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Só por amor
“quase uma autobiografia”

Capítulo 6
A consagração do mundo
ao Imaculado Coração de Maria

 Minha filha, manda dizer ao teu pai espiritual que, em prova do amor que dedicas a minha Mãe Santíssima, quero que seja feito todos os anos um acto de Consagração do mundo inteiro, num dos dias das suas festas, escolhido por ti: Assunção, Purificação ou Anunciação, pedindo à Virgem sem mancha de pecado que envergonhe e confunda os impuros, para que eles arredem caminho e não me ofendam.

Assim, como pedi a Santa Margarida Maria para ser o mundo consagrado ao Meu Divino Coração, assim peço-te a ti para que seja consagrado a Ela uma festa solene. (…)

Não te descuides com a tua tarefa (Jesus sabe bem que haverá ainda 4 anos de pedidos!) C (1-8-35)

Quando a Alexandrina ouve este convite, o desejo de que o mundo seja consagrado a Nossa Senhora está já difundido desde há quase século na Europa. Parece que seja estado inspirado já a S. Catarina Labouré (vd. NoC). Sucederam-se vários pedidos feitos ao Papa da parte de autoridade eclesiástica. Foram feitas consagrações locais nalgumas dioceses. Mas não foi feita pelo Papa a consagração do mundo inteiro.

Jesus serve-se dos pequenos: dirige-se a uma humilde pastorinha relegada entre as quatro paredes do seu quarto de paralisada! E diz-lhe:

 Minha filha, Eu escolhi-te para coisas mais sublimes! Servi-me de ti para comunicar ao Papa o meu desejo que tenho que seja consagrado o mundo a minha Mãe Santíssima [1]. C (1-11-37)

A vidente de Fátima, Irmã Lúcia, tinha manifestado a Roma a vontade de Deus de que a Rússia fosse consagrada ao Coração Imaculado de Maria, mas não tinha nunca falado do mundo, como esclarece em vários seus escritos o Pe. Humberto Pasquale, segundo director da Alexandrina e em relação estreita com a Irmã Lúcia.

Naturalmente, o intermediário entre a Alexandrina e o Papa é o seu director, o Pe. Pinho.

Este, depois de muitas incertezas, decide-se a comunicar a coisa à Santa Sé.

Dali partiram para Balasar dois encarregados de examinar o caso: o Rev. Pe. Durão, em 31 de Maio de 1937, que de lá trouxe um juízo favorável; e o cónego Vilar, em 5 de Janeiro de 1939, que a estimou muito, se torna seu amigo, participou no êxtase da Paixão do 13 Janeiro de 39. Escreveu-lhe 7 cartas referindo-lhe o seu difícil trabalho na obra de persuasão a fazer tal consagração, mas não vê o resultado dele, porque morre em 7 de Março de 1941.

Esta consagração e os êxtases da Paixão

O fenómeno dos êxtases da Paixão, com todos aqueles movimentos numa pessoa paralisada, devia suscitar grande espanto, agitar os ânimos.

O Pe. Durão (em 37), mesmo declarando-se convencido da honestidade da vidente, tinha dito que faltavam “sinais”. O “sinal exterior” será dado por Jesus ao fazer reviver a sua Paixão com mímica muito expressiva.

Eis porque no êxtase de 13 Janeiro de 39, o cónego Vilar ouve frases relativas à consagração. Leiamos algumas delas recolhidas dos apontamentos da professora Çãozinha, que estava presente:

 Foi dura a Paixão (...) mas é pela consagração. É necessária: querem sinais extraordinários. O sinal é muito claro (...)

 Que posso fazer mais, meu Jesus, pois o Papa tarda tanto? 

 Sofrer esta Paixão até que o Santo Padre resolva fazer o que Jesus quer (apontamentos conservados no Arquivo da Postulação Geral).

Contemplemos a humildade da Alexandrina:

Ó Senhor, se Tu encarregasses outros que não fossem tão pecadores como eu, Ele (o Papa) não acreditaria mais facilmente? Como podeis concretizar a vossa obra na mais baixa miséria? (Positio, p. 322; também A, p. 51)

Os dias 31 de Outubro e 8 de Dezembro de 1942!

Na morte de Pio XI, a Alexandrina repetiu repetidas vezes: “Cardeal Pacelli, cardeal Pacelli!”

Quando, depois, este foi eleito Papa, a Alexandrina, em êxtase, ouviu Jesus dizer-lhe:

 É este o Papa que consagrará o mundo ao Coração Imaculado da minha Mãe! (C G, nota a p. 115)

Durante o êxtase do 22 de Maio de 42 Jesus exclama:

 Glória, glória, glória a Jesus! Honra, honra e glória a Maria!

O coração do Papa, o coração de oiro está resolvido a consagrar o mundo ao Coração de Maria! Que grande dita e alegria para o mundo, pertencer mais que nunca à Mãe de Jesus!

