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VIA SACRA

MÍSTICA

ORAÇÃO DE INTRODUÇÃO

Senhor meu, Jesus Cristo, eis-me aqui na tua santíssima presença, antes de meditar o teu Caminho para o Calvário, não só para te acompanhar neste momento que foi o mais doloroso da tua vida, mas também para te dizer que te amo acima de todas as coisas que o mundo me possa oferecer.

Eu não quero viver sem ti, sem a tua presença contínua na minha alma, porque sem ti nada sou, nada valho e nada posso esperar. Aliás, para onde iria eu se “só tu tendes palavras de vida eterna”? (Jo. 6, 68)

Durante este momento que venho passar na tua divina presença, quero também desagravar-te por todas as ofensas que recebes dos pecadores, por todos os sacrilégios que se cometem noite e dia contra ti e sobretudo contra o Sacramento de teu amor. Quero adorar-te por aqueles que fogem de ti, que não te adoram e não te amam.

Contigo, Senhor, quero subir a Montanha, ser o teu Cireneu, como tu tens sido o meu.

 

PRIMEIRA ESTAÇÃO

Jesus é condenado à morte

O Cordeiro vai ser imolado…

Depois das angústias do Getsémani, eis o confronto brutal entre o bem e o mal, entre a inocência e a perversidade…

Pilatos afirma que Jesus não cometeu nenhum crime, mas, para fazer prazer aos judeus, manda flagelá-lo… depois apresenta-o à populaça excitada: “Eis o homem”.

Mas os judeus querem a morte de Jesus…

Pilatos então, lavando-se as mãos, acede ao pedido daquela populaça que grita diante do seu Pretório: Jesus é condenado à morte “e a morte numa cruz”, como o pior dos criminosos.

Nós Vos adoramos, ó Cristo e Vos bendizemos, porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

 

SEGUNDA ESTAÇÃO

Jesus leva a cruz às costas

Jesus sai do Pretório de Pilatos onde acabara de ser condenado à morte… A multidão enfurecida grita contra Ele, Ele que pouco antes curava as suas doenças, lhes falava de paz e de amor…

Mas aquela populaça, manobrada pelos chefes judeus, não tem agora outro desejo senão o de ver dependurado no patíbulo, aquele que era o Messias anunciado…

Mas os judeus tinham por hábito matar os profetas… De escarnecer os enviados de Deus, quando estes não lhes anunciavam o que eles queriam ouvir… Jesus tomou a sua cruz e começou a sua subida dolorosa…

Nós Vos adoramos, ó Cristo e Vos bendizemos, porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

 

TERCEIRA ESTAÇÃO

Jesus cai pela primeira vez

Depois da flagelação, da coroação de espinhos e da angustiosa espera do seu julgamento, Jesus está cansado…

O peso da cruz sobre os seus ombros doloridos porque atrozmente feridos causa-lhe terríveis dores… Jesus cai…

Mas os algozes, em vez de o ajudarem a levantar-se, batem-lhe e escarnecem…

Do fundo do seu misericordioso Coração, Jesus perdoa-lhes e ora ao Pai por eles, “porque eles não sabem o que fazem”.

A muito custo, o “Cordeiro de Deus” se levanta, retoma a sua cruz e continua o seu “caminho”…

Nós Vos adoramos, ó Cristo e Vos bendizemos, porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

 

QUARTA ESTAÇÃO

Jesus encontra sua Mãe

É grande a multidão que segue este triste cortejo: todos querem ver o condenado, aquele que fazia tantos milagres e que agora estava aniquilado… condenado à morte como um vil criminoso…

Alguns o interpelavam com estrondosa maldade… outros choravam e perguntavam a eles mesmos por que razão Deus o abandonara… porque razão este Homem que só tinha feito o bem era assim tratado e escarnecido por aquela populaça ávida de sangue…

No meio daquela multidão uma Mulher chorava em silêncio… Não, não era qualquer mulher, mas a Mulher por excelência: Maria, Mãe de Jesus… Os seus olhares cruzaram-se e os seus corações se falaram… Maria nada pode fazer por seu Filho… e Jesus continua o seu caminho doloroso…

Nós Vos adoramos, ó Cristo e Vos bendizemos, porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

 

QUINTA ESTAÇÃO

Simão Cireneu ajuda Jesus a levar a Cruz

Jesus está cada vez mais exausto…

O peso da Cruz torna-se “um peso mundial” e Ele tituba, quase caindo uma vez mais…

