Padre Mariano Pinho - 3

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P. MARIANO PINHO
VERDADEIRO PAI ESPIRITUAL
3

1933

“VIVA JESUS.

Alexandrina:

Era o que faltava, que vindo a Deolinda a Braga não levasse umas palavrinhas para a Alexandrina... nem eu mesmo era capaz de me resignar a ficar calado. Aqui me tem pois, Alexandrina, a agradecer-lhe muito os cumprimentos e lembranças que me mandou e as muitas orações e sofrimentos que oferece por mim a Nosso Senhor.

Eu também me lembro muito da Alexandrina, e estou sempre a pedir por si ao Senhor, mas o momento em que peço mais é na Santa Missa, de um  modo especial, quando tomo nas mãos a Sagrada Hós-tia para comungar; lembro-me então das sauda-des que a Alexandrina tem da Sagrada Comunhão e comungo por si e rogo a Nosso Senhor que a visite e lhe deixe na alma tantas graças, como se O recebesse sacramentalmente.

A Deolinda disse-me que a Alexandrina tem sofrido mui-to, mas com paciência. Bravo! Assim é que é: estar na cruz sem resmungar nem torcer o nariz. Assim é que é o amor a Nosso senhor e assim é que O consola a Ele e O ajuda a salvar almas.

Sei que já se reconciliou... e que teve depois as suas lagrimazitas! Tenha muita resignação nesses momentos; lembre-se que é Nosso Senhor que assim o permite, por-que quer ser Ele o seu consolador: desabafe com Ele, com toda a simplicidade e, como uma filha com seu pai-zinho, como uma esposa com seu querido esposo, que  tudo isto é Nosso Senhor para a sua alma.

Lembre-se depois que tem aqui o seu Padre espiritual que mesmo de longe segue e vê sempre a sua alma e tem com ela todo o cuidado.

Adeus, até breve; olhe que todos os dias antes de me deitar lhe mando daqui uma grande bênção com o meu crucifixo.”

Esta foi a 10a carta que o P. Mariano pinho escreveu a Alexandrina. Não tem a data precisa mas é de fins de Ou-tubro  ou princípios de Novembro de 1933.

Nesta carta quero sublinhar:

1-É a primeira vez que o P. Mariano Pinho usa a expressão: ”VIVA JESUS”. Esta expressão vai utilizá-la em quase todas as cartas que vai escrever à Beata Alexandrina. Alexandrina vai começar a utilizá-la também, e utiliza-a pela primeira vez em 28/11/1933, não só nas catas mas em quase todos os seus escritos como por exemplo os santinhos que escrevia. O porquê desta expressão VIVA JESUS? Quando o P. Mariano Pinho lhe escreve a terceira carta, em 2/9/33, manda-lhe uma estampa de  Beata Gema Gagani, dizendo que depois lhe explicará que ela foi. Santa Gema Galgani tem muito de comum à Beata Alexandrina. Mas uma das particularidades é a sua união com os Anjos. Conta-se na sua biografia que muitas vezes os anjos gritavam “VIVA JESUS”. Santa Gema Galgani tinha sido beatificada nesse ano, ou seja em 1933 por Pio XI  e foi canonizada em 1940 por Pio XII.

2- Nesta carta o P. Mariano Pinho revela-se um verdadeiro Pai Espiritual. Mostra a sua preocupação, afecto, oração e continua presença espiritual na vida de Alexandrina. É de sublinhar aquele gesto de todos os dias , antes de ir descansar, de lhe enviar a bênção com o seu crucifixo. Era assim que há uns anos os filhos se despediam dos pais antes de ir dormir: “deite-me a bênção pai, deite-me  a bênção mãe”!

 

Padre José Granja,
Reitor de Basílica dos Congregados, Braga

 

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