Todo o mundo pertence ao Coração divino de Jesus; todo vai per­tencer ao Coração Imaculado de Maria. (NoC)

No do dia 29 de Maio a Alexandrina reza assim:

Ave Maria, Mãe de Jesus! Honra, glória, triunfo ao teu Coração Imaculado!

Ave Maria, Mãe de Jesus, Mãe de todo o Uni­verso!

Quem não quererá pertencer à Mãe de Jesus, à Se­nhora da Vitória? O mundo vai ser consagrado todo ao seu materno Coração!

Guarda, Virgem pura, guarda, Virgem Mãe, em teu Coração Santíssimo todos os teus filhos! (oração escrita durante o êxtase pela Deolinda e pelo Dr. Azevedo); C G, 116)

Em 31 de Outubro, na conclusão do jubileu de Fátima (25° aniversário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, em 1917), todo o mundo pôde escutar em língua portuguesa, através da rádio, a voz do Santo Padre que consagra o mundo ao Coração Imaculado de Maria!

Como reagiu a Alexandrina? Em 7 de Novembro escreveu ao director:

Quando por um telegrama tive conhecimento da consagração do mundo à querida Mãezinha, Jesus deixou-me ter uns rápidos momentos de consolação.

Fora de mim, não sabia como agradecer a Jesus e à Mãezinha.

Levantava as mãos ao céu e dizia: bendito Jesus, bendita a Mãezinha!

Parecia que ia eu mesma meter o Santo Padre todo inteirinho no Coração de Jesus e da Mãezinha! (note-se o singular “Coração” que indica a união dos dois Corações de Jesus e de Maria). C (7-11-42).

O diário daquele mesmo dia 7 de Novembro inicia assim:

 Alegra-te, filha amada, alegra-te, filha querida, porque estão realizados os desejos de Jesus! Alegra-te, porque grandes bênçãos vêm à terra culpada! S (7-11-42)

Em 8 de Dezembro, festa da Imaculada Conceição, a consagração é renovada solenemente na Basílica de S. Pedro.

Em 13 de Dezembro de 1942 a Alexandrina tem uma visão, que se pode interpretar como o pressentimento do triunfo de Nossa Senhora honrada com o transporte aéreo da sua imagem que está em Fátima, através dos vários continentes.

Na manhãzinha de 13 Dezembro, não foi sonho, penso não ser ilusão, oh, não!

Eu vi a Mãezinha de Fátima elevada não sei em quê a grande altura.

À volta dela, um universo de gente. Ela a todos fitava meigamente.

Fiquei fora de mim: pareceu-me ser transportada para outra região [2]. C (2-1-43)


[1] Note-se que Alexandrina não se orgulha por esta sua missão. De facto, o Pe. Humberto Pasquale refere: “Quando Alexandrina soube por mim que a irmã Lúcia de Fátima fora encarregada de pedir a consagração da Rússia ao Coração de Maria, disse com alívio: — Menos-mal! Assim, quando se falar da consagração do mundo , não aparecerá o meu nome”.

[2] A propósito da “Peregrinatio Mariae” em Itália, o Pe. Mário Mason, jesuíta, que participou pessoalmente na organização, deixou dela uma narração. Eis alguns extractos dela:

Em 1942 vi como num sonho a imagem de Nossa Senhora que passava por todos os países, como missionária, ficando por dois ou três dias, segundo a importância dos centros.

De Maio de 1947 a Outubro de 1949, em Milão e diocese foi acolhida como se fosse viva, como Mãe e Rainha. Todas as dificuldades da organização eram vencidas como por encanto.... e aumentava o afluxo dos fiéis. O próprio santo cardeal Schuster, comovido, dizia: «Aqui está a mão de Deus!»

Esta iniciativa passou de Milão a toda a Itália. Para preparar os ânimos para o acto solene da consagração da Itália a Maria Santíssima, feita na Catânia em 13 de Setembro de 1959 pelo Papa João XXIII, propôs ao Comité Nacional Mariano que a imagem de Nossa Senhora de Fátima passasse por todas as diocese da Itália, de helicóptero, durante bem 150 dias, sem interrupção: foi como um Rosário vivo da Virgem Santíssima no meio dos seus filhos. Em competição com manifestações de amor e de profunda piedade todas as regiões. (...) As cenas sugestivas de acolhimento, as contínuas peregrinações e as vigílias em todas as pede transformavam as cidades em outros tantos santuários. (...) Isto fez-me viver aqueles 150 dias consecutivos como numa visão antecipada do Paraíso. (...)

Como recordação daquele itinerário surgirá o Templo Nacional de Maria, Mãe e Rainha, no monte Grisa, em Trieste, para unir e proteger todos os povos da Europa e do mundo (...)”.

Muitos foram “tocados”. Recordámos que S. Padre Pio, debruçado na janela da sua cela para olhar no céu a imagem que de lá se ia, angustiado, pedia a cura... e foi curado!

   

 

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