Vigília Pascal C

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DOMINGO DE PÁSCOA
RESSURREIÇÃO DO SENHOR

Vigília pascal na Noite Santa
— C —

Para a Vigília Pascal são propostas nove leituras: sete do Antigo Testamento e duas do Novo Testamento. Se, por motivos particulares, as circunstâncias o requerem, pode-se reduzir o número das leituras. Façam-se, pelo menos, três leituras do Antigo Testamento, ou, em casos mais urgentes, só duas, antes da Epístola e do Evangelho. Mas nunca se deve omitir a leitura do Êxodo sobre a passagem do Mar Vermelho (LEITURA III).

Leitura do Livro do Génesis (Gen 1, 1-2, 2)

No princípio, Deus criou o céu e a terra.

A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam a superfície do abismo e o espírito de Deus pairava sobre as águas.

Disse Deus: «Faça-se a luz». E a luz apareceu. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas. Deus chamou ‘dia’ à luz e ‘noite’ às trevas. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: era o primeiro dia.

Disse Deus: «Haja um firmamento no meio das águas, para as manter separadas umas das outras». Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam debaixo do firmamento das águas que estavam por cima dele. E ao firmamento chamou ‘céu’. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o segundo dia.

Disse Deus: «Juntem-se as águas que estão debaixo do firmamento num só lugar e apareça a terra seca». E assim sucedeu. À parte seca Deus chamou ‘terra’ e ‘mar’ ao conjunto das águas. E Deus viu que isto era bom. Disse Deus: «Cubra-se a terra de verdura: ervas que dêem sementes e árvores de fruto, que produzam sobre a terra frutos com a sua semente, segundo a própria espécie». E assim sucedeu. A terra produziu verdura: erva que produz semente, segundo a sua espécie, e árvores que dão frutos com a sua semente, segundo a própria espécie. Deus viu que isto era bom. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o terceiro dia.

Disse Deus: «Haja luzeiros no firmamento do céu, para distinguirem o dia da noite e servirem de sinais para as festas, os dias e os anos, para que brilhem no firmamento do céu e iluminem a terra». E assim sucedeu. Deus fez dois grandes luzeiros: o maior para presidir ao dia e o menor para presidir à noite; e fez também as estrelas. Deus colocou-os no firmamento do céu para iluminarem a terra, para presidirem ao dia e à noite e separarem a luz das trevas. Deus viu que isto era bom. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quarto dia.

Disse Deus: «Povoem as águas inúmeros seres vivos e voem as aves na terra sob o firmamento do céu». Deus criou os monstros marinhos e todos os seres vivos que se movem nas águas, segundo as suas espécies, e todos os animais voadores, segundo as suas espécies. Deus viu que isto era bom; e abençoou-os, dizendo: «Crescei e multiplicai-vos, enchei as águas dos mares e multipliquem-se as aves sobre a terra». Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quinto dia.

Disse Deus: «Produza a terra seres vivos, segundo as suas espécies: animais domésticos, répteis e animais selvagens, segundo as suas espécies». E assim sucedeu. Deus fez os animais selvagens, segundo as suas espécies, os animais domésticos, segundo as suas espécies, e todos os répteis da terra, segundo as suas espécies. Deus viu que isto era bom.

Disse Deus: «Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre os animais selvagens e sobre todos os répteis que rastejam pela terra». Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus. Ele o criou homem e mulher. Deus abençoou-os, dizendo: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem na terra». Disse Deus: «Dou-vos todas as plantas com semente que existem em toda a superfície da terra, assim como todas as árvores de fruto com semente, para que vos sirvam de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todos os seres vivos que se movem na terra dou as plantas verdes como alimento». E assim sucedeu. Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia.

Assim se completaram o céu e a terra e tudo o que eles contêm. Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera e, no sétimo dia, descansou do trabalho que tinha realizado.

 

Salmo 103 (104), 1-2a.5-6.10.12.13-14.24.35c (R. cf. 30)

Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Revestido de esplendor e majestade,
envolvido em luz como num manto!

Fundastes a terra sobre alicerces firmes:
não oscilará por toda a eternidade.
Vós a cobristes com o manto do oceano,
por sobre os montes pousavam as águas.

Transformais as fontes em rios
que correm entre as montanhas.
Nas suas margens habitam as aves do céu;
por entre a folhagem fazem ouvir o seu canto.