Nesse momento, um homem — Simão de Cirene — que voltava dos campos foi chamado e forçado a tomar a Cruz de Jesus…

Porque ele, quando tantos outros se encontravam na berma do caminho? Só Deus sabe… Ele não o faz de boa vontade… ele o que queria era simplesmente voltar para sua casa, para junto de sua esposa e seus filhos…

Nós Vos adoramos, ó Cristo e Vos bendizemos, porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

 

SEXTA ESTAÇÃO

Verónica limpa o rosto de Jesus

Jesus está quase irreconhecível… O seu corpo nada mais é do que uma só chaga…

O seu rosto inchado está coberto de sangue, por causa da coroa de espinhos… Apenas os seus olhos se apercebem… os seus olhos cujo olhar penetrante tinha tantas vezes lido nos corações…

Do meio da multidão sai uma mulher — a tradição chama-a Verónica — e, servindo-se dum tecido branco, ela limpa delicadamente o rosto de Jesus…

O seu gesto é corajoso, porque ela se expõe à cólera dos soldados… Mas ela fá-lo e, como recompensa do seu acto caridoso, Jesus deixa-lhe o seu “retrato” gravado no tecido…

Nós Vos adoramos, ó Cristo e Vos bendizemos, porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

 

SÉTIMA ESTAÇÃO

Jesus cai pela segunda vez.

Simão de Cirene ter-se-ia ele recusado de ir mais longe? Certamente que não… mas era necessário que fosse Jesus a levar a cruz até ao fim…

O “peso mundial” desta cruz era indefinível… “era o peso dos nossos pecados que Ele carregava”, de todos os pecados do mundo… passados, presentes e futuros…

Jesus está exangue… novamente tropeça e cai sob o peso da cruz…

De novo as suas chagas se abrem e o sangue corre… o sangue da Vítima inocente rega a terra… Mas ninguém o ajuda… pior, batem-lhe para que se levante, arrastam-no… Com muito custo, Jesus levanta-se e continua…

Nós Vos adoramos, ó Cristo e Vos bendizemos, porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

 

OITAVA ESTAÇÃO

Jesus consola as mulheres de Jerusalém.

A multidão é cada vez mais numerosa…

No meio das pessoas que assistem a esta estranha “procissão”, estão algumas mulheres… Algumas delas choram, porque têm piedade daquele Homem que caminha penosamente levando a sua cruz aos ombros…

Jesus olha-as… “Não choreis sobre mim”, diz-lhes Ele… Mais elas choram porque também são mães e, na pessoa de Jesus vêem seus próprios filhos… “Chorai sobretudo por vós e pelos vossos filhos”, lhes diz ainda Jesus…

Mas as mulheres continuam a chorar… seus corações sangram ao contemplarem tanto sofrimento e tanta injustiça… Porquê Ele que pouco antes só praticara o bem?

Nós Vos adoramos, ó Cristo e Vos bendizemos, porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

 

NONA ESTAÇÃO

Jesus cai pela terceira vez.

Jesus vai em breve chegar ao Calvário…

Mas, uma vez mais o peso da Cruz se torna insuportável… Ele cai… Como das outras vezes, chicotadas e pontapés chovem sobre Ele… Ele tem que se levantar, retomar a Cruz e subir até ao alto…

Mas, como subir se lhe faltam as forças?

Jesus viera ao mundo para esta missão, para esta hora de indizíveis sofrimentos…

Pensando em todos nós e na nossa salvação, muito a custa Ele se levanta, retoma a Cruz e continua o seu caminho…

Nós Vos adoramos, ó Cristo e Vos bendizemos, porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

 

DÉCIMA ESTAÇÃO

Jesus é despojado das suas vestes.

A Vítima chega enfim ao Gólgota…

Como foi penosa a subida!

Sem qualquer respeito nem precaução, despem-no… O sangue corre de novo, porque as vestes estão coladas ao corpo chagado pela flagelação… Jesus fica nu… diante daquela “vil canalha” que ri e escarnece…

A sua bela túnica “sem costuras”, tecida por Maria, será em breve sorteada… Pouco importa que ela esteja ensanguentada pelo sangue inocente da Vítima!

Perto dali, a Mãe dolorosa chora… Quanto fazem sofrer o fruto do seu seio virginal! Que dor inarrável! Que sofrimento sem nome!

