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Manuel Nunes Formigão
Sacerdote, Fundador, Venerável
1883-1958

Nasceu no Convento de Cristo, em Tomar, em 1 de janeiro de 1883 e faleceu em Fátima em 30 de janeiro de 1958.

Mas os mais fulgurantes anos da sua vida activa passou os em Bragança. Seguiu a carreira eclesiástica e, em 1909, terminado o doutoramento em Roma, foi nomeado Professor de Teologia, no seminário Patriarcal de Santarém e capelão da Igreja do Santíssimo Milagre.

Chegava, entretanto, a implantação da República, que naturalmente, o fez passar por situações embaraçosas, como a todos os religiosos da época. Ele superou tudo com grande sentido prático.

Em 1917 era nomeado professor do liceu Sá da Bandeira, cargo em que permaneceu durante 10 anos. Foi nomeado Cónego, transferindo se para Lisboa, para junto do patriarcado. Aí trabalhou até 1934, ano em que foi transferido para Bragança. Aí permaneceu até 1946, apoiando o Seminário. Aí fundou um Patronato para rapazes e outro para meninas. Foi ele que apoiou o lançamento do jornal Mensageiro de Bragança, sendo o primeiro director, entre 1 de Janeiro de 1940 e 1 de Janeiro de 1946. Trabalhou, de perto, com o bispo D. Abílio Augusto Vaz das Neves.

O Cónego Doutor Manuel Nunes Formigão foi uma personalidade que marcou a sua época, sendo ele das principais entidades a quem se deve o estudo cientifico e muito aprofundado dos fenómenos ocorridos em Fátima, e que, provavelmente, mais escreveu sobre esses complexos acontecimentos. Começando por encarar as aparições com natural reserva, acabou por ser o militante mais dedicado aos muitos problemas ali ocorridos. Teve oportunidade de ouvir os pastorinhos muitas vezes e de os interrogar repetidamente. Foi, com o Bispo D. José Alves Correia da Silva, uma das pessoas que mais concorreram para a majestade que Fátima tem hoje no mundo.

Para melhor nos convencermos disso, damos a seguir um certo número de informações que nos parecem judiciosas e provam largamente quanto o bom “apóstolo de Fátima” se esforçou para que as aparições da Virgem Maria não ficassem esquecidas...

Trata-se do processo diocesano diligenciado pelo então novo bispo de Leiria, Dom José Alves Correia da Silva:

«O pároco de Fátima também iniciou então o seu processo paroquial propriamente dito, fazendo uma nova redacção dos depoimentos dos videntes a partir dos apontamentos tirados no decorrer das aparições. Mais tarde, juntou-lhes outros depoimentos. Além dos videntes, ouviu quatro testemunhas: três da freguesia de Fátima e uma de Santa Catarina da Serra.

Acrescentou, em apêndice, um depoimento do pároco de Maceira sobre a cura de Maria do Carmo, da mesma freguesia (18 de Junho de 1918); uma carta particular de um indivíduo do lugar da Torre, freguesia do Reguengo (Março de 1919); a sua carta de ato-defesa (Agosto de 1917); um artigo saído no jornal Correio da Beira (30 de Outubro de 1917) e um folheto impresso em Coimbra sobre a última aparição, da autoria de D. Maria Augusta Vieira de Campos (Outubro de 1917).

Entregou esta documentação muito tarde (28 de Abril de 1919), justificando esse atraso pela expectativa de observar alguma coisa mais do que foi sucedendo durante as aparições. Pode pensar-se que outro motivo tenha sido uma certa indefinidas em que se entrou, depois da restauração da diocese de Leiria, a qual só veio ater o seu primeiro bispo em 1920.

Não há indícios de esta documentação entregue ao Patriarcado ter tido alguma sequência. Conhece-se apenas uma declaração tardia (1953) de Mons. Freitas Barros, segundo a qual ele esteve em Fátima em 1919, "por mandato superior" para proceder "a certas investigações sobre as Aparições da Cova da Iria". Mas também estas investigações não deixaram qualquer rasto documental, pelo menos conhecido.

Foi depois de ser conhecida a nomeação do primeiro bispo da diocese restaurada de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, que começou de novo a movimentar-se o assunto.

A 20 de Junho de 1920, o Padre Dr. Manuel Nunes Formigão (conhecido pelo pseudónimo de Visconde de Montelo e que pode ser considerado o primeiro historiador de Fátima), em carta ao Padre Faustino, pároco do Olival e vigário de Ourém, escrevia, a propósito da angariação de esmolas para aquisição de terrenos na Cova da Iria: "se o processo de Fátima estivesse concluso e a sentença fosse favorável (...) mas, como não está, convém proceder com circunspecção".

O certo é que entrado na diocese o novo bispo, em 5 de Agosto de 1920, logo no dia 15 do mês seguinte, o Dr. Formigão tem um encontro com ele, no qual, entre outros temas, se debateu a possibilidade de encetar um processo diocesano.

O Bispo, nessa entrevista, "reconhecera claramente o dedo da providência, suscitando tantas maravilhas e, longe de criar obstáculos à propaganda de Fátima, a permitia de bom grado, ressalvando porém, como não podia deixar de ser, os direitos do magistério eclesiástico quanto às apreciações da natureza dos sucessos reputados maravilhosos".

Mas o tempo ia passando. A 10 de Novembro do ano seguinte (1921), o Dr. Formigão insiste na necessidade urgente da "organização de um processo episcopal de inquérito, à semelhança do que fez Mons. Laurence sobre os acontecimentos de Lourdes, coroado pela respectiva sentença acerca da sobrenaturalidade das aparições e de algumas curas escolhidas".

Um lamentável acontecimento vem determinar, finalmente, o início do processo canónico: de 5 para 6 de Março de 1922, foi dinamitada a humilde capelinha que os fiéis tinham edificado no sítio das aparições em 1919. No dia 13 seguinte, o pároco de Fátima, já então o Padre Agostinho Marques Ferreira, promove uma procissão de desagravo da igreja paroquial até à Cova da Iria, na qual se incorporavam 4 a 5 mil pessoas que se juntaram a umas 6 mil já presentes no sítio das aparições. Aí se celebrou missa e se rezou o terço.

Informado dos factos, o Bispo de Leiria determina-se pela nomeação de uma comissão de inquérito de que fazem parte seis eclesiásticos: P. João Quaresma, vigário geral da diocese; P. Faustino José Jacinto Ferreira, prior do Olival e vigário de Ourém; Dr. Manuel marques dos Santos, professor do Seminário diocesano de Leiria; Dr. Joaquim Coelho Pereira, pároco da Batalha; Dr. Manuel Nunes Formigão Júnior, professor do Seminário de Santarém; Padre Joaquim Ferreira Gonçalves das Neves, pároco de Santa Catarina da Serra; Padre Agostinho Marques Ferreira, pároco de Fátima». (P. Luciano Cristino)

O “quarto pastorinho de Fátima”, como já dito acima, faleceu em Fátima em 30 de janeiro de 1958.

O seu processo de beatificação e canonização está a decorrer em Roma e parece avançar normalmente em vista dum desfecho favorável que honrará não somente as congregações que ele fundou, mas também a Diocese de Leiria-Fátima e, Portugal inteiro.

VER Cronologia da vida do Cónego Manuel Nunes Formigão

 

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