SOYEZ LES BIENVENUS SUR LE SITE DES AMIS D'ALEXANDRINA - SEDE BEM-VINDOS AO SITE DOS AMIGOS DA BEATA ALEXANDRINA

     

XXX DOMINGO DO TEMPO COMUM
— B —

 

Leitura do Livro de Jeremias     (Jr. 31, 7-9)

Eis o que diz o Senhor:

« Soltai brados de alegria por causa de Jacob, enaltecei a primeira das nações. Fazei ouvir os vossos louvores e proclamai:

“O Senhor salvou o seu povo, o resto de Israel”.

Vou trazê-los das terras do Norte e reuni-los dos confins do mundo. Entre eles vêm o cego e o coxo, a mulher que vai ser mãe e a que já deu à luz.

É uma grande multidão que regressa. Eles partiram com lágrimas nos olhos e Eu vou trazê-los no meio de consolações. Levá-los-ei às águas correntes, por caminho plano em que não tropecem. Porque Eu sou um Pai para Israel e Efraim é o meu primogénito ».

 

Salmo 125 (126), 1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R. 3)

Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e dos nossos lábios cânticos de júbilo.

Diziam então os pagãos:
« O Senhor fez por eles grandes coisas ».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria.

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria.

À ida vão a chorar,
levando as sementes;
à volta vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas.

 

Leitura da Epístola aos Hebreus     (He. 5, 1-6)

Todo o sumo sacerdote, escolhido de entre os homens, é constituído em favor dos homens, nas suas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados.

Ele pode ser compreensivo para com os ignorantes e os transviados, porque também ele está revestido de fraqueza; e, por isso, deve oferecer sacrifícios pelos próprios pecados e pelos do seu povo.

Ninguém atribui a si próprio esta honra, senão quem foi chamado por Deus, como Aarão. Assim também, não foi Cristo que tomou para Si a glória de Se tornar sumo sacerdote; deu-Lha Aquele que Lhe disse:

« Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei », e como disse ainda noutro lugar:

« Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec ».

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo São Marcos     (Mc 10, 46-52)

Naquele tempo, quando Jesus ia a sair de Jericó com os discípulos e uma grande multidão, estava um cego, chamado Bartimeu, filho de Timeu, a pedir esmola à beira do caminho. Ao ouvir dizer que era Jesus de Nazaré que passava, começou a gritar:

« Jesus, Filho de David, tem piedade de mim ».

Muitos repreendiam-no para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais:

« Filho de David, tem piedade de mim ».

Jesus parou e disse: « Chamai-o ».

Chamaram então o cego e disseram-lhe: « Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te ».

O cego atirou fora a capa, deu um salto e foi ter com Jesus.

Jesus perguntou-lhe: « Que queres que Eu te faça? »

O cego respondeu-Lhe: « Mestre, que eu veja ».

Jesus disse-lhe: « Vai: a tua fé te salvou ».

Logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho.

 

PONTOS DE REFLEXÃO

I LEITURA. Jr 31,7-9

O trecho apresenta um dos poemas que compõem o “Livro da consolação” de Jeremias. Apresenta-se com um oráculo, no qual o Senhor preanuncia, na primeira pessoa, o regresso dos exilados de um país longínquo, regresso que inaugura um tempo de plenitude de vida, de bens e de alegria sem fim, capaz de transformar todas as situações dolorosas. De tudo isto são testemunhas os israelitas, que reconhecem nesse acontecimento a salvação realizada por Deus.

A Palavra de Deus anuncia o regresso de exilados á sua terra. A primeira reação da repatriação será a de “enaltecer” o Senhor e, através do louvor, professar a gratidão pela ação misericordiosa e poderosa através da qual Deus socorreu e salvou um “resto de Israel”.

