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CORRER O MUNDO DE JOELHOS

O Diário deste dia 31 de Outubro de 1944 é muito importante, porque ele contém uma frase que traça de mão de mestre toda a vida e missão da Beata Alexandrina no que diz respeito as almas e à sua ardente missão no mistério da Redenção.

Dirigindo-se à Mãezinha, ela diz-lhe esta frase, ou melhor esta súplica : “Se Vós me désseis toda a graça e amor eu queria ir de joelhos bater à porta de todos os corações da humanidade, aqueles que estivessem em graça dava-lhes só amor e aos que estivessem em pecado dava-lhes tudo, graça e amor”.

Antes de assim se expressar, ela tinha portanto dito que “tudo desconhecia, nada compreendia” e que “a maior parte deste dia passei-o sem sentir nem vida nem morte, nem tempo nem eternidade”, mas que apesar disso, e assim compreendemos melhor, “não deixava de viver a minha vida íntima com Deus, entrar muitas vezes em mim para adorar as personagens divinas que vivem no meu coração e na minha alma”.

Depois, tudo muda, os seus sentimentos são outros, o seu coração começa a bater mais à medida de Deus e então, como ela explica, “nasceram em mim uns desejos de missionar, queria correr todo o mundo à conquista das almas”.

Queria “missionar” e correr o mundo para de joelhos, se necessário, pedir a cada alma de arrepiar caminho e de marchar, de avançar nas pegadas de Deus. “Queria enchê-los a mais não poder, deixá-los a transbordar. Queria ver sair de todos eles as chamas como duma chaminé, para todos eles formarem uma só chama, um só amor”.

Valorosa missionária, valorosa alma de apóstola que “queria fechá-los Jesus com uma chave só vossa para que nenhum deles pudesse abri-lo para assim nunca deixarem de amar e nunca perderem a graça”.

Mas estes lances tão fortes, estes desejos tão veementes em favor das almas, não são do gosto de Satanás que não tarda em vir “em forma de crocodilo”, no intuito de a tentar, de a perturbar e de a levar ao pecado. “Com as suas artes manhosas parecia-me que fazia de mim tudo quanto ele queria”, explica Alexandrina. Mas não lhe tocou, mesmo se esteve pertinho dela.

Utilizando o seu estratagema mentiroso, diz-lhe descaradamente : “Tu pecas o mais gravemente e podes pecar à vontade porque Deus já não te quer nem eu te quero, não me serves, para mim quero pessoas puras e honestas”.

A resposta da “Doentinha de Balasar” não se dirige ao demónio mas directamente a Jesus. É uma resposta clara que afasta o mafarrico e deixa em paz a vítima do Senhor : “Meu Jesus querer é poder ! Bem sabeis que só quero amar-vos e nada, nada de ofender-vos”.

* * * * *

« Tudo desconhecia, nada compreendia. A maior parte deste dia passei-o sem sentir nem vida nem morte, nem tempo nem eternidade. Parecia-me não existir, portanto nada me esperava. Não deixava de viver a minha vida íntima com Deus, entrar muitas vezes em mim para adorar as personagens divinas que vivem no meu coração e na minha alma. Mas sem nada sentir, sem nada me pertencer vivia assim como por um hábito. Aproximava-se a noite ; nasceram em mim uns desejos de missionar, queria correr todo o mundo à conquista das almas. Como estas ânsias, já não cabiam em mim disse para Jesus e para a Mãezinha : Se Vós me désseis toda a graça e amor eu queria ir de joelhos bater à porta de todos os corações da humanidade, aqueles que estivessem em graça dava-lhes só amor e aos que estivessem em pecado dava-lhes tudo, graça e amor. Queria enchê-los a mais não poder, deixá-los a transbordar. Queria ver sair de todos eles as chamas como duma chaminé, para todos eles formarem uma só chama, um só amor. Queria fechá-los Jesus com uma chave só Vossa para que nenhum deles pudesse abri-lo para assim nunca deixarem de amar e nunca perderem a graça. Ó Jesus, ó Mãezinha, quero amar-vos quero que todos Vos amem. Quero a graça e a pureza do meu corpo e da minha alma e quero que todos os filhos vossos a possuam. Sou a Vossa vítima.

Era já noite, veio o demónio com toda a fúria, veio em forma de crocodilo, assustou-me muito, veio até pertinho de mim, mas não me tocou. Com as suas artes manhosas parecia-me que fazia de mim tudo quanto ele queria. Dizia-me :

― “Venho para satisfazer os teus desejos não porque eu quisesse vir. Tenho nojo de ti” ; e mostrava-se muito enojado.

“Tu pecas o mais gravemente e podes pecar à vontade porque Deus já não te quer nem eu te quero, não me serves, para mim quero pessoas puras e honestas”.

Parecia-me que eu mesma dava risadas de contentamento e que repetia uma e muitas vezes : troco tudo por um gozo, por um prazer. Quero pecar, quero pecar, com esta e com aquela pessoa e nomeava-as. Meu Deus, creio firmemente que me parecia dizer tudo isto, mas que não disse. As palavras e ensinamentos eram horrorosos. Desconheço muitas coisas, outras nunca as disse nem as pensei. Que luta triste e tremenda. Por mais que uma vez parecia-me morrer. Fiz as minhas ofertas a Jesus, mas com tal desfalecimento que parecia-me nada valer.

Meu Jesus querer é poder ! Bem sabeis que só quero amar-vos e nada, nada de ofender-vos. Fiquei triste e tímida. Que vida a minha meu Deus ! Seja tudo por Vosso amor. O malvado retirou-se desesperado. »[1]


[1] Sentimentos da alma : 31 de Outubro de 1944.

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