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Só por amor
“quase uma autobiografia”

Capítulo 18
Deixa  a terra

Apoteose

Já enquanto vivia ainda na terra se começou a manifestar a sua apoteose. Basta pensar na multidão de visitas dos últimos anos.

Mas manifestou-se ainda mais na câmara ardente, preparada na sala de cuja janela se tinha lançado para proteger a sua pureza.

Estava vestida com um hábito cândido, deitada no caixão forrado também de seda branca.

Levava ao peito a cândida açucena oferecida pelos Salesianos de Mogofores.

Parecia mergulhada numa nuvem de flores brancas:

           “Uma cândida açucena entre açucenas” – comentou um Religioso contemplando-a.

De facto, quantas vezes o seu querido Jesus lhe tinha chamado “minha pura, minha cândida açucena”!

Quanto a visitas, Deolinda contou ao Pe. Humberto:

Logo que morreu, a casa foi invadida pela gente. A alta noite deitámo-nos, mas quase não dormimos porque em toda a noite ouvimos, sem interrupção, estas palavras: “Calma, devagar!”

Eram os homens a oferecer-se para regular a entrada e a saída da multidão”. (C G, p. 695, nota)

Sempre ao Pe. Humberto, Joaquim Nogueira contou:

Com os meus primos oferecemo-nos para vigiar a casa toda a noite, enquanto a minha tia e a prima se retiraram para o quarto.

Ao ver que a onda da gente aumentava sempre mais, porque chegavam mesmo de longe, ficámos preocupados temendo que o pavimento não resistisse. A um certo momento corremos a trazer troncos para escorá-lo”. (C G, p. 695, nota).

No dia 14 continuou a peregrinação. Eram pessoas de toda a categoria social: médicos, advogados, industriais, comerciantes, artistas, além da massa do povo.

Continuou sem interrupção ainda durante a noite, até às 10 horas da manhã do dia 15, hora da partida do cortejo fúnebre para a igreja paroquial.

Ao funeral estavam presentes 40 sacerdotes.

 

Foi sepultada num túmulo pobre, com o rosto voltado para o sacrário, como tinha desejado.

No seu Diário Autógrafo, no dia 6-3-50, lê-se:

Não quero grandezas no meu sepulcro, mas palavras de apelo que atinjam as almas e as convidem ao verdadeiro arrependimento, ao verdadeiro amor a Jesus e à Mãezinha.

Ah, esta é a única grandeza, a única aspiração do meu coração.

 

Foi-lhe feita a vontade só num primeiro tempo porque depois juntaram-se admiradores e devotos para fazer erigir uma capelinha mortuária, inaugurada a 13 de Outubro de 1957, só dois anos depois da morte.

Mas não parou sequer ali porque em 1978 a caixão foi transportado para a igreja paroquial!

Em 12 de Janeiro de 1996 foi proclamada Venerável e em 25 de Abril de 2004, Beata.

O Dr. Azevedo dá a notícia do trespasse ao Pe. Pinho

Quatro dias depois da morte, o Dr. Azevedo escreve ao Pe. Pinho fazendo-lhe uma breve síntese. Leiamos alguns excertos.

Alexandrina morreu. Foi uma graça porque as dores destes últimos meses eram terríveis. (...) Não lhe sei dizer o que aconteceu nestes últimos dias, nem quanto a Causa deve ter avançado no coração de certos fariseus. (...)

A noite do espírito desapareceu no penúltimo dia de vida. (...)

Foi grande o sacrifício que o Senhor quis dela e de nós. Mas, Te Deum laudamus, por ter levado para o Céu a querida Alexandrina.

O quarto de Alexandrina ficará como era (...)

Os seus últimos momentos foram, para os cegos e os mal-intencionados, uma prova esmagadora de que era uma grande santa.

Já começou na terra o caminho para a glória: o funeral foi grandioso.

(...) e ao túmulo não faltam nunca visitas. (C G, p. 695)

O Pe. Humberto é avisado por via sobrenatural

No dia 16 Outubro o Pe. Humberto chega a Terrasini, na Sicilia, para um ciclo de conferências.

A 17 de manhã celebra a S. Missa e, enquanto na sacristia tira os paramentos, vê chegar uma senhora que, em atitude humilde e falando baixo diz-lhe:

 Enquanto V. Rev.a estava a celebrar veio Nossa Senhora e e encarregou-me de lhe dizer que a Alexandrina morreu e está já no Céu. Eu não sei quem é esta Alexandrina; V. Rev.a o saberá.

Nossa Senhora acrescentou:

 Diz ao Padre que não fique triste, porque a Alexandrina está com ele.

A estas palavras de Nossa Senhora vi nos ombros de vossa Reverência uma pomba branca. No fim, enquanto V. Rev.a estava inclinado sobre o altar para dar a bênção ao povo, Nossa Senhora posou a mão na sua cabeça com alguma coisa que não distingui bem, e acrescentou:

 Dorme, dorme, filho, meu filho, que um grande trabalho te espera.

