Francisco Régis
nasceu, em 31 de Janeiro de 1597, numa pequena aldeia de Narbona, na França.
Filho de um rico comerciante, foi educado num colégio dirigido por sacerdotes
jesuítas desde pequeno. Nada mais
natural que entrasse para a Companhia de Jesus
quando, em 1616, decidiu-se pela vida religiosa. Desejava, ardentemente, seguir
o exemplo dos jesuítas missionários que evangelizavam em terras pagãs
estrangeiras.
Tornou-se
rapidamente respeitado e admirado pela dedicação na catequização que fazia
directamente ao povo, auxiliando os sacerdotes, assim como nas escolas que a
Companhia de Jesus dirigia. Aos trinta e três anos, ordenou-se sacerdote,
tomando o nome de João Francisco. Só então o seu contagiante trabalho
disseminou-se pela cidade, por meio das obras dedicadas aos marginalizados,
necessitados e doentes. Essa era a missão importantíssima que o aguardava lá
mesmo, na sua terra natal: atender aos pobres e doentes e converter os
pecadores.
Entre os anos
1630 e 1640, duas epidemias de pestes assolaram a comunidade. Francisco Régis
era incansável no atendimento aos doentes pobres e suas famílias. Nesse período,
conscientizou-se de que a França precisava da sua acção apostólica e não o
exterior. Assim, tornou-se um valente missionário jesuíta, e o mais frequente
sacerdote visitador de cárceres e hospitais. Os registros relatam às centenas os
doentes que salvou e os pagãos que converteu ao mesmo tempo.
Bispos de seu
tempo relataram que ele era dotado de um carisma muito especial. Onde pregava os
ensinamentos de Cristo, as pessoas, invariavelmente, se convertiam. Conseguiu,
com o auxílio da Virgem Mãe, como ele mesmo dizia, converter aldeias inteiras
com o seu apostolado. Foram dez anos empregados nesse fatigante e profícuo
trabalho missionário.
Francisco Régis
foi designado para chefiar a missão enviada à La Louvesc, na diocese de
Dauphine. Antes de iniciar a viagem, quis despedir-se dos companheiros jesuítas.
Percebera, apesar da pouca idade, que sua morte estava muito próxima. A viagem
até lá foi um tremendo sacrifício. Além de atravessar altas montanhas, o caminho
foi trilhado debaixo de um rigoroso inverno.
Chegou a La
Louvesc doente e perigosamente febril. Mas, como havia uma enorme multidão de
fiéis que desejavam ouvir os seus sermões, pregou por três dias seguidos. Os
intervalos de descanso foram utilizados para o atendimento no confessionário.
Finalmente, abatido por uma enorme fraqueza, que evoluiu para uma pneumonia
fulminante, faleceu no dia 31 de Dezembro de 1640, aos quarenta e três anos de
idade.
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