SOYEZ LES BIENVENUS SUR LE SITE DES AMIS D'ALEXANDRINA - SEDE BEM-VINDOS AO SITE DOS AMIGOS DA BEATA ALEXANDRINA

     

XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Festa da Transfiguração do Senhor
— B —

 

Leitura do Livro de Daniel 7,9-10.13-14.

«Continuava eu a olhar, até que foram preparados uns tronos, e um Ancião sentou-se. Branco como a neve era o seu vestuário, e os cabelos da cabeça eram como de lã pura; o trono era feito de chamas, com rodas de fogo flamejante. Corria um rio de fogo que jorrava da parte da frente dele. Mil milhares o serviam, dez mil miríades lhe assistiam. O tribunal reuniu-se em sessão e foram abertos os livros. Contemplando sempre a visão nocturna, vi aproximar-se, sobre as nuvens do céu, um ser semelhante a um filho de homem. Avançou até ao Ancião, diante do qual o conduziram. Foram-lhe dadas as soberanias, a glória e a realeza. Todos os povos, todas as nações e as gentes de todas as línguas o serviram. O seu império é um império eterno que não passará jamais, e o seu reino nunca será destruído.»

 

Livro de Salmos 97(96),1-2.5-6.9.

SENHOR é rei: alegre-se a terra
e rejubile a multidão das ilhas!
Ele está rodeado de nuvens e escuridão;
a justiça e o direito são a base do seu trono.

As montanhas derretem-se,
como cera, diante do Senhor de toda a terra.
Os céus proclamam a justiça de Deus
e todos os povos contemplam a sua grandeza.

Porque Tu, SENHOR, és soberano em toda a terra,
estás muito acima de todos os deuses.

 

Leitura da Segunda Epístola de S. Pedro 1,16-19.

De facto, demo-vos a conhecer o poder e a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, não por havermos ido atrás de fábulas engenhosas, mas por termos sido testemunhas oculares da sua majestade. Com efeito, Ele foi honrado e glorificado por Deus Pai, quando a excelsa Glória lhe dirigiu esta voz: Este é o meu Filho, o meu muito Amado, em quem Eu pus o meu encanto. E esta voz, vinda do Céu, nós mesmos a ouvimos quando estávamos com Ele na montanha santa. E temos assim mais confirmada a palavra dos profetas, à qual fazeis bem em prestar atenção como a uma lâmpada que brilha num lugar escuro, até que o dia desponte e a estrela da manhã nasça nos vossos corações.

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo S. Marcos 9,2-10.

Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os, só a eles, a um monte elevado. E transfigurou-se diante deles. As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que lavadeira alguma da terra as poderia branquear assim. Apareceu-lhes Elias, juntamente com Moisés, e ambos falavam com Ele. Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: «Mestre, bom é estarmos aqui; façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias.» Não sabia que dizer, pois estavam assombrados. Formou-se, então, uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado. Escutai-o.» De repente, olhando em redor, já não viram ninguém, a não ser só Jesus, com eles. Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, senão depois de o Filho do Homem ter ressuscitado dos mortos. Eles guardaram a recomendação, discutindo uns com os outros o que seria ressuscitar de entre os mortos.

 

PONTOS DE REFLEXÃO

I LEITURA. Ex 16,2-4.12-15

A “murmuração” é a reação natural daquele que se pôs a caminho para a liberdade: perante as dificuldades ele vacila e chora as vantagens da condição servil. O Senhor não minimiza a fraqueza do seu Povo e promete dar-lhe “pão” e “carne” em abundância. O “maná” é uma dádiva da misericórdia divina, mas é também uma “prova”. Os israelitas só poderão conseguir o “pão” que vem do “céu” se souberem acreditar Naquele Deus que lhes garante um futuro de liberdade.

A liberdade concedida por Deus ao povo resgatado do Egito é exigente. Deve ser como que conquistada dia a dia, lutando contra todos os perigos do “deserto”  sobretudo o medo e a tentação de voltar atrás com saudade do que ficou para trás.  