Com a chuva regais os montes,
encheis a terra com o fruto das vossas obras.
Fazeis germinar a erva para o gado
e as plantas para o homem, que tira o pão da terra.

Como são grandes as vossas obras!
Tudo fizestes com sabedoria:
a terra está cheia das vossas criaturas.
Glória a Deus para sempre.

 

Leitura do Livro do Génesis (Gen 22, 1-18)

Naqueles dias, Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o: «Abraão!» Ele respondeu: «Aqui estou». Deus disse: «Toma o teu filho, o teu único filho, a quem tanto amas, Isaac, e vai à terra de Moriá, onde o oferecerás em holocausto, num dos montes que Eu te indicar».

Abraão levantou-se de manhã cedo, aparelhou o jumento, tomou consigo dois dos seus servos e o seu filho Isaac. Cortou a lenha para o holocausto e pôs-se a caminho do local que Deus lhe indicara.

Ao terceiro dia, Abraão ergueu os olhos e viu de longe o local. Disse então aos servos: «Ficai aqui com o jumento. Eu e o menino iremos além fazer adoração e voltaremos para junto de vós». Abraão apanhou a lenha do holocausto e pô-la aos ombros do seu filho Isaac. Depois, tomou nas mãos o fogo e o cutelo e seguiram juntos o caminho.

Isaac disse a Abraão: «Meu pai». Ele respondeu: «Que queres, meu filho?» Isaac prosseguiu: «Temos aqui fogo e lenha; mas onde está o cordeiro para o holocausto?» Abraão respondeu: «Deus providenciará o cordeiro para o holocausto, meu filho». E continuaram juntos o caminho.

Quando chegaram ao local designado por Deus, Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele, atou seu filho Isaac e pô-lo sobre o altar, em cima da lenha. Depois, estendendo a mão, puxou do cutelo para degolar o filho. Mas o Anjo do Senhor gritou-lhe do alto do Céu: «Abraão, Abraão!» «Aqui estou, Senhor», respondeu ele. O Anjo prosseguiu: «Não levantes a mão contra o menino, não lhe faças mal algum. Agora sei que na verdade temes a Deus, uma vez que não Me recusaste o teu filho, o teu filho único».

Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um carneiro, preso pelos chifres num silvado. Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto, em vez do filho.

Abraão deu ao local este nome: «O Senhor providenciará». E ainda hoje se diz: «Sobre a colina o Senhor providenciará».

O Anjo do Senhor chamou Abraão, do Céu, pela segunda vez, e disse-lhe: «Por Mim próprio te juro — oráculo do Senhor — já que assim procedeste, e não Me recusaste o teu filho, o teu filho único, abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia que está nas praias do mar, e a tua descendência conquistará as portas das cidades inimigas.

Porque obedeceste à minha voz, na tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra».

 

Salmo 15 (16), 5 e 8.9-10.11 (R. 1)

Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.

Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta,
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
            na mansão dos mortos,
nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção.

Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.

 

Leitura do Livro do Êxodo (Ex 14, 15 - 15, 1)

Naqueles dias, disse o Senhor a Moisés: «Porque estás a bradar por Mim? Diz aos filhos de Israel que se ponham em marcha. E tu ergue a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel entrem nele a pé enxuto. Entretanto, vou permitir que se endureça o coração dos egípcios, que hão-de perseguir os filhos de Israel. Manifestarei então a minha glória, triunfando do Faraó, de todo o seu exército, dos seus carros e dos seus cavaleiros. Os egípcios reconhecerão que Eu sou o Senhor, quando Eu manifestar a minha glória, vencendo o Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros».

O Anjo de Deus, que seguia à frente do acampamento de Israel, deslocou-se para a retaguarda. A coluna de nuvem que os precedia veio colocar-se atrás do acampamento e postou-se entre o campo dos egícios e o de Israel. A nuvem era tenebrosa de um lado e do outro iluminava a noite, de modo que, durante a noite, não se aproximaram uns dos outros.

Moisés estendeu a mão sobre o mar e o Senhor fustigou o mar, durante a noite, com um forte vento de leste. O mar secou e as águas dividiram-se. Os filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda.

Os egípcios foram atrás deles: todos os cavalos do Faraó, os seus carros e cavaleiros os seguiram pelo mar dentro.

