milagre
eucarístico de Lanciano
O
milagre eucarístico de Lanciano
segundo o cientista que comprovou sua autenticidade
O
doutor Edoardo Linoli afirma que segurou em suas mãos um verdadeiro
tecido cardíaco, ao analisar anos atrás as relíquias
do
milagre eucarístico de Lanciano (Itália), o mais antigo dos
conhecidos.
O facto
milagroso remonta ao século VIII.
Em
Lanciano, na igreja dedicada a São Legonciano, um monge basiliano
que celebrava a missa em rito latino começou a duvidar da presença
real de Cristo sob as sagradas espécies após a consagração.
Nesse
momento, o sacerdote viu como a sagrada hóstia se trans-formava em
carne humana e o vinho em sangue, que posterior-mente se coagulou.
Professor de Anatomia e Histologia Patológica, de Química e
Microscopia Clínica, e ex-chefe do Laboratório de Anatomia
Patológicano Hospital de Arezzo, o doutor Linoli foi o único que
analisou as relíquias do milagre de Lanciano. Seus resul-tados
suscitaram um grande interesse no mundo científico.
Em
novembro de 1970, por iniciativa do arcebispo de Lanciano, Dom
Pacífico Perantoni, e do ministro provincial dos Con-ventuais de
Abruzzo, contando com a autorização de Roma, os Franciscanos de
Lanciano decidiram submeter a exame cien-tífico as relíquias.
Encomendou-se a tarefa ao professor Linoli, ajudado pelo professor
Ruggero Bertelli, da Universidade de Siena.
Com a
maior atenção, o professor Linoli extraiu partes das relíquias e
submeteu a análise os restos de “carne e sangue milagrosos”.
Em 4 de
março de 1971 a equipe apresentou os resultados.
Estes
evidenciam que a carne e o sangue são com certeza de natureza
humana. A carne é inequivocamente tecido cardíaco, e o sangue é
verdadeiramente de homem pertencendo ao grupo AB.
Consultado pela agência Zenit, o professor Linoli explicou que, “no
que diz respeito à carne, encontrei que a carne que tinha na minha
mão provinha do endocárdio. Portanto não há dúvida alguma de que se
trata de tecido cardíaco”.
Quanto
ao sangue, o cientista sublinhou que “o grupo sanguíneo é o mesmo
do homem do Santo Sudário de Turim, e é singular porque tem as
características de um homem que nasceu e viveu nas zonas do Médio
Oriente”.
“O
grupo sanguíneo AB, de fato, se encontra numa percentagem pequena
que vai de 0,5 a 1%, enquanto que na Palestina e nas regiões do
Médio Oriente é de 14-15%”, apontou.
A
análise do professor Linoli revelou também que não havia na relíquia
substâncias conservantes e que o sangue não podia ter sido extraído
de um cadáver, porque se teria alterado rapidamente.
O
informe do professor Linoli foi publicado em “Quaderni Sclavo di
diagnostica clinica e di laboratório” (1971, fasc 3, Grafiche Meini,
Siena).
Em
1973, o conselho superior da Organização Mundial da Saúde (OMS)
nomeou uma comissão científica para verificar as conclusões do
médico italiano.
Os
trabalhos se prolongaram por 15 meses, com um total de quinhentos
exames.
As
conclusões de todas as investigações confirmaram o que havia sido
declarado e publicado na Itália.
O
extracto dos trabalhos científicos da comissão médica da OMS foi
publicado em dezembro de 1976, em Nova York e em Genebra,
confirmando a impossibilidade da ciência de dar uma explicação a
este fenómeno.
O
professor Linoli falou novamente no Congresso sobre os milagres
eucarísticos organizado pelo Master em Ciência e Fé do Ateneu
Pontifício Regina Apostolorum (Roma), em colaboração com o Instituto
São Clemente I Papa e Mártir, por ocasião do Ano Eucarístico de
2005.
“Os
milagres eucarísticos são fenómenos extraordinários de diferente
tipo”, explicou o director do Congresso, padre Rafael Pascual LC, em
“Rádio Vaticano”: “Por exemplo, há a transformação das espécies do
pão e do vinho em carne e sangue, a preservação milagrosa das
Hóstias consagradas, ou algumas hóstias que vertem sangue”.
“Na
Itália, há vários lugares onde ocorreram esses milagres eucarísticos
– declarou – mas também os encontramos na França, Alemanha, Holanda,
Espanha” e alguns “na América do Norte”.
Rui
Manuel Tapadinhas Alves,
20 de Junho de 2013. |