O mês
de julho foi estabelecido pela Igreja como o mês dedicado ao
Preciosíssimo Sangue de Jesus. A piedade cristã
sempre
manifestou, através dos séculos, especial devoção ao Sangue de
Cristo derramado para
a remissão dos pecados de todo o género
humano, por ocasião da Paixão e Morte de Jesus e atravessando a
história até hoje com Sua presença real no Sacramento da Eucaristia.
Desde
tempos muito remotos, a devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus
sempre esteve presente e floresceu cada vez mais em meio ao clero e
aos fiéis, através de solenidades, preces públicas e Ladainha
própria, com o fim de pedir a Deus perdão dos pecados, afastar os
fiéis dos justos cas-tigos, implorar as bênçãos do céu sobre os
frutos da terra, e prover nossas ne-cessidades espirituais e
temporais.
No
século passado, foi São Gaspar de Búfalo admirável propagador desta
insigne devoção, tendo o merecimento da aprovação da Santa Sé e por
isto até hoje é conhecido como o "Apóstolo do Preciosíssimo Sangue".
Foi por ordem do Papa Bento XIV que foram com-postos a missa e o
ofício em honra ao Sangue de Jesus para finalmente ser estendida à
Igreja Universal por decreto do Papa Pio IX.
O Papa
João XXIII, cuja família desde a sua infância foi fiel devota ao
Preciosíssimo Sangue, também perpetrou esta santa devoção, tendo
logo no início de seu pontificado escrito a Carta Apostólica Inde
a Primis, a fim de promover o seu culto, conforme fez menção o
Papa João Paulo II em sua Carta Apostólica Angelus Domini,
onde frisa o convite de João XXIII sobre o valor infinito daquele
sangue, do qual "uma só gota pode salvar o mundo inteiro de
qualquer culpa".
Mais
perto de nós, podemos e devemos lembrar a Beata Alexandrina de
Balasar a quem Jesus, não só para benefício
da alma, mas também do corpo frágil desta, deixava cair-lhe no
coração uma gota do seu Preciosíssimo
Sangue. Foi a
primeira vez, na histórias dos Santos, que Jesus utilizou este
“remédio” salutar para reavivar o corpo e a alma de uma das suas
almas-vítimas.
Sejamos, portanto, também devotos propagadores desta extraordinária
e salutar prática da piedade cristã. |