Na vigília da manhã, o Senhor olhou da coluna de fogo e da nuvem para o acampamento dos egípcios e lançou nele a confusão. Bloqueou as rodas dos carros, que dificilmente se podiam mover.

Então os egípcios disseram: «Fujamos dos israelitas, que o Senhor combate por eles contra os egípcios».

O Senhor disse a Moisés: «Estende a mão sobre o mar e as águas precipitar-se-ão sobre os egípcios, sobre os seus carros e os seus cavaleiros».

Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar retomou o seu nível normal, quando os egípcios fugiam na sua direcção. E o Senhor precipitou-os no meio do mar. As águas refluíram e submergiram os carros, os cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinham entrado no mar, atrás dos filhos de Israel. Nem um só escapou. Mas os filhos de Israel tinham andado pelo mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda.

Nesse dia, o Senhor salvou Israel das mãos dos egípcios e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar. Viu também o grande poder que o Senhor exercera contra os egípcios, e o povo temeu o Senhor, acreditou n’Ele e em seu servo Moisés.

Então Moisés e os filhos de Israel cantaram este hino em honra do Senhor: «Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória, precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro».

 

Salmo (Ex 15, 1-2.3-4.5-6.17-18 (R. 1a)

Cantarei ao Senhor, que fez brilhar a sua glória:
precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro.

O Senhor é a minha força e a minha protecção:
a Ele devo a minha liberdade.

Ele é o meu Deus: eu O exalto;
Ele é o Deus de meu pai: eu O glorifico.

O Senhor é um guerreiro, Omnipotente é o seu nome;
precipitou no mar os carros do Faraó e o seu exército.

Os seus melhores combatentes afogaram-se
            no Mar Vermelho,
foram engolidos pelas ondas,
            caíram como pedra no abismo.

A vossa mão direita, Senhor, revelou a sua força,
a vossa mão direita, Senhor, destroçou o inimigo.

Levareis o vosso povo e o plantareis na vossa montanha,
na morada segura que fizestes, Senhor,
no santuário que vossas mãos construíram.
O Senhor reinará pelos séculos dos séculos.

 

Leitura do Livro de Isaías (Is 54, 5-14)

O teu Criador, Jerusalém, será o teu Esposo e o seu nome é ‘Senhor do Universo’. O teu Redentor será o Santo de Israel, que se chama ‘Deus de toda a terra’.

Como à mulher abandonada e de alma aflita, o Senhor volta a chamar-te: «A esposa da juventude poderá ser repudiada?» — diz o teu Deus.

Por um momento abandonei-te, mas no meu grande amor volto a chamar-te.

Num acesso de ira, escondi de ti a minha face, mas na minha misericórdia eterna tive compaixão de ti, diz o Senhor, teu Redentor.

Comigo sucede como no tempo de Noé, quando jurei que as águas do dilúvio não mais invadiriam a terra.

Assim Eu juro não tornar a irritar-Me contra ti, não voltar a ameaçar-te. Ainda que sejam abaladas as montanhas e vacilem as colinas, a minha misericórdia não te abandonará, a minha aliança de paz não vacilará, diz o Senhor, compadecido de ti.

Pobre cidade, batida pela tempestade e desolada, vou assentar as tuas pedras sobre jaspe e os teus alicerces em safiras; vou fazer-te ameias de rubis, portas de cristal e todas as tuas muralhas de pedras preciosas. Todos os teus habitantes serão instruídos pelo Senhor e gozarão de uma grande paz. Serás fundada sobre a justiça, longe da violência, porque nada terás a temer, longe do pavor, porque não poderá atingir-te.

 

Salmo 29 (30), 2 e 4.5-6.11 e 12a e 13b (R. 2a)

Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes
e não deixastes que de mim se regozijassem os inimigos.

Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,
vivificastes-me para não descer ao túmulo.

Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis,
e dai graças ao seu nome santo.

A sua ira dura apenas um momento
e a sua benevolência a vida inteira.

Ao cair da noite vêm as lágrimas
e ao amanhecer volta a alegria.

Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim,
Senhor, sede Vós o meu auxílio.

Vós convertestes em júbilo o meu pranto:
Senhor meu Deus, eu Vos louvarei eternamente.

 

Leitura do Livro de Isaías (Is 55, 1-11)

Eis o que diz o Senhor: «Todos vós que tendes sede, vinde à nascente das águas. Vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei. Vinde e comprai, sem dinheiro e sem despesa, vinho e leite. Porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não alimenta e o vosso trabalho naquilo que não sacia?

