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A força
do trabalho e da oração
O primeiro
de Maio, considerado hoje na Europa o dia da «Festa do trabalho», foi,
durante muitos anos, nos fins do século XIX e princípios do século XX,
um dia de reivindicações e mesmo de lutas violentas pela promoção da
classe operária.
A Igreja
que se mostrou sempre sensível aos problemas do mundo do trabalho, quis
dar uma dimensão cristã a este dia. Nesse sentido, Pio XII, em 1955,
colocava a «Festa do trabalho» sob a protecção de S. José, na certeza de
que ninguém melhor do que este trabalhador poderia ensinar aos outros
trabalhadores a dignidade sublime do trabalho.
Operário
durante toda a sua vida, S. José teve como companheiro de trabalho, na
oficina de Nazaré, o próprio Filho de Deus, Jesus Cristo.
E foi, na
verdade, Jesus que lhe ensinou que o trabalho nos associa ao Criador,
dando-nos a possibilidade de aperfeiçoar a natureza, de acabar a criação
divina. O trabalho é um serviço prestado aos irmãos e é também, conforme
nos recorda o Vaticano II, um meio de nos associarmos à obra redentora
de Cristo (Gaudium et Spes, 67).
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Curiosamente, no dia de S. José Operário, «Dia do Trabalho», tem início
o mês dedicado a Nossa Senhora e muito querido à piedade popular. Muitas
paróquias e famílias, seguindo tradições religiosas já consolidadas,
continuam a fazer de Maio um mês «mariano»,
multiplicando ardorosas iniciativas litúrgicas, catequéticas e
pastorais!
Este
vem-nos recordar que a força do trabalho está sempre associada à força
da oração. O trabalho é um excelente veículo de aproximação do Pai,
assim como a prece que nasce do seu coração. Trabalho e oração são as
duas forças mais poderosas que realizam a sua subida para perfeição
Que o mês
de Maio seja, então, um mês de intensa oração com Maria e José!
Lembre-nos das recomendações do Papa João Paulo II que pedia a recitação
do santo Rosário quotidianamente. Trata-se de uma oração simples,
aparentemente repetitiva, mas mais útil do que nunca para penetrar nos
mistérios de Cristo e da sua e nossa Mãe. Ela é, ao mesmo tempo, um modo
de rezar que a Igreja sabe que é do agrado da própria Nossa Senhora.
Somos convidados a recorrer ao Rosário também nos momentos mais difíceis
da nossa peregrinação na terra e, hoje em especial, por todos os
trabalhadores, especialmente por quantos se encontram em dificuldades no
campo do trabalho, para que todos, guiados por S. José e a Virgem
Santíssima, possam produzir muito e bom fruto e para que «vendo as suas
obras todos glorifiquem o Pai que está nos céus» (cf. Mt 5,
14-16) |