Isabel
de Schnönau, em alemão Elisabeth von Schönau, nasceu em 1129
perto de Colónia.
Jovem
ainda entrou como oblata no mosteiro beneditino de Schönau onde
pronunciou os seus votos quando tinha 17 anos. A partir da idade de
23 anos começou a beneficiar de êxtases e de visões que fazem parte
da concepção do mundo e foram autentificadas pelo abade do mosteiro.
Em
1155, seu irmão Egbert, conhecido pelo seu engajamento contra os
cátaros, junta-se a ela em Schönau e transcreve as sujas visões em
latim. Egbert incita Isabel a pedir ao Anjo que lhe aparecia,
algumas explicações sobre certas questões litigiosas. Eis porquê
Isabel teve várias visões que atestam a realidade da
transubstanciação, ponto sensível na luta contra os cátaros. A sua
descrição do martírio das virgens de Colónia é claramente uma “visão
de encomenda”: ossadas encontradas em Colónia podia assim servir de
relíquias.
As
opiniões divergem quanto às visões et revelações de Isabel. A Igreja
nunca se pronunciou a este respeito e nunca mesmo simplesmente as
examinou. A própria Isabel estava convencida do carácter
sobrenatural destas, como ela o diz numa carta endereçada a Santa
Hildegarda, com a qual era muito amiga, e que a vinha visitar.
Quinze cartas autênticas, das quais uma a santa Hildegarda chegaram
até aos nossos dias. Ela aí fala dos êxtases com que Deus a agracia.
Isabel
morreu no dia 19 de Junho de 1164, no mosteiro de Schönau im Taunus,
na Renânia-Palatinado.
As suas
obras, escritas entre 1152 e 1157, eram, no seu tempo mais
conhecidas do que Santa Hildegarda de Bingen, da qual apenas apenas
alguns manuscritos chegaram até nós.
Quando
os seus escritos foram publicados depois da sua morte, o
qualificativo de “Santa” foi adicionado ao seu nome, mesmo se ela
nunca foi formalmente canonizada.
Em 1584
o seu nome foi adicionado ao Martirológio Romano e aí permaneceu até
agora. |