Maximiano foi arcebispo de Constantinopla entre 25 de Outubro de 431
até à sua morte, em 12 de Abril de 434.
Primeiros anos e a deposição de Nestório
Em
seus primeiros anos, Maximiano levou uma vida
monástica e tornou-se presbítero.
O facto de ter construído, à sua custa, túmulos para abrigar os
restos de homens santos conseguiu para ele uma reputação de
santidade.
As
decisões do primeiro Concílio de Éfeso, atiraram as igrejas de
Constantinopla na desordem. Uma grande parte dos cidadãos da cidade
tinham muito apreço por Nestório, o arcebispo anterior, condenado no
concílio. O clero, em uníssono, concordava com o anátema proferido
ali. Quando a deposição se tornou um facto que não mais poderia ser
disputado, uma grande excitação antecedeu à eleição de seu sucessor,
com diversos candidatos à posição. Após quatro meses, chegou-se a um
acordo em torno da eleição de Maximiano, ainda que Sócrates
Escolástico afirme Maximiano só foi eleito por intervenção de
“pessoas influentes”, pois o preferido era Próclo, que acabaria por
sucedê-lo.
Tentativa de comunhão e anos finais
Em seus
princípios, ele seguia os arcebispos anteriores, Crisóstomo, Ático e
Sisínio. O Papa Celestino I escreveu para ele em termos elogiosos
quando foi eleito, por voto unânime do clero, do imperador romano e
do povo. A carta de Maximiano anunciando ao Papa a sua ascensão se
perdeu, mas a que foi endereçada à São Cirilo sobreviveu, com sua
grande elogia à constância de Cirilo na defesa da causa de Jesus.
Era o
costume que os ocupantes de sedes episcopais importantes, quando
eleitos, enviassem cartas sinodais para os mais importantes bispos
do mundo cristão, pedindo-lhes a afirmação de sua comunhão. Heládio
de Tarso rejeitou a comunhão, e podemos concluir que Eutério de
Tiana, Himério de Nicomédia e Doroteu de Marcianópolis também, pois
Maximiano depôs todos eles. O Patriarca de Antioquia, João, aprovou
a recusa do bispo de Tarso e o elogiou por ele ter se recusado a
incluir o nome de Maximiano nos dípticos de sua igreja.
O apelo
por comunhão de Maximiano continou por algum tempo. O Papa Sixto III
escreveu-lhe diversas vezes, urgindo-o a estender a sua caridade
para todos os que pudesse se reconciliar. Maximiano não poupou
esforços e, ainda que ele estivesse muito próximo de Cirilo de
Alexandria, ele o pressionou fortemente para que desistisse de seus
anátemas, que parecia então ser um obstáculo insuperável à reunião.
Ele chegou até mesmo a escrever para o secretário do imperador,
Aristolau, o tribuno, que estava muito interessado na paz, quase que
reclamando que ele não pressionava Cirilo o suficiente sobre o
assunto; e para o seu arquidiácono, Epifânio.
Uma vez
restaurada a harmonia, João de Antioquia e os demais bispos do
oriente escreveram à Maximiano uma carta de comunhão, indicando-lhe
seu consentimento a respeito da eleição e à deposição de Nestório.
Cirilo também escreve para ele, atribuindo o resultado à força de
suas orações. Uma carta a Maximiano, de Aristolau, que o arcebispo
fez ler em sua igreja para o povo, foi considerada espúria por
Doroteu de Marcianópolis, por tomar partido de Maximiano de maneira
tão decisiva.
Maximiano morreu em serviço. De todas as suas cartas, apenas a
endereçada a São Cirilo sobreviveu.
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