ABISMADO NO MEU NADA…
Prostrado diante de vós, divino
Jesus, na presença de quanto há de mais augusto, no céu e na terra,
à vista dos Anjos que vos adoram dos Santos que vos louvam, bendizem
e servem; abismado no meu nada perante a vossa augusta Majestade,
venho hoje desagravar-vos, do modo que me é possível, de todos os
insultos, ultrajes e desacatos que sofreis todos os dias no
augustíssimo Sacramento de vosso Corpo e Sangue, maiormente dos que
ultimamente sofrestes (lembrar
de um lugar em que se cometeu desacato a Jesus eucarístico, ou do
desrespeito para com Jesus nas Missas, profanações, sacrilégios,
etc.).
Ferido de uma
viva dor pelas ofensas e injúrias tantas que se cometem contra esse
misericordioso mistério de amor, venho, Senhor, em meu nome, e em
nome de todos os culpados, com o coração contrito e profundamente
humilhado, fazer confissão pública de tantos crimes e iniquidades
que a malícia e a ingratidão dos homens contra vós não cessa de
cometer, propondo firmemente, Senhor, quanto em mim for, de reparar
todas as injúrias de que fomos réus, os desgraçados filhos de Adão.
Oh! Quem me dera que a minha
contrição e a dor que sinto fossem tão grandes como o amor! Oh! Por
que não se convertem em rios de lágrimas meus olhos pecadores, para
chorarem noite e dia as ofensas e desamor de vossos filhos, e de mim
em particular, talvez de todos o mais culpado! Ah! Mesquinho de mim,
que não tenho o zelo dos Apóstolos, o valor dos Mártires, a pureza
das Virgens, e o inflamado amor dos Querubins para reparar todos os
desacatos que tendes recebido!
Oh! Quem me dera poder regar
com minhas lágrimas, e lavar com meu sangue todos os lugares santos
em que vosso santíssimo Corpo foi desacatado! |