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CARTA DO DR. AUGUSTO DE AZEVEDO
AO PADRE HUMBERTO PASQUALE
(1944)

O nosso amigo, professor José Ferreira encontrou no seu arquivo particular uma carta do Dr. Augusto Dias de Azevedo endereçada ao Padre Humberto Maria Pasquale, a respeito da Alexandrina Maria da Costa.

Esta carta que aqui publicamos — com a autorização do nosso amigo — mostra de maneira clara e evidente o grande apreço e sobretudo o grande carinho que o bom médico — “o bom Samaritano” como Jesus o chamou — pela sua paciente e o seu desejo sincero de ser para com ela um “ajudante” em todos os momentos, para poder suavizar-lhe o seu martírio”.

O que a seguir se pode ler, é uma constatação que o desola: tão mal compreendida pela Autoridade Eclesiástica”. Não esqueçamos que no memento em que ele escreve, estamos em Outubro de 1944. Todavia esta situação não melhorará que bem mais tarde, dez anos depois!

Relevamos também a notícia que dá ao Reverendo Padre do nascimento de mais um filho que se vai chamar Humberto, o que certamente tocou o coração do segundo director espiritual da Alexandrina.

Eis a carta, na sua íntegra:

 

Ribeirão, 30 de Outubro de 1944. 

Senhor Pe. Humberto e meu muito prezado Amigo 

Venho dizer ao meu muito querido amigo que nasceu mais um menino. Ainda não o disse a ninguém, mas apetece-me pedir que seja chamado Humberto, tão grato estou às finezas do Sr. Pe. Humberto.

Ontem estive em Balasar e reconheço que eu e o Sr. Pe. Humberto devemos aparecer àquela mártir as vezes que puder ser. Está num martírio que mal imagino, mas do que ouço sou obrigado a concluir que a minha querida Madrinha sofre imenso. Quem me dera poder suavizar-lhe o seu martírio! Que grande heroína ali está, e tão mal compreendida pela Autoridade Eclesiástica! Que glória para Portugal e para nós, Sr. Pe. Humberto! Queria passar o tempo a agradecer ao Senhor a prenda que Ele me deu, permitindo que conhecesse aquela mártir. Mas, por mais que diga, sinto que o melhor do meu coração fica por dizer, por não ter palavras para tal. Magnificat, Magnificat, Magnificat!

Recebi ontem o relatório da Foz, e que estilo tão suave! Faz-me lembrar o estilo de Santa Teresinha, outra santa muito minha querida. Peço ao Sr. Pe. Humberto que agradeça por mim ao Senhor e à Mãezinha a graça de me escolherem para médico da Alexandrina. No seu quarto só me apetece entrar de joelhos e de joelhos ficar contemplando tão heróica resignação. Mas, por mais que diga, sinto que nada sei dizer.

Minha esposa saúda o Sr. Pe. Humberto e agradece todas as finezas. E eu saúdo os colegas do Sr. Pe. Humberto que já conheço e envio um abraço para o meu bom amigo.

 

Do Sr. Pe. Humberto muito venerador e muito obrigado.

Manuel Augusto Dias de Azevedo

Afonso Rocha

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