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Sofrónio de Jerusalém
Asceta, Filósofo, Santo
(+638)

Vida e obras

Sofrónio tinha ascendência árabe e era um professor de retórica. Ele se tornou um asceta no Egipto em 580 e depois entrou para o Mosteiro de São Teodósio, nas redondezas de Belém. Ele acompanhou o cronista João Mosco em suas viagens pelos principais centros urbanos da Ásia Menor, Egipto e Roma, o que acabou lhe rendendo a homenagem de João, que dedicou a ele o seu tratado sobre a vida religiosa, Leimõn ho Leimõnon (em grego: “O Campo Espiritual). Eles são celebrados juntos na mesma data. Com a morte de Mosco em Roma (619), Sofrónio acompanhou o traslado de seu corpo até Jerusalém para um enterro monástico. Ele viajou até Alexandria e para Constantinopla (633) para persuadir os respectivos patriarcas a renunciarem ao monotelismo, uma doutrina herética que ensinava que Jesus teria uma única vontade, a divina, excluindo assim a vontade humana na Sua encarnação. As extensas obras de Sofrónio sobre o assunto se perderam todas.

Monotelismo

Com o objectivo de derrotar os inimigos do Império Bizantino, o imperador Heráclito precisava consolidar o apoio de todos os seus súbditos. Seguindo o conselho de Sérgio I, patriarca de Constantinopla, ele decidiu reunir os ortodoxos e os monofisitas com base numa doutrina de que Cristo teria apenas um tipo de "actividade" (ou "vontade") - a divina. A doutrina recebeu o nome d monenergismo. Em 632, a união entre as duas facções foi realizada, com apenas o clero aceitando-a e o povo claramente jamais aceitando. Sofrónio, que na época era um monge em Belém, foi o primeiro a protestar tanto contra a união quanto contra a nova doutrina. Ele foi até Alexandria para tentar persuadir o recém-apontado patriarca monotelita Ciro (630–643) a renunciar à heresia. Fracassando, ele foi até Sérgio, em Constantinopla, que o convenceu que, para manter a paz entre os cristãos, o melhor seria não levantar a questão.[3]

Quando Sofrónio tornou-se patriarca, em 634, ele escreveu uma confissão de fé, chamada de Sinódico, na qual ele defendeu que Cristo teria dois tipos de energia e duas actividades ("vontades") distintas. Ele a enviou para o papa Honório I e para os patriarcas orientais explicando a crença ortodoxa nas duas naturezas de Cristo, a humana e a divina, como contrárias ao monotelismo, que ele via como uma forma subtil da doutrina já condenada do monofisismo (que defendia a existência de uma única natureza: a divina). Antes disso, ele já havia escrito uma carta a Arcádio de Chipre pedindo apoio. Ele convocou um concílio em Chipre (633–634) para tratar da questão, mas o caso de Sofrónio acabou não sendo defendido pelos bispos ali reunidos. Após este concílio, o papa Honório I (r. 625-638) enviou uma carta a Sérgio, Ciro e Sofrónio insistindo que todos os debates sobre uma ou duas energias em Cristo cessassem, o que os três consentiram, e a decisão papal se tornou então uma lei quando foi pronunciada pelo édito do imperador Heráclito em 635. Além disso, ele compôs um florilégio (uma "antologia") de uns 600 textos dos Padres Gregos em favor do bastião ortodoxo do diotelismo (que defendia que Jesus tinha duas vontades - a humana e a divina). Este documento também se perdeu.

Em seu sermão de Natal de 634, Sofrónio se mostrou mais preocupado em manter o clero alinhado com a visão calcedoniana de Deus, dando apenas os alertas mais tradicionais sobre o avanço muçulmano-sarraceno na Palestina, comentando que eles já controlavam Belém. Em 636, após uma derrota do exército bizantino na Batalha de Jarmuque, o destino da Palestina foi selado. Sofrónio, que via o controle muçulmano da Palestina como "o inevitável castigo aos cristãos fracos e vacilantes pelos involuntários representantes de Deus", morreu logo após a conquista de Jerusalém pelo califa ortodoxo Omar, em 637, mas não antes de ter negociado o reconhecimento das liberdades civis e religiosas dos cristãos em troca de tributos - um acordo conhecido como Acordo de Omar. O Patriarcado de Jerusalém foi reconhecido como a mais alta autoridade sobre a guarda dos lugares sagrados, das comunidades cristãs, dos mosteiros e conventos. O Patriarcado se tornou também o mediador entre as autoridades cristãs e muçulmanas.

O califa foi pessoalmente até Jerusalém e se encontrou com o patriarca na Igreja do Santo Sepulcro. Sofrónio convidou Omar a rezar ali, mas ele recusou, temendo colocar em perigo o status da igreja como um templo cristão. O califa se recusou a rezar no Santo Sepulcro por temer que, no futuro, os muçulmanos pudessem alegar que Omar ali rezara e, assim, eles também pudessem querer fazê-lo. Sofrónio, apreciando a inteligência do califa, deu-lhe as chaves da igreja. Incapaz de recusá-las, ele as deu a dois nobres sarracenos e pediu-lhes que abrissem e fechassem a igreja. As chaves da Igreja do Santo Sepulcro estão até hoje com os muçulmanos.

A luta constante contra os monotelitas e a conquista muçulmana minaram a saúde de Sofrónio e ele acabou morrendo inesperadamente em 638.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofr%C3%B4nio_de_Jerusal%C3%A9m

 

 

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