Nós Vos adoramos, ó Cristo e Vos bendizemos, porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

 

DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃO

Jesus é pregado na Cruz.

Eis o momento terrível!

Jesus é estendido sobre a Cruz… Agarram-lhe uma das mãos, depois a outra e pragam-nas ao madeiro…

Jesus contorce-se de dor, suspira, mas, tal qual um cordeiro, nada diz… Aquelas mãos que tantas vezes tinham abençoado, que tantas vezes tinham acariciado as crianças ou partido o pão, estavam agora pregadas ao madeiro… O mesmo acontece com os pés… Com grandes cravos são pregados na Cruz…

Aqueles pés que tinham corridos aldeias, vilas e cidades para anunciar a “boa nova do Reino”, que tinham marchado sobre as águas, estavam agora prisioneiros, pregados ao madeiro infame… atravessados dum lado ao outro…

Nós Vos adoramos, ó Cristo e Vos bendizemos, porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

 

DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO

Jesus morre na Cruz.

Jesus está agora pregado na Cruz…

Maria aproxima-se com medo e, entregando o seu lenço, pede que cubram a nudez de seu Filho… Os soldados respeitam a Mãe e fazem o que Ele pede…

É preciso levantar a Cruz e coloca-la no buraco aberto e depois calçá-la, para que fique segura… Quando levantada, empurraram-na para o buraco aberto… O choque provoca novas dores a Jesus: todo o seu corpo é sacudido e as suas chagas das mãos e dos pés se abrem, porque as carnes cedem… Jesus sofre em silêncio este novo ultraje… Os seus lábios vão abrir-se portanto ; não para condenar mas para pedir ao Pai: “Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem…”

Nós Vos adoramos, ó Cristo e Vos bendizemos, porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

 

DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO

Jesus é descido da Cruz.

Depois de ter pedido perdão ao Pai para aqueles que o crucificavam, Jesus entregou a sua alma…

“Tudo está consumado! Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”.

Quando Jesus soltou o seu último suspiro, o véu do templo rasgou-se… a terra tremeu… e mortos ressuscitaram…

Alguns acreditaram enfim que Jesus era verdadeiramente o Filho de Deus… Outros  – os mais numerosos – continuaram a negar esta evidência e a escarnecer…

Jesus morrera… Desceram-no da Cruz e Maria recebeu-o em seu regaço… Que dor tremenda sofreu aquela Mãe! “Vede se há dor igual à minha”, diz-nos Ela continuamente…

Nós Vos adoramos, ó Cristo e Vos bendizemos, porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

 

DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃO

Jesus é depositado no sepulcro.

José de Arimateia tinha obtido de Pilatos a autorização para sepultar Jesus num sepulcro novo…

Mais os judeus tinham medo que o corpo de Jesus fosse roubado pelos seus discípulos… Por causa desse receio, foram colocadas sentinelas romanas à volta do sepulcro… Não seria bom que algo acontecesse e que depois se dissesse que Jesus tinha ressuscitado dos mortos… porque alguém se lembrou que Ele dissera que “reconstruiria o templo em três dias”…

Jesus é envolvido em bandas e depois coberto com um lençol…

Uma enorme pedra foi rolada para diante da sepultura… e assim, tudo estava verdadeiramente “consumado”… no que respeita a Paixão dolorosa!

Nós Vos adoramos, ó Cristo e Vos bendizemos, porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

 

ORAÇÃO FINAL

Eis-me aqui, ó bom e dulcíssimo Jesus; prostrado de joelhos diante da vossa Divina Presença, Vos peço e suplico com o mais vivo fervor da minha alma, que imprimais no meu coração vivos sentimentos de fé, de esperança e de caridade, e um verdadeiro arrependimento dos meus pecados, com vontade firmíssima de os emendar; enquanto eu, com grande afecto e dor de alma, considero e medito nas vossas Santíssimas Chagas, tendo diante dos meus olhos e gravadas no meu coração aquelas palavras que já de Vós dizia o Santo Profeta David: “Trespassaram as minhas mãos e os meus pés, e contaram todos os meus ossos”.
Ámen. 

 

Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Nas Vossas Chagas, escondei-me.
Não permitais que de Vós me separe.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora da minha morte, chamai-me.
E mandai-me ir para Vós,
Para que Vos louve com os Vossos Santos,
Por todos os séculos.

Ámen.

 

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