FEVEREIRO
Fevereiro de 1944
Senti a minha alma
desprender-se da terra e subir mais alto, ficando a vivificar o meu corpo, que
ficou cá em baixo, como que uma corrente eléctrica que servia de união entre os
dois. Este desprendimento custou imenso ao meu corpo cujos olhos fitavam-se em
Jesus crucificado para alívios das suas dores. No entanto, à minha alma
sentiu-se no regaço da Mãezinha, sustentando comigo o seu divino Filho morto.
Este facto deu luz
à minha inteligência, dando-me a conhecer que o que Jesus me prometera a 15 de
Agosto de 1943, ter-se-ia realizado não na forma que eu julgava mais natural,
isto é, que eu teria ido para sempre para o Céu, mas que iria para voltar.
Esta luz não foi
impressão de um momento, mas sim uma nova transformação que se operou em mim e
que me obrigou a dizer que certamente não teria morrido, mas que Jesus
referia-se com certeza a este novo estado da alma.
Convenci-me de tal
forma, que nunca mais pensei dar-se, no dia marcado por Jesus, a morte real.
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