O maná que Deus mandou ao seu povo é uma solução inesperada, a ponto de fazer entre os israelitas a pergunta que ficará para sempre gravada na memória dos israelitas: ”Man hû”: que é isto? O maná não é só alimento para sustentar o corpo, mas traz também consigo um forte valor simbólico. Mostra que a liberdade plena é possível porque Aquele que nos chama à liberdade está perto de nós, para nos ajudar a consegui-la.

Comer o maná significa acreditar na Palavra de Deus e, também, aceitar o projeto de vida traçado pelo Senhor nos Mandamentos.

II LEITURA. Ef 4,17-20.24

Aos olhos dos judeus, os gentios eram impuros, quer porque não adoravam o Deus verdadeiro, quer porque não praticavam as normas de pureza dos israelitas e tinham uma moral muito mais elástica e permissiva do que a deles. Paulo exorta a comunidade cristã de Éfeso, composta em grande parte por gentios convertidos há pouco tempo e, portanto, ainda influenciados pelo ambiente de origem, a assimilar profundamente a mensagem de Jesus e a romper definitivamente com o passado.

É possível de certo modo mudar de hábitos e de comportamento. Mas já não é tão fácil mudar de mentalidade. Uma verdadeira mudança é sempre fruto de um encontro decisivo, capaz de questionar a maneira de ser de uma pessoa, levando a uma reflexão e a uma análise de todos os valores de referencia. A fé cristã consiste essencialmente num encontro assim, ou seja, na descoberta d´Aquele que tomou opções radicais e as levou até ao fim à custa do próprio sangue.

EVANGELHO. Jo 6,24-35

Aqueles que tomaram parte na multiplicação dos pães procuram Jesus mas, mais do que a na Sua Pessoa, estão interessados nos “pães” materiais que esperam conseguir d´Ele. Jesus exorta-os a “trabalhar” pelo alimento “que dura até á vida eterna”. Eles então perguntaram-Lhe que é que devem “fazer” para praticar as obras de Deus e Ele acrescenta, que mais do que trabalhar, é preciso “acreditar n´Aquele” que o Pai “enviou”, o verdadeiro “pão” que “desce do Céu para dar a vida ao mundo”.

Os judeus não conseguem compreender de que maneira Jesus chegou a Cafarnaúm: todavia não Lhe perguntam “como”, mas “quando” é que chegou ali. Jesus contesta a sinceridade da procura deles e exorta-os a “trabalhar” por um alimento que não se perde, e que Ele lhes dará. Mas os Judeus não O entendem. Para eles, como para qualquer ser humano, é importante ter, produzir, realizar. Pensam por isso que até os favores de Deus se podem obter somente mediante obras conforme á sua lei. Mas Jesus indica-lhes o caminho da fé, que não consiste em fazer algo por Deus, mas sim em abandonar-se a Ele, deixando-se conduzir por aquele que Ele enviou.

Os judeus perguntam então ao Mestre se está disposto a realizar gestos extraor-dinários, análogos aos que fez Moisés, quando deu o “maná” aos seus antepassados. Jesus, que acabara de multiplicar os pães, não aceita descer a este plano, porquanto está plenamente consciente de ter sido enviado não para realizar obras espetaculares, capazes de satisfazer expectativas egoístas das pessoas, mas para manifestar a todos a misericórdia infinita de Deus. É isso o que Ele pretende fazer para eles dando o “verdadeiro pão2, de que o maná era simplesmente uma figura.

Este pão não é uma “coisa” que se deve procurar, mas sim a Sua própria Pessoa; o pai coloca no Filho o Seu selo, isto é, manifesta-Se para chamar o seu Povo à fé que está na base da Aliança.

Padre José Granja

Pour toute demande de renseignements, pour tout témoignage ou toute suggestion,
veuillez adresser vos courriers à
 :

alexandrina.balasar@free.fr