Depois desapareceu tudo” (vd. o livrinho do Pe. Humberto Anima di vittima e di Apostola, pp. 5-7).

 

O “grande trabalho” era o da preparação para o Processo Informativo Diocesano que pesou praticamente tudo sobre os seus ombros. E, se Alexandrina foi reconhecida Venerável e depois Beata, devemo-lo a este seu trabalho, pelo qual não lhe ficaremos nunca suficientemente agradecidos.

Alexandrina mediadora

A sua missão de salvar almas continua naturalmente do Céu, além da de obter outras graças.

Para encorajá-la no seu caminho tão doloroso, Jesus tinha-lhe repetidas vezes previsto a sua glória futura; glória não só no sentido de reconhecimento da parte dos homens, (“Dentro em pouco serás incluída no número dos santos”- S, 13-6-52) mas, sobretudo, no sentido de visão beatífica e da alegria em continuar a beneficiar os irmãos deixados na terra. Eis alguns exemplos.

 És poderosa, fiz-te poderosa. Mas mais poderosa ainda em breve o serás do Céu: farei que operes maravilhas para alegria de muitos; e para outros servi-lhes-ás de confusão. S (14-1-49)

 

 Depois da tua morte, por ti, sim, por ti, muitas, muitas graças, muitas, muitas bênçãos, uma chuva de graças e de bênçãos cairá, cairá dia e noite sobre a terra, sobre a terra culpada, sobre os pecadores que tanto têm ofendido o seu Deus e Criador. S (4-12-53)

 

Uma proeminência têm as graças para a salvação das almas.

 Eu farei, filha querida, que se operem milagres, que haja essas curas de almas não só aqui, mas também quando tocarem no teu túmulo, por não poderem tocar o teu corpo.

Prometo-te, minha filha, conceder-te a graça dessas curas repentinas. S (27-12-46)

 

 Pela missão te dei, pela mais alta missão, Eu farei, depois da tua morte, que não só aqueles pecadores que ti invocarem com confiança e junto do teu túmulo te pedirem graças e a sua conversão sejam salvos, mas farei que a muitos lhes venhas assistir à morte, à sua passagem para a eternidade.

Quantos por ti serão acompanhados à Pátria Celeste! Quantas graças a muitos serão concedidas, quando já repousares no campo santo! S (23-4-48)

 

 Coragem! Está bem próxima a tua Pátria.

E de lá, quantas graças, quantas bênçãos, quantos milagres o mundo receberá de ti! Sofre, sofre! S (9-7-54)

 

 Vai, minha filha, vai para o teu inigualável sofrimento. (...)

Depois da tua morte, o teu túmulo, a tua sepultura há-de falar intimamente a milhares, a milhares de pecadores: as almas hão-de ir junto de ti e, por ti, como agora, continuarão a ser enriquecidas. S (13-5-55)

 

O seu poder de mediadora durará sempre ao longo dos séculos!

 As virtudes da tua vida aqui na terra brilharão, cintilarão como estrelas no Céu; espalharão o seu brilho ao mundo inteiro, ao mundo que é teu (confiou-lho para o salvar).

Tu vens para o Céu, mas a tua bênção, o orvalho fecundo do teu amor cairá sempre sobre a terra enquanto ela existir. S (9-3-45)

 

 Como prémio da tua vida sofredora na terra, vou dar-te todas as minhas bênçãos, graças, amor com meios de salvação para que toda a Terra por ti seja favorecida até ao fim dos séculos. S (19-11-54)

 

Alexandrina é uma mediadora poderosa, porque tem de Jesus a promessa de obter tudo o que pede:

 

 Esposa minha, hei-de no Céu negar-te tantas coisas como na terra Me negaste a Mim. Nunca tiveste para Jesus um «não», foste sempre heróica no teu sofrimento.

O teu «sim» para Jesus estava sempre pronto. [1] Também Jesus está pronto para no Céu te dizer:

«Manda para a terra todas as bênçãos e graças, minha esposa amada; concede às almas tudo quanto te pedirem em meu nome, em nome de minha Mãe bendita, no nome do teu martírio». S (25-2-55)

 

Notemos aqueles dois imperativos: manda, concede. Jesus não diz “mandarei”, “concederei”, porque quer fazer descer as graças através da Alexandrina que Lhas pede, valorizando assim a obra de mediadora desta heróica alma-vítima.

 

Dirijamo-nos pois a Ela, com confiança!

 

Ó Alexandrina minha querida, ajuda-me!

Obtém-me uma capacidade de amar

sempre mais forte,

até saber iluminar com o sorriso

toda a minha actividade quotidiana,

mesmo se penosa!

 

Que o amor me leve ao sorriso.

 

Fim


[1] S. Teresinha partilha com a Alexandrina a mesma confiança de Jesus no Céu lhe não negará nada porque na terra também Lhe não negou o que quer que fosse.

   

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