Frederico era neto de Radbodo, rei dos Frisonos. A sua educação foi
confiada aos cuidados de Santo
Ricfredo,
bispo de Utrecht. Ordenado sacerdote, sub-diácono e seguidamente
diácono, foi sobretudo conhecido por se infligir severas
mortificações.
Foi
eleito bispo de Utrecht em 825, pelo imperador Luís o Debonário,
filho e sucessor de Carlos Magno. Trabalhou afincadamente para a
evangelização do Norte da Frísia, como lhe pedira o imperador e, com
a ajuda de Santo Odulfo, combateu os abusos das uniões incestuosas
que até ali eram prática quase comum naquelas regiões.
Bastante implicado no seio da família imperial, reprovou com
liberdade apostólica a conduta de Judite, segunda esposa deste
monarca, atraindo assim o ressentimento e mesmo o ódio desta
princesa.
Participou igualmente no Concílio de Mainz.
Um dia,
enquanto fazia suas orações e acções de graças na capela de São João
Batista, logo após a celebração do Santo Sacrifício, dois esbirros,
enviados por Judite, atingiram-no a golpes de punhal.
Frederico morreu, perdoando aos seus assassinos e recitando as
palavras do Salmo 114: “Na presença do Senhor continuarei
o meu caminho na terra dos vivos.”
Foi
elevado (aos altares) pelos clérigos da igreja de Utrecht que
edificou por suas virtudes, suas austeridades e suas orações
fervorosas. |