Valério
nasceu no ano 565, em Auvergne, na França. Sua família era muito
pobre e ele trabalhava no campo.
Ainda
pequeno, tinha uma enorme sede de saber e, para aprender a ler e
escrever, ele mesmo foi procurar
um professor, e pediu que lhe
ensinasse o alfabeto.
Mais
depressa do que qualquer outro de sua idade, Valério já dominava a
escrita e a leitura. Após conhecer a Sagrada Escritura, procurou um
parente sacerdote que vivia num mosteiro próximo. Passou ali alguns
dias, percebeu sua vocação para a vida religiosa e pediu seu
ingresso naquela comunidade. Depois de um bom tempo realizando
várias tarefas internas, foi aceito e recebeu as ordens sacerdotais.
Pouco
depois, mudou-se para um mosteiro sob a direcção espiritual de
Columbano, o grande evangelizador da Gália, actual França, que
depois foi canonizado, onde aconteceu seu primeiro prodígio.
Designado para cuidar da horta do convento, sem nenhum produto a não
ser com o trabalho de suas próprias mãos, acabou com as pragas que
assolavam anualmente as plantações. Tornou-se tão conhecido na
região e tão respeitado internamente que foi testado em sua
humildade. Com autorização do abade Columbano, procurou o rei
Clotário, conseguindo dele um grande terreno para construir um
mosteiro, em Leuconai, na França. Logo depois o local já contava,
também, com uma igreja e várias celas para religiosos.
A fama
do sacerdote Valério se propagou ainda mais, de modo que dezenas de
homens, jovens e idosos, procuravam o convento para ingressarem na
vida religiosa sob a sua orientação. Mas novamente sentiu-se
impelido ao trabalho de evangelização. Na companhia de seu auxiliar
Valdolem, viajou por todo o país pregando e convertendo pagãos.
Diz a
tradição que o monge Valério possuía o dom da cura e há vários
relatos sobre elas. Como a de um paralítico que voltou a andar ao
toque de suas mãos e muitos doentes desenganados que se curavam na
hora, na presença da população. Além disso, tinha o dom da profecia
e um dom especial sobre os animais. Conta-se que, quando passava
pela floresta, os pássaros vinham ao seu encontro, seguiam-no,
pousavam em suas mãos, braços e ombros, parecia que "conversavam"
com ele.
Valério
morreu no dia 1o de abril de 619, no mosteiro de Leuconai, depois de
converter milhares de pagãos, ter feito muitos discípulos e ter
entregado sua vida à Deus, através do seu vigoroso e intenso
apostolado. O culto de são Valério se propagou rapidamente, até
mesmo porque o rei Hugo, seu devoto, dizia que o santo costumava
orientá-lo em sonho, sendo muito festejado, além da França, na
Itália, Alemanha e Inglaterra, no dia de sua morte.
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