NOTÍCIA
Balasar acolhe no dia
14 de Outubro restos mortais do padre Mariano Pinho
Corpo do
director espiritual de Alexandrina trasladado desde o Brasil
No dia 21 de Junho de 2007, o
Diário do Minho, dedicou
quase toda a secção de Religião ao P.e Mariano Pinho. Havia razão para isso :
fora anunciado que os restos mortais do primeiro director da Beata Alexandrina
iam ser trasladados do Recife, Brasil, para Balasar, no dia 14 de Outubro, e que
nesse dia iam estar em Balasar os Bispos Portugueses e certamente larga
representação da Companhia de Jesus e da própria Arquidiocese de Braga. Veja-se
o que então escreveu Alexandre Gonzaga :

Os restos mortais do primeiro
director espiritual de Alexandrina Maria da Costa serão trasladados dentro de
quatro meses do Brasil para o cemitério paroquial de Balasar, no arciprestado de
Vila do Conde/Póvoa de Varzim. O corpo do padre jesuíta Mariano Pinho, falecido
em 10 de Julho de 1963, na cidade do Recife, ficará sepultado, a partir do dia
14 de Outubro, no jazigo que acolheu os restos mortais da Beata durante 23 anos.
« O padre jesuíta Expedito do
Nascimento está a tratar das questões burocráticas no Brasil, para que se possa
efectuar a trasladação do padre Mariano Pinho », explicou ao Diário do Minho o
pároco de Balasar, que espera que o processo culmine com uma grande celebração
eucarística, marcada para 14 de Outubro.
« A missa solene envolverá a
paróquia [de Balasar], a Companhia de Jesus e a Arquidiocese de Braga », referiu
o padre José Granja, lembrando que no dia anterior, memória litúrgica da Beata
Alexandrina, se realiza, em Fátima, a inauguração da nova igreja da Santíssima
Trindade.
O facto será aproveitado pelos
responsáveis da Arquidiocese para reunir os bispos portugueses no dia seguinte,
em Balasar. No entanto, o pároco local não acredita que o secretário de Estado
do Vaticano, delegado pelo Papa para presidir à inauguração do novo templo na
Cova de Iria, acompanhe a Conferência Episcopal Portuguesa na cerimónia, por
questões meramente diplomáticas ».
« Sei que o cardeal Tarcísio Bertone
é um apaixonado pela Beata Alexandrina, mas a sua presença em Balasar implicaria
outro tipo de exigências ao nível da segurança e contactos diplomáticos, que
devem envolver o Arcebispo Primaz e a nunciatura apostólica », desafiou o
sacerdote.
Processo moroso
O processo de trasladação do corpo
do padre Mariano Pinho foi classificado pelo pároco de Balasar como « moroso ».
Porém, trata-se do « cumprimento de um desejo expresso ainda em vida por
Alexandrina, que solicitava a vinda do “Paizinho” », disse o padre José Granja,
sublinhando que, agora, o desejo da Beata irá concretizar-se, pois « ficarão
separados apenas por cerca de 300 metros ».
« Já estão juntos no Céu, mas, no
dia 14 de Outubro, os seus restos mortais ficarão mais próximos. Na verdade,
foram duas vidas que tiveram muito em comum », referiu o sacerdote, dando conta
que os restos mortais do jesuíta serão depositados na capela-jazigo que
pertenceu à Alexandrina durante 23 anos e que é uma cópia fiel do túmulo de D.
António Barroso, em Remelhe, Barcelos.
« Neste momento, a paróquia
encontra-se a restaurar a capela-jazigo, construída em 1957. A estrutura tem
anexa uma pequena sacristia, que necessita de uma profunda intervenção, e a
pintura dos tectos também está a ser recuperada », concluiu.
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