Com Domingos e Vicente, Marcelino viera da África para evangelizar
os Alpes franceses. Enviou os dois
companheiros
para os Baixos Alpes, reservando para si Embrun e os Altos Alpes.
Construiu uma igreja nesta cidade e convidou santo Eusébio de
Verceil (piemonte) a vir consagrá-la. Este santo fê-lo e conferiu a
Marcelino a sagração episcopal.
Narra-se que, regressando duma excursão apostólica, Marcelino
encontrou umas mulas que transportavam trigo. Um dos almocreves
praguejava contra uma que morrera de esgotamento. “Ah! Exclama ele
agarrando o Bispo, aqui está quem me vai livrar de dificuldades”.
Marcelino deixou que o oprimissem, tomou a carga e levou-a,
substituindo a mula. Mas quando os cristãos o viram chegar naquele
preparo, quiseram fazer em postas o velhaco que assim tinha tratado
o pastor que a eles chegara; mas este não deixou tal coisa: “Não lhe
façam mal nenhum, disse, porque só me fez bem. Não me permitiu
imitar um pouco Aquele que tomou sobre si os nossos pecados e quis
levar a cruz da nossa salvação?” Está claro que um amor assim a
Nosso Senhor não podia deixar de fazer de Marcelino um grande
convertedor. A todos os seus méritos deve acrescentar-se o de
combater o arianismo, que desejava Constante I impor ao Ocidente.
Teve de fugir muitas vezes para os montes, a fim de escapar aos
funcionários imperiais, encarregados de o prender. A morte de
Constâncio (+ 361) restituiu-lhe a liberdade. S. Marcelino morreu a
13 de Abril de 374. |