Nascido
no dia 1º de setembro de 1835, em Vilna, antiga Lituânia, actual
Polónia, era filho do casal André e Josefina, ambos de famílias
nobres. Foi baptizado com o nome de José e educado pelos pais dentro
da
religião
cristã. Aos oito anos, ingressou no Instituto para os Nobres, da sua
cidade natal, onde seu pai era professor e director.
Na
juventude, pensando em cursar estudos superiores, o pai sugeriu-lhe
que frequentasse a universidade de agronomia, mas ele preferiu
estudar engenharia civil. Em 1852, foi para a Rússia, onde ficou
durante dois anos, mas não conseguiu vaga na Universidade de
Petersburgo, então, matriculou-se na Escola Militar de Engenharia.
A sua
fé durante a vida juvenil decorreu à sombra do Santuário de Nossa
Senhora do Carmo. Era um aluno brilhante, mas estudando perdeu a fé.
Em 1855, terminado o curso básico, foi admitido para a Academia
Militar Superior. Seus dotes morais e sua inteligência realmente
eram muito evidenciados. Atingiu altos postos na carreira militar,
apesar de que não era essa vida que pretendia, mas a Providência
Divina o guiava nessa direcção.
Em
janeiro de 1863, apesar de ter renunciado, foi convidado para o
cargo de ministro da Guerra da Lituânia. Assumiu, porque havia
estourado a guerra contra a Polónia, para lutar pela liberdade do
seu povo e nação. Mas, ao mesmo tempo, também se reconciliou com a
fé. Nesse mesmo ano se confessou, comungou e iniciou uma vida de
intensa espiritualidade e devoção a Jesus, José e Maria.
Os
lituanos foram os perdedores e ele acabou prisioneiro. Foi deportado
para a Sibéria, levando consigo apenas o Evangelho, o livro
“Imitação de Cristo” e um crucifixo bento, presente de uma de suas
irmãs. Foram dez anos no campo de concentração passados nos
trabalhos forçados e rezando com seus companheiros.
Libertado e repatriado, entrou na Ordem dos Carmelitas Descalços de
Graz, aos quarenta e dois anos de idade, em 1877. Vestiu o hábito
dos carmelitas e tomou o nome de Rafael de São José, em 1882, quando
recebeu a ordenação sacerdotal.
Distinguiu-se no zelo pela unidade da Igreja e no apostolado
infatigável do sacramento da reconciliação. Foi trabalhar no
Convento de Cezerna, na Polónia, país em que fundou diversas
comunidades.
O
grande restaurador da Ordem dos Carmelitas na Polónia morreu no dia
15 de novembro de 1907, em Vadovice, cidade natal do papa João Paulo
II, que o canonizou em 1991.
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