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JOSÉ APARÍCIO DA SILVA
Sacerdote jesuíta
(1879-1966)

 apóstolo de Fátima 

NASCIMENTO

José Aparício da Silva nasceu em Abrunheiro Grande, freguesia de Santa Margarida da Fundada, não muito longe de Portalegre, Portugal, a 14 de Fevereiro de 1879. Era filho de Joaquim Aparício da Silva e Ludovina da Silva, e foi baptizado no dia 24 do mesmo mês e ano.

Como todas as crianças da sua idade, frequentou a escola primária dirigida pelo padre da aldeia, Padre Sebastião de Oliveira Xavier. Foi este sacerdote que lhe ensinou não só as primeiras letras, mas também o catecismo e a oração, para a qual José tinha uma disposição especial, como dizem várias testemunhas.

NO COLÉGIO

Quando ainda era muito jovem, deixou a sua aldeia natal para entrar na Escola Apostólica de Nossa Senhora das Neves, que os Padres Jesuítas tinham aberto em Barro, perto de Torres Vedras. Ali fez os seus estudos preparatórios para o sacerdócio.

Muito respeitoso das regras e assíduo à oração e à meditação, José Aparício progrediu muito rapidamente no caminho espiritual, mas mantendo sempre aquela virtude que seria a sua prerrogativa: a humildade.

Alguns anos após a sua entrada na Escola Apostólica – em 1892 – foi transferido para Guimarães – a cidade berço – e, claro, José acompanhou os seus colegas, bem como os seus superiores.

A 8 de Setembro de 1895, aos 16 anos de idade, entrou no noviciado da Companhia de Jesus e durante oito dias teve de aprender as Regras e seguir os Exercícios do Santo Fundador da Ordem, Inácio de Loyola.

Desde o início, tomou a “firme decisão de observar as Regras à letra, não cometendo deliberadamente qualquer falta”. Os seus cadernos de notas espirituais dessa época distante contêm “páginas deliciosas”, decisões e considerações que mostram o seu carácter resolutamente espiritual, mesmo contemplativo.

Ele tinha uma devoção especial a São José, à Santíssima Virgem e ao Sagrado Coração de Jesus. A divina Eucaristia foi objecto de adoração filial, dando origem a visitas diárias regulares ao Santíssimo Sacramento.

OS VOTOS

Em 1897, a 12 de Setembro, festa do Santíssimo Nome de Maria, fez os seus votos perpétuos.

Tendo terminado o curso de retórica, teve de seguir os de filosofia, mas por uma causa independente da sua vontade, isso não foi possível e, durante o período de estudo de 1900-1901, foi enviado para Lisboa como professor de latim, português, história, geografia, botânica, zoologia, matemática e desenho, desculpem do pouco... Depois, em 1901, foi para Setúbal, do outro lado do Tejo, para fazer a sua filosofia. Passou lá três anos, “os três anos mais belos da minha vida”, escreveu nos seus cadernos de apontamentos.

Teve como professor, nessa época, o Padre Luiz Gonzaga da Fonseca, um dos organizadores do reconhecimento das aparições de Fátima e autor de uma obra-prima sobre as mesmas aparições. José Aparício terá o mesmo entusiasmo que o seu professor por este fenómeno sobrenatural; será mesmo um dos mestres de obras do Santuário de Fátima.

Alguns anos mais tarde, de 1904 a 1909, José foi professor no Colégio Apostólico de Guimarães. Depois, mesmo antes dos tristes acontecimentos do estabelecimento da República Portuguesa e da lei de separação, foi para Espanha, para o Colégio de São Jerónimo em Múrcia, para estudar teologia.

ORDENAÇÃO SACERDOTAL

Em 28 de Junho de 1912, foi nomeado subdiaconado e no dia 29, festa dos Santos Pedro e Paulo, recebeu o diaconado e foi ordenado padre no dia 1 de Julho desse mesmo ano.

Após a sua ordenação, fez mais um ano de teologia escolástica no Colégio de Jesus em Tortosa, Espanha, e depois foi para a Bélgica, para Tronchiennes, para o seu último ano de provação.

COMEÇO DA GUERRA

A 3 de Agosto de 1914, assistiu à passagem das tropas alemãs que, após um ultimato à Bélgica para atravessar o país, passaram de facto para invadir a França. Assistiu ao saque e viu, horrorizado, o fogo de Lovaina, o que lhe inspirou estas poucas linhas escritas a um amigo: “Até agora não acreditava no que me disseram sobre os alemães, mas agora já não tenho dúvidas”.

De facto, um dos seus camaradas foi baleado pelos invasores simplesmente porque tinha escrito no seu caderno de notas os acontecimentos que estavam a ter lugar nessa altura. A 24 de Outubro, com um salvo-conduto concedido pelo Rei da Bélgica, deixou este país, via Holanda, para se refugiar em Espanha. No dia 27 de Novembro esteva em Salamanca. Aí pronunciou os seus votos definitivos a 2 de Fevereiro de 1915.

REITOR DA ESCOLA APOSTÓLICA

No mesmo ano de 1915, a Escola Apostólica de Salamanca mudou-se para St. Martin de Trevejo, na região de Cáceres, para uma casa que ainda não estava completamente pronta – não havia sequer electricidade. José Aparício foi também enviado para lá, mas desta vez como Reitor, cargo que assumiu a 7 de Outubro do mesmo ano.

Sempre muito activo, e cheio de zelo apostólico, tomou as medidas necessárias – tendo recorrido a São José – e no dia 3 de Novembro a casa já tinha electricidade.

Apesar de algumas outras dificuldades encontradas no início, a Escola Apostólica progrediu e recebeu mesmo, em 15 de Junho de 1920, a visita de dois bispos espanhóis, o de Salamanca, acompanhado pelo bispo de Ciudad Rodrigo.

A 6 de Novembro de 1921, José Aparício foi transferido para Tuy, ainda em Espanha, porque nesta cidade os jesuítas portugueses, após a sua expulsão de Portugal, tinham comprado uma casa, a que chamaram “Residência e Casa de Retiro”. José Aparício tornou-se responsável por dela.

IRMÃ LUCIA DE FATIMA

Assim que chegou a Tuy, o Padre Aparício foi nomeado confessor ordinário das Irmãs Doroteias. Ora, estava nesse convento a irmã Lúcia, a visionária de Fátima, a única sobrevivente das aparições marianas de 1917.

Tornou-se seu confessor e aprofundou o seu conhecimento de Fátima, o que em breve bem lhe servirá.

 

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