O conceito de “resto” teve origem na propaganda político-militar assíria, e tinha por fim desencorajar qualquer opositor, recordando-lhe que, dos seus inimigos, os assírios deixavam somente um resto, para testemunhar o seu grande poder. Neste texto, pelo contrário, o “resto de Israel” dá testemunho do poder do Senhor, que das ruínas sabe reconstruir um povo próspero e numeroso. Nele não sobressaem poderosos e nobres, mas sim pessoas doentes, débeis e humildes: Deus dirige para estes o Seu olhar afetuoso, paterno. Ele fá-los compreender e ver as coisas de forma diferente, compreendendo que o sofrimento pode tornar-se fecundo e que a pobreza pode tornar-se terreno fértil, no qual o Senhor opera maravilhas.

II LEITURA. Hb 5,1-6

Esta passagem da Carta aos Hebreus define a natureza do “Sumo Sacerdote”, segundo as indicações do Antigo Testamento, e recorda que a dignidade sacerdotal só pode ser atribuída por Deus. Segue-se a aplicação a Cristo da ideia de “Sumo Sacerdote”, com uma particular atenção à ligação entre o Seu sacerdócio “segundo a ordem de Melquisedec”  e a filiação divina.

O autor da carta aos Hebreus procura, antes de mais, identificar a identidade do Sumo Sacerdote humano, da descendência de Aarão, concentrando-se na mediação entre Deus e os homens que o Sumo sacerdote desempenhava , especialmente no sacrifício de expiação.

Em segundo lugar, sublinha o aspecto de “fraqueza” que caracteriza esta figura. Para que, então, se realize a mediação entre Deus e os homens é necessária uma solidariedade entre o Sumo Sacerdote e os pecadores, para com os quais ele deve ter “compreensão” .

Finalmente, o Sumo Sacerdote deve estar revestido de humildade, porque deve reconhecer que a sua dignidade vem só de Deus. Pois bem, Cristo na Sua vida “não tomou para Si a glória de Se tornar Sumo Sacerdote”, mas foi proclamado tal pelo próprio Deus na sua Páscoa.

EVANGELHO. Mc 10,46-52

O Evangelho narra o milagre de Jesus que conclui a secção do Evangelho de Marcos dedicada à viagem do Mestre para Jerusalém e ao tema das exigências para um verdadeiro seguimento de Jesus

O protagonista fundamental, o cego e mendigo Bartimeu obtém de Jesus a cura graças à sua fé tenaz e começa uma caminhada de discipulado. Pelo contrário, o comportamento da multidão e dos discípulos, confusos com a cura, deixa muito a desejar, porque serve de obstáculo ao encontro salvífico do homem com Deus.

Bartimeu antes de encontrar Jesus, é “cego”, “mendigo” , está sentado “à beira do caminho”; depois do encontro com Jesus recuperou a vista, já não pede esmola, caminha juntamente com o Mestre em direção a Jerusalém. Esta transformação deveu-se à sua fé. A caminhada de fé de Bartimeu realiza-se em etapas sucessivas. No princípio temos a escuta da notícia de que Jesus passava, a que se segue uma súplica angustiada; esta torna-se quase obstinada para ultrapassar a oposição daqueles que queriam “que se calasse”. Sucessivamente Bartimeu aceita o convite de Jesus, “dá um salto” e aproxima-se d´Ele”, deitando fora a “capa”, a sua única riqueza, mas também o seu único empecilho para o seu caminhar. Já junto de Jesus, que lhe pergunta o que quer, responde com um comovedor “Mestre”, que sublinha a relação profundamente pessoal entre ele e o Senhor. Depois de ter recuperado a visão coloca-se imediatamente no Seu seguimento.

No que diz respeito a Jesus, sobressaem alguns dados instrutivos: Ele ouve a invocação; manda chamar Bartimeu; para à espera dele; interroga-o sobre os seus desejos mais profundos ; e, finalmente, restitui –lhe a visão. Além disso, ajuda-o a compreender o que acontecera, ou seja, que não se trata apenas de uma cura, mas de uma experiência de salvação, devida à “fé”.

Padre José Granja,
beneditino

Pour toute demande de renseignements, pour tout témoignage ou toute suggestion,
veuillez adresser vos courriers à
 :

alexandrina.balasar@free.fr