentos de alma, sem os quais teriam ficado ignoradas as suas riquezas espirituais nos seus aspectos mais íntimos e, portanto, mais preciosos ».

É difícil de ir mais longe do que o que aqui se escreve e ser mais claro : a Alexandrina coloca-se ao lado dos grandes amantes de Deus, reconhecidos pela Autoridade da Igreja.

Nos escritos da Alexandrina, Jesus é extremamente elogioso a seu respeito. Esses louvores concretizam-se muitas vezes em linguagem altamente poética. Vejam-se agora algumas dessas declarações elogiosas. Nesta, de 18/5/1945, ela é mesmo proclamada « doutora das ciências divinas » :

« As minhas maravilhas em ti não ficam ocultas, não consinto no seu escondimento.

Hão-de brilhar ! São a minha glória; são salvação das almas.

Tudo será conhecido, minha doutora das ciências divinas, tudo será conhecido no livro da tua vida.

És a heroína do amor, a heroína da dor, a heroína da reparação, a heroína dos combates, a rainha dos heroísmos ».

Nos 20 séculos da história da Igreja só a três santas foi oficialmente atribuído o título de doutora da Igreja…

Veja-se estoutra declaração, de 23/3/40 :

« Oh, que agonia será a tua !

Assim ficarão escritas no livro da tua vida todas as maravilhas e as ciências divinas, livro que nunca teve igual.

Podem vir todos ao jardim que Eu cultivei, para colherem flores de virtude, flores de pureza, flores de graça, flores de caridade, flores de heroísmo, flores de toda a variedade.

Vinde todos, colhei, são flores celestes ! »

É natural que quem não esteja familiarizado com os textos da Alexandrina se escandalize com esta linguagem. Isso já acontecia com a profª de Balasar, a D. Çãozinha ; às vezes, reagia com estas palavras : « Isto é herético ! » Ao contrário, o Padre Humberto reconhecia : « Os escritos da Alexandrina sob o aspecto teológico deixam-nos maravilhados ». O Cardeal D. Manuel Gonçalves Cerejeira, de cuja craveira intelectual não é lícito duvidar e que desde muito cedo esteve ao corrente do que se passava em Balasar, confessou um dia ao Padre Francisco Dias de Azevedo que trocaria toda a sua obra por uma dúzia de páginas da Venerável Alexandrina.

A Beatificação da Alexandrina vem a caminho. Num jornal irlandês escreve-se que gente de todo o mundo se prepara para ir a essa grande festa – gente que se dobra perante o fascínio que dela decorre.

 José Ferreira

 

 

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