CRONOLOGIA
4 Setembro 1837
Nascimento
em Lisboa, no Palácio da Anunciada, Rua das Portas de Santo Antão. Filha de João
de Saldanha Oliveira e Sousa e de Isabel Maria de Sousa Botelho – 3os
Condes de Rio Maior.
5 Setembro
Acto de Baptismo na Capela do Palácio da
Anunciada. Foram padrinhos o avô materno, D. José Luis de Sousa Botelho Mourão e
Vasconcelos e a avó paterna D.Leonor Ernestina de Carvalho Daun Lorena.
1840
Estado de saúde débil. Notícia em como só
adormeci ao som d'"Os últimos pensamentos", de Weber, executado ao piano por sua
mãe. A família muda-se para uma pequena casa, junto à residência de seu avó
materno, o Conde de Vila-Real.
1842
Notícia em como seguia correntemente a
leitura, no missal.
1844
Notícia da 1ª Confissão ao padre
L.Richmond, na Igreja dos Inglesinhos, em Lisboa.
13 Abril 1848
Primeira Comunhão, no altar de N. Senhora
da Conceição, na Igreja dos Inglesinhos.
* * *
A sua orientação educacional foi iniciada
por sua mãe, no campo das letras e das artes. Desenvolveu-se através de
professores particulares escolhidos pela Condessa e sempre com a sua
colaboração.
1851/1852
Primeiros carvões de que há notícia (um
auto-retrato e vários retratos de família).
Morre o seu 1º Mestre de desenho, Mr.
Leberthais substituído, em Dezembro, por escolha de sua mãe, pelo mestre Tomás
José da Anunciação, que a inicia nas técnicas de aguarela e óleo.
Doença de garganta que lhe afecta as
cordas vocais.
31 Janeiro 1855
É-lhe adquirido um piano considerado um
dos melhores na Lisboa da época e que fora escolhido pelo seu professor, Mestre
Eugênio Mazzoni.
Primeiro grande apelo místico, quando
pinta o tema do "Ecce Homo".
1856
Redige um escrito místico de recorte
literário, onde fica patente a sua opção fundamental: recuso da mundaneidade em
favor da suficiência de Deus, Pelo apoio ao pr6ximo. Continua a executar
carvões, aguarelas e óleos.
1857
Reafirma em novo escrito a sua vontade de
consagração total a Deus.
1862
Dirige
o Colégio de Santa Marta para Meninas Pobre, auxiliada pelas Irmãs de S.Vicente
de Paulo. Nesse mesmo ano, estas vêem-se forçadas a abandonar o país, por entre
a agitação da opinião pública, vivendo-se momentos conturbadíssimos, dada a
politização da religião.
17 Janeiro 1864
Adoece com uma estranha ferida na testa.
Intervenção cirúrgica.
3 Maio
Pela primeira vez revela a sua mãe a
decisão de ser religiosa, decisão essa tanto mais difícil, dado o já referido
anti-clericalismo que se vivia e que levara à extinção das ordens religiosas.
4 Maio
Em carta dirigida a sua cunhada dá-lhe
conta de que já declarara à mãe a intenção de entrar para as Irmãs da Ordem
Terceira de S. Domingos, estabelecida em Stone, na Inglaterra, e para tal
estava, inclusive, aceite. Refere ainda a vontade de trabalhar em prole de uma
Fundação em Portugal, o que aponta claramente para uma tentativa de renovar o
estado de coisas, relativamente à acção religiosa no país.
1865
Ano de intensa produção pictórica ligada à
iconografia religiosa:
·
Painel do "Sagrado Coração de Jesus" - Goa
·
"Santa Brígida - Convento das Inglesinhas
·
"Nossa Senhora e o Menino Jesus" - Hospital de São Luís, das Irmãs da Caridade
Francesas
·
Painel em honra da "Beata Maria dos Anjos".
7 Novembro 1866
Duas mulheres - Miss Harriet Martin e Mª
José de Barros e Castro concretizam o projecto de Teresa de Saldanha, ao serem
por ela enviadas para a Irlanda, a fim de aí fazerem o seu Noviciado.
13 Novembro 1868
Regressam a Lisboa, já na qualidade de
Irmãs Maria Madalena e Maria José. Estava fundada a Congregação Portuguesa das
Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena.
1869
Datam deste ano as últimas produções
pictóricas que se conhecem. Estamos perante o momento da renuncia à pintura.
Afirmava-se a Fundadora.
1877
Com o próprio património comprou a Quinta
e o Palácio de S. Domingos de Benfica, em Lisboa, para Casa-Mãe da Congregação.
Epístola dirigida a seu irmão, escrita de
Roma, onde faz considerações estéticas sobre as obras dos grandes mestres que
visitou.
1887
Tomou finalmente o Hábito, fez a sua
Profissão Religiosa e foi eleita Superiora Geral.
Entretanto promovera a abertura de Dispensários, Asilos e Colégios, para
protecção dos menos favorecidos nos Ambitos material e espiritual.
5 Outubro 1910
Com a implantação, da República são
confiscados os bens da Congregação, as Irmãs dispersam-se pela Bélgica, Brasil e
América do Norte, onde implantam novas comunidades, para continuarem o seu
apostolado.
As que ficaram em Portugal, acolhidas pela
família ou elos amigos, tentaram continuar a sua missão. Discretamente presentes
nas obras anteriormente assumidas ou arriscando novas fundações, não deixaram
perecer o espírito da sua Fundadora.
Teresa de Saldanha, completamente
despojada dos seus bens, vê-se forçada a alugar uma pequena casa na Rua Gomes
Freire, em Lisboa.
8 Janeiro 1916
Morte Teresa de Saldanha com 79 anos.
Texto colhido no
Site da Congregação. |