DEZEMBRO
4 de
Dezembro de 1943 – Primeiro sábado
— “O teu
coração, minha filha, é o palácio real da realeza divina, é o trono mais belo e
encantador que eu encontrei na terra. É um foco atraente que atrai para mim os
pecadores. É um fogo ateador que ateia os corações e as almas sequiosas do meu
amor. Quisera eu que o mundo bem depressa conhecera a consolação que dás ao meu
divino Coração e ao da minha bendita Mãe. Consolas-nos; dás-nos a maior das
alegrias. Amas-nos com o amor mais puro e perfeito. Reparas
os crimes de milhões e milhões de pecadores. Como és encantadora aos olhos da
Santíssima Trindade! Ó bela, ó bela, ó amor do amor divino. Olha, minha filha,
os homens não se apressam a dar o brilho que Eu desejo à minha Causa, mas Eu
estou contigo. O seu desleixo será punido, a recompensa será o castigo. Diz,
minha filha, diz, minha esposa querida, diz ao teu Paizinho: o meu divino amor
nele está cada vez mais. Amo-o, amo-o verdadeiramente. Dou-lhe a graça de atrair
para mim as almas, dou-lhe a graça de as incendiar no meu divino Amor. Diz-lhe
que é com dor, que é com mágoa que Eu afirmo: os meus castigos vão continuar
sobre a Companhia. Tem lá tantas almas que me desgostam, tantas que não são
perfeitas como quer e exige o meu divino Coração. Não têm a minha caridade,
escandalizam as almas. Se eles olhassem para as minhas ameaças, se atendessem
aos meus pedidos, não teriam sido tão castigados. Eu velo, eu velo pelos que são
meus. Eu velo pelos que me amam. Diz, minha filha, diz ao teu médico que a
fidelidade dele às minhas graças, a fidelidade dele aos meus desejos é a minha
alegria. Que seja firme, em cuidar da minha causa. Coloquei-o ao teu lado para
te amparar e defender, porque assim defende-me a mim. Chovem graças, chovem
bênçãos sobre ele e todos os seus, sobre os queridos do seu coração. Tem
coragem, meu encanto, não desanimes no teu martírio, não desalentes no teu
calvário; só assim os pecadores são salvos, só assim o mundo recebe as graças
desejadas. Vives no
Purgatório, a barreira que te separa. Fui eu que assim permiti.
Agora já não estás no mundo, vives
como se não vivesses. O
teu tormento é inigualável. Nunca o dei a nenhuma alma. Queres consolar-me,
minha filha? Queres continuar nesta dor?”
Tudo, meu Jesus,
tudo que vós quiserdes. O meu anseio é não viver sem vos dar consolação um
momento só, meu Jesus. Viver para vos consolar, viver para vos salvar as almas,
é a minha aspiração.
— “Coragem,
então, filhinha. Se soubesses quanto bem vai fazer às almas, quando souberes o
tormento que te foi dado! O teu espírito morreu para o mundo, a tua vida é a
vida das almas no Purgatório, mas não estás a sofrer só por ti. Depressa,
depressa a dar a conhecer ao mundo quanto elas sofrem; depressa, depressa é às
almas minhas amadas a libertá-las. Recebe o amor, todo o amor do teu Jesus, as
carícias celestes”.
Ó Mãezinha, muito
obrigada. Ó Mãezinha, abençoai, beijai e orai por mim a Jesus.
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