Ouvi-Me com atenção e comereis o que é bom, saboreareis manjares suculentos. Prestai-Me ouvidos e vinde a Mim, escutai-Me e vivereis.

Firmarei convosco uma aliança eterna, com as graças prometidas a David. Fiz dele um testemunho para os povos, um chefe e legislador das nações. Chamarás povos que não conhecias; nações que não te conheciam acorrerão a ti, por causa do Senhor teu Deus, do Santo de Israel que te glorificou.

Procurai o Senhor enquanto Se pode encontrar, invocai-O enquanto está perto.

Deixe o ímpio o seu caminho e o homem perverso os seus pensamentos. Converta-se ao Senhor, que terá compaixão dele, ao nosso Deus, que é generoso em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos são os meus — oráculo do Senhor.

Tanto quanto os céus estão acima da terra, assim os meus caminhos estão acima dos vossos e acima dos vossos estão os meus pensamentos. E assim como a chuva e a neve que descem do céu não voltam para lá sem terem regado a terra, sem a haverem fecundado e feito produzir, para que dê a semente ao semeador e o pão para comer, assim a palavra que sai da minha boca não volta sem ter produzido o seu efeito, sem ter cumprido a minha vontade, sem ter realizado a sua missão».

 

SALMO (Is 12, 2-3.4bcd.5-6 (R. 3)

Deus é o meu Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação.

Tirareis água, com alegria, das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome,
Anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.

Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria e exultai, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.

 

Leitura do Livro de Baruc (Bar 3, 9-15.32 - 4, 4)

Escuta, Israel, os mandamentos da vida; inclina os teus ouvidos para aprenderes a prudência. Porque será, Israel, que te encontras em país inimigo e envelheces em terra estrangeira?

Porque te contaminaste com os mortos, foste contado entre os que descem ao sepulcro e abandonaste a fonte da Sabedoria. Se tivesses seguido o caminho de Deus, viverias em paz eternamente. Aprende onde está a prudência, onde está a força e a inteligência, para conheceres também onde se encontra a longevidade e a vida, onde está a luz dos olhos e a paz.

Quem descobriu a morada da Sabedoria? Quem penetrou nos seus tesouros?

Aquele que tudo sabe conhece-a; descobriu-a com a sua inteligência
Aquele que firmou a terra para sempre, enchendo-a de animais quadrúpedes,
Aquele que envia a luz e ela vai, que a chama e ela obedece-Lhe tremendo.

As estrelas brilham vigilantes nos seus postos cheias de alegria;
Ele chama por elas e respondem: «Aqui estamos» e resplandecem alegremente para Aquele que as criou.

Este é o nosso Deus, e nenhum outro se Lhe pode comparar. Penetrou todos os caminhos da Sabedoria e mostrou-os a Jacob seu servo, a Israel seu predilecto.

Depois, ela apareceu sobre a terra e habitou no meio dos homens. Ela é o livro dos mandamentos de Deus e a lei que permanece eternamente. Os que a seguirem alcançarão a vida, mas aqueles que a abandonarem morrerão.

Volta, Jacob e abraça-a, caminha para o esplendor da sua luz. Não cedas a outros a tua glória, nem os teus privilégios a uma nação estrangeira.

Felizes de nós, Israel, porque nos foi revelado o que agrada a Deus.

 

Salmo 18 (19), 8.9.10.11 (R. Jo 6, 68c)

A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria aos simples.

Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração;
os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.

O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

São mais preciosos que o ouro,
o ouro mais fino;
são mais doces que o mel,
o puro mel dos favos.

 

Leitura da Profecia de Ezequiel (Ez 36, 16-17a.18-28)

A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos:

«Filho do homem, quando os da casa de Israel habitavam na sua terra, mancharam-na com o seu proceder e as suas obras. Fiz-lhes então sentir a minha indignação, por causa do sangue que haviam derramado no país e dos ídolos com que o tinham profanado. Dispersei-os entre as nações, espalhei-os entre os outros povos; julguei-os segundo o seu proceder e as suas obras. Em todas as nações para onde foram, profanaram o meu santo nome; e por isso se dizia deles: ‘São o povo do Senhor: tiveram de deixar a sua terra’. Quis então salvar a honra do meu santo nome, que a casa de Israel profanara entre as nações para onde tinha ido.

