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ALEXANDRINA, MARIA DOS SACRÁRIOS

Uma Obra de reparação eucarística para, em união com Maria Imaculada, acompanhar e procurar quem acompanhe os Sacrários abandonados, solitários, ou pouco frequentados. (Manual das Marias dos Sacrários-Calvários)

Como aconteceu?

Desconhece-se a data em que foi inscrita como Maria dos Sacrários-Calvários, mas sabe-se que foi inscrita no Centro da Póvoa de Varzim, no grupo 434 e que teve como Sacrário a “velar”, o da igreja de S. Domingos de Vila Real.

O documento de inscrição foi assinado pelo Padre José António Gomes Vieira, director da Obra naquele sector.

Em 16 de Agosto de 1933, acontece o encontro com o seu primeiro Director, o sacerdote Jesuíta, Padre Mariano Pinho.

Alexandrina abre-lhe o coração, mas deixa certas coisas por dizer, por pensar que isso era comum a todos, como por exemplo o calor que parecia queimá-la quando orava e aquela acção de “subir” quando recitava o hino aos Sacrários.

Entre eles vai estabelecer-se uma correspondência regular e, nessas cartas ela vai abrir ainda mais o seu coração e dizer tudo o que lhe vai na alma.

Se por motivos de grande trabalho — o Padre Ma­riano Pinho tinha diversas ocupações e era cha­mado muitas vezes para pregar tríduos em certas paróquias de Portugal — não respondia imediata­mente a todas as missivas da sua dirigida, fazia-o quando podia, mas dava sempre resposta a todas as suas perguntas.

Intervenção do Padre Mariano Pinho

Numa carta datada de 1933 — provavelmente do fim de Outubro ou primeiros dias de Novembro — e enviada do Fundão, onde pregava, o Padre Mariano Pinho, pede à Alexandrina uma informação que lhe parece importante para a sua dirigida:

«Há-de me mandar dizer para Braga (onde chego no dia 6) se a Alexandrina é Maria dos Sacrários-Calvários… Se for pode-se arranjar licença em Braga com o Senhor Arcebispo para aí lhe dizer missa, em casa, no seu quarto, quando eu lá for, gostava?... Mande-me dizer.»

A resposta da Alexandrina não se fez esperar. Ei-la, datada de 6 de Novembro de 1933:

Senhor Padre Pinho, perguntava-me na última carta se eu era Maria dos Sacrá­rios-Calvários. Sim, sou. Se queria a Missa... Já há muito que tenho grandes saudades disso. Quando soube que era V.a Rev.cia que vinha fazer o tríduo, apesar de ainda o não conhecer pessoalmente, falei à minha irmã para lhe fazer esse pedido, mas por acanhamento e para lhe não exigir o sacrifício de pregar em jejum, não o fizemos. Quando soube que sempre pre­gava em jejum, fiquei com pena. Agora se isso se puder conseguir, para mim era uma grande alegria, que me não é possível explicar-lhe. Mas apesar dessa alegria, custa-me imenso o grande sacrifício que vai fazer em ter de vir em jejum, estando umas manhãs tão frias.

Esta possibilidade da qual fala o Padre Mariano Pinho de poder “aí lhe dizer missa, em casa, no seu quarto”, faz parte dos “privilégios específicos” de que acima falei, concedidos por S. Pio X ao fundador das Marias dos Sacrários-Calvários.

Depois de receber a resposta da sua dirigida, o Padre Mariano Pinho volta a escrever-lhe de Cus­tóias, a 12 de Novembro de 1933, para lhe dar uma boa notícia:

«Então é Maria do Sacrário? Ainda bem; por conseguinte para ter Missa aí, basta só mandar dizer ao Senhor Arcebispo de Braga. Ele está para Lisboa. Como há-de ser?... Não se aflija, que antes de sair de Braga fui falar com ele e já lhe pedi a li­cença precisa.»

Este carinho e esta solicitude provocam este belo comentário do Padre José Barbosa Granja, antigo pároco de Balasar:

«Nesta carta o P. Mariano Pinho revela-se um verdadeiro Pai Espiritual. Mostra a sua preocupação, afecto, oração e contínua presença espiritual na vida de Alexandrina.»

Privilégio das Marias

Sob o título de “Grande privilégio”, o “Manual das Marias dos Sacrários” composto pelo santo Bispo espanhol, Dom Manuel Gonzalez Garcia, indica nos seus dois parágrafos:

«1º Todas as “Marias” doentes podem, por intermédio do Director, gozar do privilégio de altar portátil, afim de nos domingos sa­tisfazerem o preceito eclesiástico de ouvir missa e recebem a sagrada Comunhão dentro do santo sacrifício.

2º É concedido o mesmo privilégio nas mesmas condições, mas quotidianamente, a todas as “Marias” cuja doença seja crónica ou diurna.»

No mesmo documento se pode ler uma explicação do que devem ser ou não ser as “Marias” e como devem proceder:

«A “Obra das Três-Marias” reconhece como o maior de todos os males, e causa, por sua vez, das piores ofensas a Deus e dos mais graves danos para a Igreja, para a sociedade, para a família e para as almas, o abandono do Sacrário; e propõe-se trabalhar contra ele por todos os meios que o zelo lhe ditar.

Não se esqueça, pois, que o fim principal das Marias não é enriquecer e adornar materialmente os Sacrários, nem rivalizar com outras irmandades em cultos esplêndidos, nem em coisas semelhantes: a missão essencial das Marias é levar companhia ao Sacrário, não frequentado ou abandonado.»

O grande dia!

Este sonho ou desejo secreto da Alexandrina vai realizar-se no dia 20 de Novembro de 1933, dia em que será celebrada a primeira Missa no seu quarto, o “Calvário de Balasar”.

Na mesma carta, o Padre Mariano Pinho pede:

«Tratem de arranjar tudo o que é preciso: pedra de altar, com as três toalhas, crucifixo, 2 velas, missal, paramentos (brancos), alva, cordão, (amito e sanguíneo não é preciso que eu levo o meu), cálix, galhe­tas, vinho puro de missa, hóstia grande para mim e pequena para si e para as outras pessoas que aí quiserem comungar. Suponho que terão maneira de arranjar isso tudo facilmente.»

E as duas irmãs, Deolinda e Alexandrina “arranja­ram tudo”: tudo estava pronto para aquele dia, memorável para elas.

Depois daqueles extractos de cartas que acima transcrevi, nunca mais foi questão, nem em cartas nem mesmo nos escritos espirituais da Alexandrina de Marias dos Sacrários-Calvários, o que não impediu — e até talvez activou maiormente — a sua devoção constante pelos sacrários, sobretudo desde que Jesus lhe fixou como programa de vida a companhia dos sacrários abandonados.

 

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