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LÚCIA DE JESUS DOS SANTOS
Vidente de Fátima, Carmelita, Serva de Deus
(1907-2005

CURTA BIOGRAFIA DA IRMÃ LÚCIA

«Aos trinta dias do mês de Março de mil novecentos e sete, nesta paroquial Igreja de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourém, Patriarcado de Lisboa, baptizei solenemente um indivíduo do sexo feminino, a quem dei o nome de Lúcia, nascida em Aljustrel, desta freguesia, às sete horas da tarde de vinte e dois de Março corrente...»

Assim reza a acta do baptismo. Seus pais eram António dos Santos e Maria Rosa, residentes em Aljustrel, lugarejo pertencente à Paróquia de Fátima.

Sendo a última de sete irmãos, cinco raparigas e um rapaz, teve uma infância de mimos e privilégios, a que não faltaram desgostos e desgraças familiares, corajosamente suportados e superados por aquela mulher exemplar que era sua mãe. Aos seis anos, faz a sua primeira comunhão, cujo relato os nossos leitores hão-de saborear com admiração e carinho. Nessa idade porque assim o exigiam as necessidades da casa, começa a sua vida de pastora. Primeiro, no ano de 1915, os seus companheiros são todas as pequenas e pequenos de Aljustrel e arredores. A partir de 1917, acompanham-na, quase exclusivamente, seus primos Francisco e Jacinta Marto. É o ano das Aparições da Virgem. Nelas, Lúcia ocupa um lugar especial, pois é a única que fala com Ela e d’Ela recebe uma mensagem especial para dar a conhecer no futuro. Vive e sofre com seus primos, por causa das Aparições; mas é também a única que teria de ficar por mais tempo neste mundo, para cumprir a sua missão.

A Virgem, na verdade, tinha-a mandado aprender a ler... Sem dúvida, só depois das Aparições começa a ir à escola, onde rapidamente, com seu engenho e memória extraordinárias, aprende as primeiras letras.

Passadas as Aparições, a situação de Lúcia era, naturalmente, a de uma «vidente», com todos os riscos que isso comporta. Era necessário fazer algo mais com ela. Atender à sua educação e subtraí-la aos perigos que poderia sofrer naquele meio ambiente de «milagreira» e de «maravilhosismo», foi uma das primeiras preocupações do recém nomeado primeiro Bispo de Leiria, após a restauração da Diocese. Na manhã de 17 de Junho de 1921 entrava, como educanda, no Colégio das Irmãs Doroteias, em Vilar, hoje integrado na cidade do Porto.

Recolhamos um retrato fisionómico da época, correspondente a fotografias perfeitamente conhecidas: «cabeça alta e larga. Olhos castanhos, grandes e vivos. Sobrancelhas pouco densas. Nariz achatado, boca larga e lábios grossos. Queixo redondo. Rosto algo mais que natural. Cabelos ruivos e finos. Baixa estatura, mas alta para a sua idade (então tinha treze anos e meio). Feições bastas mas rosto simpático. Ar de gravidade e de inocência. Viva, inteligente, mas modesta e sem pretensões. Mãos grossas, de trabalho e de tamanho regular.»

A jovenzita Lúcia entra no Colégio do Porto com catorze anos e três meses. Ali recebe uma educação moral e religiosa excelente. A educação cultural é mais deficiente, pois não vai além da instrução primária. Pelo contrário, a preparação de lavores femininos é muito boa. Mas a pequena Lúcia, com o seu grande talento, grande memória, constância e seriedade de conduta, haveria de tirar, de tudo isso, uma formação que poderíamos classificar de suficientemente completa.

Lúcia, já antes de entrar no Colégio tinha tido uns vagos desejos de consagrar-se a Deus na vida religiosa. Mas a intensa vida de piedade que se cultivava no Colégio fê-la reflectir; e a sua primeira ideia foi para as Carmelitas... Porém, o exemplo e o agradecimento para com as suas formadoras decidiu-a a escolher o Instituto de Santa Doroteia.

Nessa altura (1921-1925) as Doroteias portuguesas tinham o Noviciado em Tuy. Para ali se dirigiu Lúcia, então jovem de 18 anos, no dia 24 de Outubro de 1925. Seguirá imediatamente para a Casa que as Doroteias tinham em Pontevedra, na Travessa de Isabel II, a fim de fazer o Postulantado. Esteve aqui desde o dia 25 de Outubro de 1925 até 20 de Julho de 1926, data em que chega ao Noviciado de Tuy para completar o Postulantado.

Com a imposição do hábito, em 2 de Outubro de 1926, começa o seu Noviciado. Ali passa os dois anos de Noviciado, para professar no dia 3 de Outubro de 1928. Seis anos depois, é destinada à Casa de Pontevedra, para onde segue e permanece, até que, de novo, em Maio de 1937, volta a Tuy. Aqui fica até Maio de 1946, em que recebe ordens para regressar a Portugal. Depois de passar uns dias a visitar e a reconhecer os locais das Aparições, na Cova da Iria e em Aljustrel, é destinada à Casa do Sardão, em Vila Nova de Gaia, próximo do Porto. Entretanto, renovando antigos desejos de retiro e solidão, obtém do Papa Pio XII a graça da transferência para as Carmelitas.

Em 25 de Março de 1948, entra para o Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, para levar uma vida de oração e penitência até à morte, ocorrida em 13 de Fevereiro de 2005.

Encerramento do processo diocesano: 13 de Fevereiro de 2017.

 

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