No dia
20 de Junho de 1832, na cidade de Himlaya, Líbano, nasceu a menina
Boutroussyeh, que em português significa: Pedrinha. Quando se tornou
religiosa adoptou o nome de Rafka, ou Rebeca que era o nome de sua
mãe, falecida quando ela tinha sete anos.
Rebeca
era filha única e seu pai empobreceu muito após a morte da esposa.
Aos onze anos ela foi servir uma
família
libanesa na, na Síria. Após quatro anos voltou para casa, pois seu
pai havia se casado novamente. Pedrinha ficou muito confusa e
angustiada com o seu possível matrimónio. Uma tarde foi a igreja
rezar para que Nossa Senhora a ajudasse na decisão do caminho a
seguir. A noite sonhou e ouviu uma voz que lhe dizia para entregar
sua vida a Cristo. Decidiu ser religiosa. Saiu de casa contrariando
a família e se apresentou à congregação das Irmãs Filhas de Maria em
Bifkaya.
A
congregação a acolheu como postulante, era o ano de 1853. Rebeca,
três anos depois, completava o noviciado pronunciando os votos e se
formando professora. Foi enviada como missionária e professora nos
povoados pobres para catequizar e alfabetizar crianças e adultos
carentes. Ela foi uma missionária dócil, caridosa, penitente,
evangelizando pelo exemplo e pela palavra.
Em
1871, a congregação da Filhas de Maria que era diocesana, passava
por uma crise e seria fechada. Rebeca, ouvindo novamente a voz que a
guiava, foi ser noviça no convento de São Simão na cidade de Aitou,
onde fez sua profissão de fé e dos votos em 1872, tomando o nome de
Rafka.
Assim,
iniciou uma outra fase de sua vida ao serviço de Deus. Rafka começou
a sentir dores terríveis na cabeça e nos olhos. Após os exames
médicos foi submetida a várias cirurgias. Durante a última o médico
errou e ela ficou sem chance de cura. Rafka aceitou toda aquela
lenta agonia tendo a certeza que deste modo participava da Paixão de
Jesus Cristo e no sofrimento da Virgem Maria.
Foram
vinte e seis anos de sofrimento na cidade de Aitou. Depois, com
outras cinco religiosas Rafka foi transferida para o novo convento
dedicado a São José, em Grabta. Neste período ficou completamente
cega e paralítica. Mesmo assim se manteve feliz porque podia usar as
mãos, fazendo meias e malhas de lã.
Rafka
ainda vivia e a população falava dela como santa. Depois da sua
morte em 23 de Março de 1914 a sua fama se difundiu por todo o
Líbano, Europa, e nas Américas. Os prodígios e milagres foram se
acumulando e seu processo de canonização foi concluído em 2001,
quando o papa João Paulo II a proclamou santa.
O seu
corpo repousa na igreja do mosteiro de São José em Grabta, Líbano.
Santa Rafka, ou Rebeca continua sendo reverenciada no dia 23 de
Março pelos seus devotos em todo o mundo.
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