Guido
Maria Conforti nasceu no dia 30 de março de 1865, em Ravadese,
província de Parma, norte da Itália. Filho
de pais piedosos, foi
educado no amor a Deus e ao próximo. Concluiu o estudo elementar com
irmãos das escolas cristãs. Nessa oportunidade, seu pai compreendeu
que o sonho de ver o filho dirigindo os negócios agrícolas da
família jamais seria realizado. Guido tinha vocação para a vida
religiosa.
Assim,
ingressou no seminário, estimulado pelos pais. Lá, após ler a
biografia de são Francisco Xavier, foi a vez de Guido abraçar um
sonho: ir para a China, continuar a missão do santo. Aos dezassete
anos de idade, enfrentou dificuldades de saúde, o mal da epilepsia,
que quase o impediu de continuar. Rezou para Nossa Senhora com muita
fé e obteve a graça para superar a doença. Em 1888, recebeu a
ordenação sacerdotal. Mas foi designado para professor do seminário
e depois nomeado vice-reitor. O que fez o sonho das missões no
Oriente permanecer adormecido no seu coração.
Aos
vinte e oito anos, quando Guido Conforti já era cónego da catedral
de Parma, decidiu que era hora de executar seu sonho. Dois anos
depois, em 1895, devido à falta de recursos, fundou a Congregação
dos Missionários Xaverianos para a Evangelização dos não-cristãos,
hoje chamado apenas de Instituto Xaveriano. Nessa época, seu pai
morreu e toda a herança que recebeu aplicou na sua Obra. Comprou uma
casa, onde abrigou os primeiros dezassete seminaristas. Não precisou
aguardar muito, pois em março de 1899 os dois primeiros xaverianos
seguiram em missão para a China. Pouco depois, em 1902, o próprio
fundador emitiu os votos religiosos e recebeu o hábito dos
xaverianos, em Roma, para dedicar-se só às missões.
Entretanto qual não foi sua surpresa ao ser nomeado arcebispo de
Ravena. Obediente, Guido Conforti assumiu o posto. Um ano depois,
por motivos de saúde, pediu à Santa Sé para poder renunciar o cargo.
Voltou para Parma, onde trabalhou na consolidação da sua Obra.
Ocorre que o carisma do Instituto atendia plenamente os anseios da
Igreja, que nesse período estava instalando a prefeitura apostólica
de Honan, na China. Foi então que a Santa Sé confiou essa
administração ao Instituto Xaveriano, em 1906. Desde então, pequenos
grupos de missionários xaverianos começaram a seguir para o Oriente.
Em
1907, Guido Conforti foi novamente solicitado para o serviço
episcopal. Agora, como auxiliar do bispo de Parma, depois como seu
sucessor. Administrou a diocese por vinte e cinco anos, numa intensa
actividade: foram dois sínodos e cinco visitas pastorais nas
trezentas paróquias. Enquanto isso o Instituto também se expandia
por toda a Itália.
A
alegria estampava o rosto do fundador, quando, em 1912, na condição
de bispo de Parma, ele consagrou, naquela catedral, o primeiro bispo
xaveriano, Luigi Calza, nomeado para Cheng-Chow, na China. O
Instituto consolidava-se cada vez mais no mundo. Mas para que a Obra
ficasse completa, ele criou, junto com padre Paulo Manna, a União
Missionária do Clero, sendo eleito o primeiro presidente.
Guido
Conforti viajou só uma vez para a China, em 1928, para visitar e
encorajar os seus filhos xaverianos. Depois de algum tempo, morreu,
com apenas sessenta e seis anos, no dia 5 de novembro de 1931. Mas a
sua Obra floresceu em 1945, quando foi fundado o Instituto das
Missionárias de Maria, ou xaverianas, pelo padre Giacomo Spagnolo e
a leiga Celestina Bottego.
Em
1996, o papa João Paulo II proclamou-o bem-aventurado. Actualmente,
os xaverianos e as xaverianas dirigem e trabalham em vários países
de todos os continentes, inclusive no Brasil. A festa do
bem-aventurado Guido Maria Conforti ocorre no dia de sua morte.
Fonte:
http://www.paulinas.org.br/ |