Segundo
o testemunho de Dionísio, o Menor, narrado pelo Martirológio Romano
Monástico, “procurou mais servir do que exercer a sua autoridade,
associou a castidade aos méritos da doutrina, e morreu pobre, após
ter enriquecido os indigentes”.
Gelásio
nasceu em Roma, de origem africana, culto, inteligente e dotado de
personalidade forte. Cristão praticante foi conselheiro do papa
Félix III, que vinha tentando conciliar as igrejas do Oriente e do
Ocidente. No ano de 492, com a morte do papa, foi eleito sucessor
para dar continuidade a essa missão, o que não conseguiu por causa
da oposição do imperador Anastácio I.
O Papa
Gelásio I empenhou-se em manter a doutrina recebida dos apóstolos,
combatendo e tentando eliminar as heresias dos sacerdotes Mane e
Pelágio. Foi o primeiro pontífice a expressar a máxima autoridade do
bispo de Roma sobre toda a Igreja.
Desenvolveu um grande trabalho de renovação litúrgica. Organizou e
presidiu o sínodo de 494, no qual saiu aprovada a grande renovação
litúrgica da Igreja. Assim, ele instituiu o Sacramentário Gelasiano,
para uniformizar as funções e ritos das várias igrejas. Trata-se do
decreto que, contém cerca de cinqüenta prefácios litúrgicos, uma
coletânea de orações para recitar durante a missa. No momento, esse
e os outros decretos que assinou fazem parte do acervo do Museu
Britânico.
Papa
Gelásio I viveu em oração e insistia que seus clérigos fizessem o
mesmo.Segundo Dionísio, o Pequeno, ele procurou mais servir do que
dominar e morreu pobre, depois de servir os necessitados. Por sua
caridade, foi chamado “papa dos pobres”.
Morreu
em 21 de novembro no ano de 496, em Roma.
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