Só
temos o nome completo de Alexandre Falconieri. Dos outros seis temos
os sobrenomes: Monaldi, Manetto, Buonagiunta,
degli Amidei, Uguccioni, Sostegni. Em 15 de agosto de 1233, tiveram
uma experiência
sensacional. Todos pertenciam a um grupo de poetas
da região umbrotoscana. Esses poetas costumavam fazer versos
(laudes) diante de uma imagem.
Nesse
dia a imagem de Nossa Senhora mexeu-se e apareceu-lhes toda dolorosa
por causa das lutas fratricidas de Florença. A cidade desde 1215
estava dividida em duas famílias beligerantes: os Guelfi e os
Ghibellini. Os sete jovens resolveram fazer alguma coisa pela paz:
constituíram a Companhia de Nossa Senhora das Dores. Eram nobres e
ricos e retiraram-se para a solidão do Monte Senário para se
dedicarem à penitência e à oração.
Um dia
enquanto desciam à cidade para uma interferência pacificadora, um
menino disse à sua mãe: “Eis que chegam os servos de Maria”. O nome
calhou certinho. Na verdade eles haviam escolhido Maria para
honrá-la durante a vida toda.
Muitas
vezes antes de entrarem na cidade, ao descerem do monte que haviam
escolhido, paravam numa capelinha dedicada à Anunciação para
rezarem. Mais tarde foi construído no lugar um grande santuário e os
nobres fundadores dos Servitas estabeleceram-se aí.
Daí
eles irradiaram a devoção à Anunciação de Nossa Senhora que se
tornou a Padroeira de Florença. A data de 25 de março, festa da
Anunciação, tinha sido escolhida, em Florença, desde o século X como
o início do calendário civil. O uso perdurou até o ano de 1749.
Lembrados individualmente pelo Martirológio Romano, estes santos, os
Sete Fundadores, têm uma festa colectiva desde 1888, ano em que
foram solenemente canonizados por Leão XIII. |