Por isso, diz à casa de Israel: Assim fala o Senhor Deus:

Não faço isto por causa de vós, israelitas, mas por causa do meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. Manifestarei a santidade do meu grande nome, profanado por vós entre as nações para onde fostes. E as nações reconhecerão que Eu sou o Senhor — oráculo do Senhor Deus —  quando a seus olhos Eu manifestar a minha santidade, a vosso respeito.

Então retirar-vos-ei de entre as nações, reunir-vos-ei de todos os países, para vos restabelecer na vossa terra. Derramarei sobre vós água pura e ficareis limpos de todas as imundícies; e purificar-vos-ei de todos os falsos deuses. Dar-vos-ei um coração novo e infundirei em vós um espírito novo. Arrancarei do vosso peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne. Infundirei em vós o meu espírito e farei que vivais segundo os meus preceitos, que observeis e ponhais em prática as minhas leis. Habitareis na terra que dei a vossos pais; sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus».

 

Salmo 41 (42), 2-5.5; 42 (43), 3-4 (R. 41 (42), 2)

Como suspira o veado pelas correntes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo:
Quando irei contemplar a face de Deus?

A minha alma estremece ao recordar
quando passava em cortejo para o templo do Senhor,
entre as vozes de louvor e de alegria
da multidão em festa.

Enviai a vossa luz e verdade,
sejam elas o meu guia e me conduzam
à vossa montanha santa
e ao vosso santuário.

E eu irei ao altar de Deus,
a Deus que é a minha alegria.
Ao som da cítara Vos louvarei,
Senhor, meu Deus.

Quando se celebra o Baptismo, pode dizer-se, em vez deste salmo, o cântico de Is 12, como acima (depois da Leitura V); ou ainda o Salmo 50 (51), como segue:

Salmo 50 (51), 12-13.14-15.18-19 (R. 12a)

Criai em mim, ó Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.

Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e sustentai-me com espírito generoso.
Ensinarei aos pecadores os vossos caminhos
e os transviados hão-de voltar para Vós.

Não é do sacrifício que Vos agradais
e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis.
Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido:
não desprezareis, Senhor,
            um espírito humilhado e contrito.

 

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo
aos Romanos (Rom 6, 3-11)

Irmãos:

Todos nós que fomos baptizados em Jesus Cristo fomos baptizados na sua morte. Fomos sepultados com Ele pelo Baptismo na sua morte, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova.

Se, na verdade, estamos totalmente unidos a Cristo por morte semelhante à sua, também o estaremos por uma ressurreição semelhante à sua.

Bem sabemos que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, para que fosse destruído o corpo do pecado e não mais fôssemos escravos dele.

Quem morreu, está livre do pecado. Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos, sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não pode morrer; a morte já não tem domínio sobre Ele. Porque na morte que sofreu, Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre; mas a sua vida é uma vida para Deus.

Assim vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus.

 

Salmo 117 (118), 1-2.16ab-17.22-23 (R. Aleluia)

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.

A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver
para anunciar as obras do Senhor.

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo São Lucas (Lc 24, 1-12)

No primeiro dia da semana, ao romper da manhã, as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia foram ao sepulcro, levando os perfumes que tinham preparado. Encontraram a pedra do sepulcro removida e ao entrarem não acharam o corpo do Senhor Jesus.

Estando elas perplexas com o sucedido, apareceram-lhes dois homens com vestes resplandecentes. Ficaram amedrontadas e inclinaram o rosto para o chão, enquanto eles lhes diziam:

«Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui: ressuscitou. Lembrai-vos como Ele vos falou, quando ainda estava na Galileia: ‘O Filho do homem tem de ser entregue às mãos dos pecadores, tem de ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia’». Elas lembraram-se então das palavras de Jesus.

Voltando do sepulcro, foram contar tudo isto aos Onze, bem como a todos os outros.

Eram Maria Madalena, Joana e Maria mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas diziam isto aos Apóstolos. Mas tais palavras pareciam-lhes um desvario e não acreditaram nelas.

Entretanto, Pedro pôs-se a caminho e correu ao sepulcro. Debruçando-se, viu apenas as ligaduras e voltou para casa admirado com o que tinha sucedido.

 

 

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