Maria
Guadalupe Garcia Zavala nasceu em 27 de abril de 1878 em Zapopan,
Jalisco, México. Foram seus pais Fortino Garcia Zavala e Refugio de
Garcia.
Quando
criança, ela era conhecida pela sua piedade e fez visitas frequentes
à Basílica de Nossa Senhora de
Zapopan,
que se encontrava ao lado da loja de artigos religiosos dirigida por
seu pai. Seu amor por Deus foi particularmente demonstrado em seu
amor pelos pobres.
“Não” ao matrimónio,
“sim” a Jesus
Com
transparência e simplicidade fora do comum, Maria tratava a todos
com igual amor e respeito.
Ainda
jovem planeou casar-se com Gustavo Arreola, mas de repente rompeu
seu noivado quando tinha 23 anos. O motivo: Maria “ouviu” que Jesus
a chamava a amá-Lo sem partilha, de maneira exclusiva, con-vidando-a
à vida religiosa, e ela acreditou plena-mente nesta chamada,
entregando-se plenamente na assistência aos pobres e doentes.
Fundadora das “Servas”
Maria
quando confidenciou a seu director espiritual, Pe. Cipriano Iñiguez,
a sua “súbita mudança de coração”, ele disse-lhe que durante algum
tempo ele tivera a intenção de fundar uma congregação religiosa que
prestasse assistência aos hospitaliza-dos, e convidou Maria para o
acompanhar nesta fundação.
A nova
Congregação, que começou oficialmente em 13 de Outubro de 1901, era
conhecida como a das “Servas de Santa Margarida Maria (Alacoque)
para os Pobres”.
“Pobre com os pobres”
Maria
trabalhava como enfermeira, dando assistência para os primeiros
pacientes que foram recebidos no “seu hospital”. Independentemente
da pobreza e da falta de bens materiais dos pacientes, a compaixão e
o cuidado com o bem-estar físico e espiritual dos doentes foram as
principais preocupações, e María entregou-se de todo o seu coração
para levar a cabo esta tarefa de amor.
Irmã
Maria foi nomeada Superiora Geral da Congregação rapidamente
crescente, e ensinou as Irmãs que lhe foram confiadas,
principalmente por meio de seu exemplo, a importância de viver uma
verdadeira pobreza interior a exterior com alegria. Ela estava
convencida que era apenas amando e vivendo a pobreza que se pode ser
verdadeiramente “pobres com os pobres”.
De
facto, Madre Maria era conhecida pela sua humildade, simplicidade e
vontade de aceitar tudo o que vem das mãos de Deus.
Em
tempos de “grandes dificuldades”, Madre Maria pediu autorização ao
seu director espiritual para ir pedir esmola a fim de recolher
dinheiro para o hospital. Juntamente com outras irmãs foi pedir
esmolas até que as necessidades do hospital e os pacientes foram
atendidos: ela não pedia mais do que o necessário ao bem de todos.
As
Irmãs trabalhavam igualmente nas paróquias, onde elas ajudavam os
sacerdotes ensinando o Catecismo.
Arriscando a vida para
ajudar aqueles escondendo
De 1911
até 1936, a situação político-religiosa no México tornou-se
inquietante e a Igreja Católica sofreu perseguição.
Madre Maria
colocou a sua própria vida em risco para ajudar os sacerdotes e o
Arcebispo de Guadalajara para “escondendo-os” no hospital.
Ela não
se limitou simplesmente à sua caridade para ajudar os “justos”, mas
também deu alimentos e cuidado aos perseguidores, que viviam perto
do hospital, e não demorou muito para estes, também, começassem a
defender os doentes no hospital dirigido pelas Irmãs.
Os dois
últimos anos de vida da Madre Maria foram vividos em extremo
sofrimento por causa de uma doença grave, e em 24 de Junho de 1963,
ela morreu com a idade de 85 anos.
Durante
a vida da fundadora, 11 fundações foram criadas na República do
México.
Hoje, a
Congregação conta com 22 bases e está presente em cinco países
diferentes: México, Peru, Islândia, Grécia e Itália.
Fontes diversas |